The Last of US 1×2 | REVIEW

• Série: The Last of Us
• Emissora original: HBO
• Primeiro episódio: 15 de janeiro de 2023
• Produtor executivo: Greg Spence
• Criadores: Craig Mazin e Neil Druckmann
• Gêneros: Fiçção pós-apocalíptica, drama

O segundo episódio de The Last of Us começa, assim como o primeiro, com uma cena focada no fungo cordyceps. A cena em questão (sem spoilers) conta mais sobre o fungo, algo que também aconteceu no primeiro episódio. O que isto significa? No jogo, as informações sobre o cordyceps são quase nulas, nós apenas sabemos que ele evoluiu e passou a infectar os humanos, algo que não acontecia antes. O jogo também não aborda o início do surto, mas a série está abordando.

A adaptação perfeita

A série de The Last of Us é, até então, a adaptação perfeita. Veja bem, fazer algo completamente diferente do jogo não é adaptar, correto? E fazer algo exatamente igual ao jogo não é adaptar, é copiar. Adaptar é pegar o material original, neste caso o jogo, e manter a essência da obra. Ou seja, é necessário manter a personalidade do jogo, mas também acrescentar, dando mais peso as cenas e aos personagens.

Por que The Last of Us é a adaptação perfeita? Porque a essência do jogo está presente. A personalidade do Joel é a mesma do jogo, conforme vimos no primeiro (e neste) episódio, enquanto a personalidade da Ellie TAMBÉM é a mesma. Neste episódio a Ellie apareceu mais do que no primeiro, assim tendo mais destaque, e é perceptível que ela é a mesma Ellie do jogo. A trama do jogo está na série, com os personagens passando pelo museu, enfrentando os infectados, e chegando ao capitólio. Tudo o que nós vimos no jogo está presente, só que com mais desenvolvimento, e é justamente esta a questão. Eles conseguiram desenvolver a história melhor do que no jogo, dando mais peso as cenas. Isso é adaptar. Algumas cenas são idênticas as do jogo, enquanto outras são completamente diferentes e inéditas, acrescentando diálogos e enriquecendo os personagens.

Os infectados

Outro ponto em que a série acertou em cheio foi os infectados. A maquiagem está impecável, com os infectados estando idênticos aos do jogo. Com uma cena assustadora, a série conseguiu captar com precisão a sensação de medo e desconforto que um estalador causa. Quem jogou sabe o quão desconfortável e assustador é ouvir um estalo, e a série conseguiu captar isto.

Os estaladores estão tão mortíferos como no jogo, dando muito trabalho ao Joel e a Tess. A cena do museu ficou ótima, tão angustiante como no jogo, e os resultados são os mesmos.

Um fato que causou um pouco de polêmicas é que a série não terá esporos, mas sim gavinhas. Nós tememos pelo pior, mas mais uma vez a HBO mostrou ser a melhor no que faz. As gavinhas são tão interessantes e mortais como os esporos, incrementando uma ligação entre os infectados, coisa que não está no jogo, mas que ficou muito bom na série.

Joel, Tess e Ellie

A HBO provou mais uma vez que escolheu o elenco certo, pois Pedro Pascal, Anna Torv e Bella Ramsey deram (de novo) um show de atuação. Pedro Pascal se mostra o ponto forte do episódio, com uma atuação memorável como Joel, principalmente nas cenas finais do episódio. Bella Ramsey brilha, mas os principais momentos da Ellie ainda não aconteceram, então ainda não vimos ela dando o seu máximo na atuação. Não podemos esquecer da Anna Torv, a Tess, que atuou muito bem no episódio inteiro, mas que brilhou mesmo no final.

Conclusão

Com algumas cenas idênticas ao jogo e outras inéditas, The Last of Us consegue superar o jogo em termos de trama, sendo uma obra-prima da televisão. O episódio em questão enriquece o universo e os personagens nele, com atuações memoráveis, cenários belíssimos e uma trilha sonora impecável.