Stray | REVIEW

Desde seu anúncio, Stray se tornou um game muito aguardado, e agora que foi lançado, se tornou um sucesso. O game da BlueTwelve Studio caiu nas graças dos gamers e vem recebendo boas criticas dos sites especializados.

Como não poderia deixar de ser, o Games Ever esta trazendo um review completo do game, onde analisamos com imparcialidade cada ponto do game do gato mais comentado dos últimos anos. Confira abaixo todos os detalhes.

• Jogo: Stray
• Desenvolvedora: BlueTwelve Studio
• Publicadora: Annapurna Interactive
• Lançamento: 19/07/2022
• Número de Jogadores: Single Player
• Gênero: Aventura
• Plataformas: PlayStation 4, PlayStation 5
• Site Oficial: Stray Game

Uma historia emocionante e sobre o mundo de hoje

Engraçado como as vezes, precisamos que algo que é próximo a nós e que damos importância, precise nos mostrar e nos lembrar como é o mundo lá fora. Stray conta uma historia sensível, as vezes divertida, mas além de tudo, nos mostra muitas coisas, e de perspectivas diferentes, interpretações diferentes para cada jogador.

Perdido, sozinho e separado da família, um solitário gato de rua deve desvendar um mistério antigo e com isso escapar de uma cidade esquecida… você vai ver o mundo através dos olhos de um vira-lata e vai interagir com o ambiente de maneiras lúdicas e significativas.

Seja furtivo, ágil, bobo e, às vezes, o mais irritante possível com os estranhos habitantes deste mundo estrangeiro .

Puramente Indie

Os games Indies, termo usado ara jogos com um orçamento mais modesto, muitas vezes de desenvolvedoras independentes tem crescido de maneira significante, lançando games com qualidade cada vez maior e com isso conseguindo um sucesso que muito game com orçamento mais elevado não consegue, ou consegue com certa dificuldade.

Stray é um game que representa com exatidão todo esse espírito Indie que acabei de citar acima. O game consegue cativar o jogador por sua qualidade, capricho e principalmente carisma. De fato, o game não é inovador ou sequer vai levar você a explorar algum sentimento novo. Tudo que esta em Stray, de alguma maneira já foi explorado em outros games, mas isso nem de longe é um problema, muito pelo contrário.

A desenvolvedora Annapurna conseguiu trazer todos os elementos mais comuns nesse tipo de game, e aplica-los de maneira a crisr um game divertido, agradável e com uma jogabilidade intuitiva. Stray é um game que apenas conta uma historia,e você interage diretamente com ela, isso por si só é um game que atrai muito da base de jogadores do PlayStation. Entretanto, a grande sacada da desenvolvedora para trazer outros jogadores nessa aventura, foi inserir um animal tão peculiar e carismático: o gato.

O game caiu nas graças dos jogadores, mas devemos ser criteriosos na nossa análise, o game não tem muito a oferecer e se trata de uma experiência bastante comum. O que devemos exaltar é a competência da desenvolvedora em colocar elementos tão comuns, em uma ordem em que tudo ficou agradável. Stray é um jogo com qualidade evidente, e um conjunto de escolhas que fez o jogo se tornar um sucesso, mas nem de longe devemos levar o game além de uma obra Indie de qualidade, assim como kena: Bridge Spirits também é, por exemplo.

Surpreendentemente e simples

A Gameplay de Stray é bastante previsível, assim como boa parte dos games Indies do mercado, se resumindo em pular, resolver puzzles e correr. Entretanto, Stray tem apelo emocional muito acima do normal, e isso com certeza vai fazer a diferença quando você começar sua aventura no game. Desde o começo, já somo induzidos a criar um elo emocional com nosso Bichano.

O game é dividido em 12 capítulos que não duram exatamente o tempo necessário para que sua diversão não caia na monotonia. A desenvolvedora abordou muito bem todas as características do gato, e aplicou muito bem na gameplay, o que deixou as coisas bem divertidas, pois mesmo sendo um gato ainda jovem, nosso protagonista é firme nas suas decisões. Esqueça a insegurança humana, evidente em algumas situações, nosso bichano, diferentemente dos humanos, tem outros medos, o que o torna quase imune a algumas situações de perigo.

Temos a possibilidade de pular mais alto que o normal, e isso é um fator que devemos nos atentar, pois nos deparamos com acessos que achamos impossíveis, mas como nosso amigo tem um impulso maior, podemos alcançar. Além disso, como não poderia deixar de ser, a altura não é um problema, pois nosso protagonista não tem medo de altura, e além disso, pode passar por locais mais estreitos. Todos esses fatores fazem da gameplay, uma experiência bastante agradável.

