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Seven Pirates H | REVIEW

A franquia Genkai Tokki começou lá em 2013, com o lançamento do jogo Monster Monpiece para Playstation Vita. O game já trazia a sátira e as piadas sexuais que viriam a ser a marca registrada da série. Depois de mais dois jogos, Moe Chronicle em 2014 e Moero Crystal em 2015, a Compile Heart lança o quarto jogo da franquia safadinha, Seven Pirates, em 2016 para Playstation Vita. Após 6 anos de hiato, uma versão chamada Seven Pirates H chega para o Nintendo Switch trazendo todo o bom humor e sexualização que se poderia esperar da franquia, agora publicada pela Eastasiasoft.

Jogo: Seven Pirates H
Desenvolvedora: Felistella / Compile Heart
Publicadora: Eastasiasoft
Lançamento: 12 de maio de 2022
Número de Jogadores: Single Player
Gênero: RPG
Plataformas: SW
Site Oficial: Aqui

Seven Pirates H é um JRPG com batalhas de turno claramente voltado ao público mais adulto. O próprio game se autodenomina recheado de fan service, e é isso mesmo que verá o tempo todo. Belíssimas garotas com corpos protuberantes em poses excêntricas e sátiras adultas por todo lado. Temas sugestivos não apenas nos diálogos e animações, mas até mesmo no designo de itens, armas e inimigos, saiba que o jogo inteiro deve ser considerado NSFW. Você não conseguirá nem mesmo assistir um simples trailer do jogo sem antes verificar a sua idade no Youtube.

Um Grupo de Heroínas Peitudas

A protagonista se chama Parute Kairi, e é uma garota que sonha em se tornar uma pirata lendária. Ela não estava indo muito bem, até que ela encontra Otton. Otton é uma criatura semelhante a uma foca, que é simplesmente aficionado por peitos, uma parte do corpo feminino do qual a protagonista carece um pouco. Com uma boa dose de sátiras e piadas sexuais, os dois logo formam uma dupla e começam a desbravar os mares em busca de tesouros perdidos.

Conforme avança no game, novos personagens vão aparecendo e sendo integradas ao grupo de heroínas, sendo elas a Waffle, a Jewel, a Claret, a Saqra, a Poron e a Rindo. Todas são adquiridas seguindo com a história principal. Cada uma com suas motivações pessoais, o grupo vai ficando cada vez maior.

Não preciso nem dizer que o foco do game são as garotas, não é? As beldades servem primeiramente para agradar a todos os públicos, com diferentes padrões e estilos corporais, mas todas exageradamente esculturais e bem animadas ao estilo anime. Seja nas cenas de combate ou mesmo nos diálogos, todas estão bem animadas, incluindo movimentos peculiares de seus corpos volumosos. Boa parte da estética artística do game está nas meninas.

Além de Rostinhos Bonitos e Peitos

Conforme mais e mais garotas entram na equipe, o time não fica apenas mais bonito e volumoso, como mais estratégico também. Cada garota traz habilidades únicas e individuais que poderão fazer a diferença na sua equipe. O jogo tenta balancear um leque com várias opções diferentes de habilidade para formarem um time coeso e tático. Algumas garotas conseguem curar as amigas, outras podem protegê-las aumentando sua defesa, outras são mais ofensivas e por aí vai. As habilidades das garotas se complementam e tornam o time mais competitivo.

Seven Pirates H, como outros jogos da série, tentam dar uma personalidade diferente e interessante para cada garota. Se o objetivo é alcançado com sucesso fica a critério de cada um, mas que o jogo tenta, ele tenta. O game é recheado de animações ao estilo visual novel, em que as garotas interagem entre si com animações e com diálogos completamente falados em japonês. As vozes ajudam a dar carisma e personalidade às garotas, tentando tirá-las do estereótipo que elas estão ali apenas para serem mais um par de seios grandes.

