White Day: A Labyrinth Named School | REVIEW

O terror está cada vez mais presente nos games, desde os primeiros consoles o gênero já fazia sucesso, e agora com o avanço tecnológico, é cada vez mais divertido se assustar, sobreviver e destroçar novos inimigos. Apesar da nova leva de games que esta chegando aos consoles, ha espaço de sobra para games que usam da tecnologia atual, mas apostam também em uma proposta mais clássica.

White Day: A Labyrinth Named School é exatamente assim, game que apresenta traços dos games atuais, mas com aquela pegada mais clássica. Ficou curioso? Confira nossa review abaixo e descubra um pouco mais do jogo.

• Jogo: White Day: A Labyrinth Named School
• Desenvolvedora: Sonnori
• Publicadora: PQube
• Lançamento: 07 de setembro de 2022
• Número de Jogadores: Single Player
• Gênero: Survival Horror
• Plataformas: PlayStation 5, Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Android, Microsoft Windows, iOS, Xbox Series X e Series S
• Site Oficial: PQube

Uma garota, uma escola e muito terror e suspense

Na véspera do White Day, um calouro da escola Yeondu High School, Lee Hee-min, entra à as escondias na escola levando uma inocente caixa de chocolates para oferecer à garota dos seus sonhos, algo bem inocente. Mas as coisas começam a dar erradas quendo nosso desastrado apaixonado fica preso na escola durante a noite e de maneira inesperada é perseguido por guardas noturnos assassinos e por almas atormentadas… sim estamos em um colégio.

Conseguirá Hee-min manter-se a salvo e procurar pistas para desvendar os segredos sombrios do passado desta escola? Ou irão os horrores que assombram os sinistros corredores da escola durante a noite reclamar a sua vida antes de conseguir escapar? Sem armas e com recursos limitados, nossa aventura começa e promete ser cheia de sustos e surpresas.

Como podemos perceber, a história não tem nada de original, mas ao menos consegue ser honesta, o que já é de grande valor. A premissa é bastante adolescente, mas contada de uma maneira mais voltada ao terror, o que á deixa um pouco menos cansativa. Entretanto, se a gameplay não segurar você no jogo, não será a história que fará isso.

Feito para assustar

Desenvolvido pela Sonnori e publicado pela conceituada PQube Limited, White Day: A Labyrinth Named School é basicamente um game tradicional de terror em primeira pessoa, incluindo diversos elementos de furtividade e aqueles Puzzles que já conhecemos bem. O que pode parecer um problema, por não trazer elementos verdadeiramente novos a gameplay, acaba sendo o grande atrativo do jogo. White Day: A Labyrinth Named School é um game tradicional de horror e sobrevivência.

A primeira impressão que temos quando começamos a jogar White Day: A Labyrinth Named School é de que não estamos diante de um game de terror. Os gráficos do jogo não nos remetem á esse tipo de jogos, nos fazendo lembrar mais de jogos do gênero Novel ou adventure. Os personagens têm um design leve e colorido, desprovido de qualquer orientação ao terror, coloridos e com um ar adolescente.

Mas após algum tempo, percebemos que as coisas não são assim e o game é um típico jogo de terror e sobrevivência. O game se aproveita de conceitos já bem conhecidos, principalmente se você já assistiu a filmes de terror com conceito asiático. A abordagem é um pouco apressada, as coisas acabam acontecendo muito rápido, isso acaba deixando o game bem artificial, principalmente por que com essa abordagem, a história acaba ficando superficial.

Durante o jogo, vamos nos deparar com sustos que acontecem em pontos estratégicos do jogo, nesse ponto o game novamente mantém a proposta que já conhecemos bem, funciona muito bem, mas não inova de maneira nenhuma. Mensagens espalhadas pela escola dão um clima de terror, mas não funcionam muito bem, a ideia de colocar tanto terror em um colégio, soa como algo adolescente e dificilmente impressionará quem já está acostumado com essa temática.

A proposta é a mesma usada no game S.W.A.N.: Chernobyl Unexplored, mas não consegue emplaca o terror de maneira eficaz. Não é que o game não impressione o jogador, esta mais associada a ambientação do jogo. As coisas melhoram mais quando o jogo força você a usar os mecanismos de furtividade.