O game tem uma curva de aprendizado bastante aceitável, fazendo até meu filho de 6 anos, se aventurar por boa parte do game sem precisar de ajuda. O game foi cuidadosamente desenvolvido com o intuito de não frustrar o jogador mais casual, e ainda sim manter o jogador mais hardcore no game. Confesso que nesse segundo caso, os troféus do jogo são o maior motivo da dificuldade, pois além dos colecionáveis já curriqueiros nesse tipo de game, ainda temos algumas exigências que vão exigir um certo compromisso e paciência do jogador.

O game é bastante compreensível nos momentos mais dificieis, e mesmo que você tenha muita dificuldade, temos a ajuda do nosso amigo B-12, que vai lhe dar dicas bastante úteis. Boa parte do sucesso do jogo esta nessas facilidades, pois o jogador a todo momento percebe que nehum desafio esta muito longe de ser superado, e como muitas pessoas procuram mais uma historia do que um jogo na sua síntese, entendemos e compreendemos por que Stray faz tanto sucesso. Não entenda isso como uma crítica negativa, apenas uma constatação.

Os Puzzles do jogo são bastante inteligentes mas também são evidentes, e não exigem muito do jogador. O jogador mais atento vai solucionar esses Puzzles sem muitos problemas. O game é linear, e você dificilmente vai se perder ou não saber o que fazer, pois você é empurrado para os locais corretos do jogo.

Aqui temos novamente um game balanceado, pois mesmo que sejamos direcionados a seguir no jogo, você ainda vai precisar solucionar alguns enigmas para seguir em frente. Uma das coisas legais do jogo é que você não precisa ficar indo e voltando diversas vezes, tudo esta sempre muito próximo do jogador, passando a sensação de que estamos sempre avançando no jogo.

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O Poder de Emocionar

Se tem um sentimento que Stray tenta passar a todo momento, é o da emoção e comoção. O game já começa de maneira comovente, mostrando quanto nosso protagonista felino ao mesmo tempo que é intrépido, também é frágil. As locações, inicialmente são desoladas e com pouco movimento, mas com o pasar dos capítulos, passamos a ter maiores interações

Nosso felino preserva todas as características de um cato de verdade, pois podemos arranhar alguns objetos, miar e ainda temos outras interações típicas dos felinos, como a curiosidade e a desconfiança. Para quem tem um gato, assim como eu, podemos identificar diversos comportamentos bastante comuns.

Graficamente falando, o game esta bastante bonito, ambientes cheios de detalhes e com uma riqueza de cores incrível. Você vai explorar diversos ambientes, como cidades, telhados, apartamentos e esgotos. Os ambientes contrastam com a degradação, desolação e poluição visual, entretanto sempre com muita vida, transmitidas através das cores. Nosso personagem também tem bons movimentos e uma riqueza de detalhes que se equipara aos gráficos, entretanto eu senti a falta de uma liberdade maior na exploração, você só pode interagir em pontos específicos, mesmo os cenários sendo muito ricos em detalhes.

Outro ponto que deixa a desejar em Stray é a linearidade do jogo, muitas vezes você quer ir para um local especifico, apenas para explorar, um beco, um quarto, subir em algo. Se não for um local que faz parte da linearidade do jogo, você não pode ir. Esse é um aspecto que torna Stray um game um pouco monótono, que que sem liberdade, parece que você esta jogando um Point-and-Click.

Por fim, o problema mais grave de Stray, o game tem diversos Bugs, sendo o mais grave o que faz com que o game simplesmente trave e você tenha de reiniciar o jogo. Particularmente passei por isso em diversos momentos, em que o jogo trava, aparecendo uma mensagem de erro, e você tem de abrir o aplicativo do jogo novamente. Essa é uma característica comum em muitos jogos Indies, não sendo um caso exclusivo de Stray, acredito que como o orçamento não é generoso, o game não tenha sido testado o quanto deveria.

Apesar desse Bug ser extremamente desconfortante e quebrar todo o clima do jogo, Stray consegue se sobressair. Esse é um aspecto ignorado por muitos reviews, mas é um ponto a ser considerado na hora de jogar.

Stray – Vale a Pena

Stray é um game que definitivamente vale a pena, independente de qualquer outra coisa que você venha a ler. O game tem uma direção muito boa, e consegue cativar o jogador com uma historia emocionante e um protagonista cheio de carisma, além de claro, despertar nossa atenção para a causa animal.

O jogo, apesar de linear entrega um experiência interessante, e mesmo com os bugs, alguns gravíssimos que praticamente encerra o game automaticamente, o game ainda tem um conjunto muito divertido, se mostrando como um dos grandes lançamentos Indies. Concorrer com games de orçamento maior, infelizmente não tem como.

Você já jogou dezenas de jogos como Stray, mas n~só se deixe enganar, o game da Annapura é divertido, bonito e com uma historia emocionante. Ao final, você pode não amar Stray, mas também não vai ter motivos para não ter boas lembranças do jogo. Stray é sim um dos grandes lançamentos Indie do ano, o que pos si só, e nesse gênero o game concorre siam a game do ano.