Mas o objetivo não consegue ser muito bem alcançado, por uma questão de escolha dos produtores. Enquanto algumas das garotas são realmente interessantes e possuem um background que faça sua trama pessoal valer a pena de se ler e ouvir, outras são exageradamente superficiais, ficando claro que só estão na história para serem um rostinho bonito a mais ou para atender algum estereótipo mesmo.

Os diálogos são, na sua maioria, divertidos de se ler, mas também quase totalmente dispensáveis. É possível dar boas risadas com as piadas sexuais do jogo, se forem seu estilo, pois o que não falta são provocações e insinuações de tema adulto no jogo, contando com várias cenas sugestivas que ainda podem ser assistidas novamente sempre que desejar em um menu interno dentro do jogo.

Batalhas Tradicionais

O sistema de batalha é por turnos, como nos RPGs japoneses tradicionais. O personagem mais rápido tem seu turno primeiro, e então ele poderá escolher entre atacar, defender, usar poderes especiais e por aí vai. Os inimigos aparecem no mapa enquanto anda pelas dungeons, e você pode enfrentá-los ou correr deles. Pegar inimigos por trás te deixa em vantagem e deixar que eles te peguem por trás deixa os inimigos em vantagem, como é comum nesse estilo de jogo.

Todas as heroínas e os monstros exalam feromônios, que estão divididos em três cores: vermelho, verde e azul. Esse sistema funciona como um sistema de triângulo de fraquezas, em que Vermelho é forte contra verde, verde é forte contra azul e azul é forte contra vermelho. Saber a cor do inimigo e qual a hora certa de atacar e de defender é a base da estratégia do game para uma boa batalha. As heroínas recuperam MP a cada turno e existe a função de Auto Battle para quando não precisar pensar muito.

O jogo é muito fácil e simples na maioria do tempo, até porque em boa parte das primeiras horas do jogo parecerá que está jogando um tutorial. As personagens são apresentadas aos poucos, contando sempre com novas habilidades e novidades no sistema de combate a todo momento. As batalhas se resolvem em poucos turnos e mesmo os chefes não chegarão perto de dar trabalho. Para conseguir morrer no jogo, precisa cometer tantos erros que chega a ser terrivelmente improvável que isso aconteça.

Só no final do jogo que alguns desafios maiores realmente começam. É compreensível que a intenção do jogo não é ser desafiante ou qualquer coisa do tipo. É um game claramente feito para ser relaxante e engraçado, do tipo que as batalhas estão lá só para distrair mesmo. Não quer dizer que as batalhas são simples e sem complexidade: alguns inimigos e chefes exigirão habilidades específicas para serem derrotados, então vale a pena prestar atenção nos tutoriais e tentar entender o sistema de batalha que é superficialmente bem simples mas curiosamente mais complexo do que imagina conforme se avança.

O Poder Está nos Peitos

No universo de Seven Pirates H, o poder das heroínas se concentra nos seios, e para extraí-los, é necessário realizar uma técnica especial chamada Booby Training. É como uma massagem especial, que deve ser realizada com óleos especiais adquiridos dos inimigos. Quanto mais inimigos matar, ganhará extrato, que é como se fosse experiência. Quando conseguir extrato suficiente para encher um frasco, poderá realizar uma sessão de Booby Training com aquela heroína.

O Booby Training, como disse, é uma massagem. O jogador pode usar os analógicos do controle ou, se preferir, a tela de toque do Nintendo Switch para tocar de fato nas personagens. Cada movimento realizado possui um propósito. Girar os analógicos (ou os dedos) aumenta ou diminui o volume dos seios, por exemplo, enquanto pressionar os analógicos deixa os seios mais macios e arrastá-los para cima aumenta sua firmeza, por exemplo.

E esses atributos definem em quê o treinamento incrementará seu personagem. Deixar os seios maiores aumenta a vida da heroína, mas a deixa mais lenta. Aumentar sua maciez, distância ou firmeza irá aumentar atributos diferentes, e cabe ao jogador decidir como ele quer aquela personagem e moldar seus atributos através da massagem específica em seus seios.