Estamos sempre precisando usar o ambiente a nosso favor, nos escondendo atrás de mesas, em banheiros ou atrás de portas abertas. Durante todo o tempo, você ouvirá sons de algo se arrastando ao seu lado, enquanto se esconde de qualquer coisa a espreita. O legal é que a execução desses movimentos é bem simples, e em poucos minutos o jogador está familiarizado com todos os controles, deixado o ato bastante intuitivo.

A Necessidade de ser furtivo é necessária devido aos baixos recursos que o game oferece. Esse é um subterfúgio bastante eficaz, que vem sendo bastante usado. A dificuldade não vem só através dos inimigos, mas também do gerenciamento dos seus itens. Qualquer deslize e você pode ficar sem itens de cura, tornando qualquer inimigo uma ameaça, e encontrar esses itens, é mais complicado do que deveria.

Por estarmos em um colégio, a exploração é vasta, e quando precisamos de algum item, acabamos ficando mais expostos quando temos de explorar. Vale ressaltar que a curva de dificuldade do jogo é bem equilibrada, e com os controles intuitivos, com um pouco de habilidade você vai se sair bem.

Déjà-vu

White Day: A Labyrinth Named School se esforça para fazer com que o jogador associe ele as experiências vividas em outros jogos. Avaliado por um cara que joga games a mais de 30 anos, isso parece ser bom, e, na verdade, é, até certo ponto. A versão de PlayStation 5, não trás grandes novidades, sendo a mesma experiencia da versão anterior, isso não deveria ser ruim, mas a falta de algumas melhorias deixam o jogo ainda mais datado.

Além disso, os controles, apesar de simples por muitas vezes se tornam confusos, principalmente quando precisamos acessar alguns recursos. Esses momentos são bem ruins, pois enquanto durante a gameplay as coisas se saem bem, já onde deveriam ser mais simples, se complicam.

O game também deveria ter tido alguma melhoria gráfica, infelizmente os gráficos ficaram muito datados, e isso acaba influenciando no jogo. A impressão que temos é de estar jogando um game de PS3, ou uma remaster de PS2. Isso não chega a influenciar diretamente na diversão, mas acaba deixando o game um pouco menos atraente.

Um jogo para se jogar várias vezes.

Se você é daqueles jogadores que gostam de explorar o jogo a exaustão, você vai se divertir com White Day: A Labyrinth Named School, pois o jogo oferece múltiplos finais, o que deixa o game com uma vida útil ótima. Além disso, o jogo induz você a isso, pois cada final acaba deixando incógnitas que levam o jogador a querer saber como as coisas seriam se tivesse sido tomada outras decisões.

Ademais, o jogo conta com uma lista de troféus bastante abrangente, devendo deixar o jogador ocupado por cerca de 50 horas. Isso devido as várias jogadas que você precisará fazer para conseguir todos os troféus.

White Day: A Labyrinth Named School — Vale a Pena?

A proposta do jogo é oferecer um tipo de terror bem específico, como a própria descrição diz. E com isso o jogo ficou bem datado, se isso não é um problema para você, estamos diante de um game que pode oferecer boas horas de diversão. Tudo no jogo está dentro da média, e consegue segurar o jogador no jogo, ao menos os fãs do gênero.

White Day: A Labyrinth Named School merecia um pouco mais de capricho nessa, versão, pois com certeza conseguiria manter e trazer novos jogadores que ainda não tiveram oportunidade de conhecer o jogo, mas estão entrando na nova geração. Os gráficos ficaram muito característicos, com um granulado que deixa o jogo muito datado, não sei de foi de propósito, mas ficou estranho.

Se você esta procurando um game para estender sua experiência no gênero terror e sobrevivência, White Day: A Labyrinth Named School será um game que atenderá suas expectativas, não esperar muito do jogo, pode fazer toda diferença entre jogar 1 hora ou jogar 100 horas, mas uma coisa é certa: sustos, você levará!

White Day: A Labyrinth Named School foi cedido gentilmente pela PQube