Além disso, chega a ser engraçado como o jogador cria o hábito de identificar a força das inimigas do jogo (o universo do jogo só tem mulheres) pelo tamanho e formato dos seus seios. Note que você também irá moldar os seios das heroínas à vontade, deixando-as com a aparência que quiser durante as cenas, animações e diálogos.

Desbravando os Sete Mares

Como a protagonista é uma pirata, passará boa parte do tempo dentro de um navio pirata. Há uma área limitada que pode explorar, mas essa área se expande gradativamente conforme encontra novos mapas. Esses mapas podem ser encontrados ou adquiridos ao derrotar poderosos inimigos.

Toda ilha do jogo pode ser interagida, mas apenas as ilhas principais, as que têm dungeons, podem ser realmente exploradas. As ilhas menores comportam apenas itens ou colecionáveis. Ao ancorar em uma dungeon, terá mais liberdade de movimentação.

Os cenários das dungeons são simples e lineares. O caminho a ser seguido é óbvio e sempre aparece indicado por uma bússola no canto superior esquerdo da tela, tornando impossível se perder. As dungeons são separadas por telas, e o mapa do jogo sempre diz onde há inimigos e qual é o destino, cabendo ao jogador apenas procurar por baús de tesouro.

Para explorar completamente as dungeons, precisará de habilidades especiais que só irá adquirir com o passar do tempo. Dessa forma, sempre terá um motivo a mais para voltar a dungeons já visitadas para poder continuar explorando e encontrando novos itens.

Quests e Progressão

A progressão do jogo é linear, com diversas missões principais que precisam ser completadas. As missões principais sempre se resumem a ir até alguma dungeon, chegar ao final e matar o chefe. Depois, ir para a próxima dungeon e assim por diante, sempre seguindo a bússola no canto da tela.

Não há sidequest propriamente ditas no game, mas há diversas formas de se progredir no game. No game, irá encontrar Booby Kins, pequenos seres que auxiliam nossas heroínas fazendo a manutenção do navio, vendendo itens, dando dicas, entre outras coisas. Eles funcionam como a loja de itens onde pode comprar e vender artigos, mas também oferecem pistas para tesouros escondidos e possuem uma lista de pedidos que rendem dinheiro, equipamentos e itens quando são completados. Geralmente os pedidos são muito simples e envolvem coletar itens ou matar inimigos repetidas vezes, mas serve como uma forma de manter as heroínas em dia e com o melhor equipamento possível antes da próxima dungeon e da próxima chefe.

Seven Pirates H – Vale a Pena?

Eu recomendo Seven Pirates H para os fãs da franquia Genkai Tokki, que sabem muito bem em que terreno estão pisando. O game tem um propósito e um público-alvo bem definidos, mas há qualidade aqui para agradar até mesmo curiosos dispostos a experimentar uma franquia nova de RPGs. Se for fã de jogos adultos, há muito conteúdo de qualidade aqui, e se for apenas um fã de JRPG estilo anime, estará bem servido também, apenas não crie expectativas demais.

Seven Pirates H foi avaliado através de uma cópia gentilmente cedida pela Eastasiasoft – Agradecemos a cordialidade!

Confira também nossos outros reviews.

Seven Pirates H

Gráficos - 75%
Jogabilidade - 80%
Diversão - 85%
Som - 85%
Dificuldade - 70%
Fator Replay - 75%

78%

Eu recomendo Seven Pirates H para os fãs da franquia Genkai Tokki, que sabem muito bem em que terreno estão pisando. O game tem um propósito e um público-alvo bem definidos, mas há qualidade aqui para agradar até mesmo curiosos dispostos a experimentar uma franquia nova de RPGs. Se for fã de jogos adultos, há muito conteúdo de qualidade aqui, e se for apenas um fã de JRPG estilo anime, estará bem servido também, apenas não crie expectativas demais.

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João Paulo Solano Lopes Filho

Sou um fã de videogames desde que me conheço por gente, principalmente de RPGs. Tento convencer os meus pais e a mim mesmo que não sou um viciado (acho).

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