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Adore | REVIEW

Convoque seus monstros

Adore acaba de ser lançado, prometendo ser mais um grande lançamento para os fãs de RPG/Roguelite. Diferentemente de alguns lançamentos do gênero, Adore chega com uma proposta mais livre, deixando o jogador se aventurar. Se você, assim como nós do Games Ever adora um game de RPG com toques de Roguelite e está curioso para saber como está Adore, confira abaixo nossa review.

  • Desenvolvedora: Cadabra Games
  • Publicadora: Qubyte Interactve
  • Lançamento: 03 de agosto de 2023
  • Número de jogadores: Single Player
  • Gênero: RPG
  • Plataformas: PS4, PS5, XSSX, XBO, Switch e PC

O delicioso poder controlador

Adore se passa em um mundo fantástico, onde diversas criaturas vagam livremente, e apesar de parecerem adoráveis, o perigo esta em toda parte, pois essas criaturas não são amigáveis. Nesse mundo cheio de ameaças, algumas pessoas com poderes especiais, podem controlar essas criaturas. Essas pessoas são chamadas de Adoradores. Nossa aventura começa quando uma dessas pessoas com poderes para domar as criaturas acaba sendo colocada contra sua vontade em um mundo desconhecido, e como desgraça pouca é bobagem, ainda terão a simples tarefa de salvar esse mundo, cheio de criaturas.

Como podemos perceber, a história não é o ponto forte de Adore, mas isso nem de longe é um problema, pois de maneira nenhuma afeta a diversão do jogo. O game é cheio de boas ideias e aproveita muito bem algumas mecânicas bem conhecidas. Capturar os monstros não é uma tarefa difícil, e vale ressaltar que o game não impõe uma dificuldade mais que comum ao jogador. Você captura sua primeira criatura, e quando menos espera, já está com um pequeno e divertido exército a sua disposição.

A princípio, não nos será exigida muita estratégia, aprendemos em uma curva de dificuldade bem generosa que cada uma das criaturas que capturamos, tem características únicas, e saber usar essas criaturas faz toda diferença. Inicialmente, as criaturas não vão oferecer muita resistência para serem capturadas, mas conforme avançamos, essas criaturas ficam menos, sujeitas a serem capturadas, e aí o game começa a separar os jogadores casuais dos mais dedicados.

Adore – Qubyte Interactive / Foto Divulgação

Os controles são bem simples, usamos cada um dos botões para lançar determinada criatura para o combate. Capturaremos bestas furiosas, animais agressivos, anfíbios nojentos, todos eles vão atacar nossos inimigos de maneira diferente, bem como terão resistência e vida diferentes, uns sendo mais resistentes, porem mais fracos, e outros mais fracos, porém com um ataque mais eficaz.

A grande sacada de Adoreé que você não pode simplesmente invocar seus amigos voluntariamente, porque todos eles têm barras de saúde individuais. Quando essa energia se esgota, é você quem passa a levar dano. Como as criaturas que colocamos em nossa equipe tem características que vão além do combate, medida que avançamos no jogo, as criaturas podem ser aprimoradas através do sistema de evolução, melhorando as habilidades de cada uma delas, bem como ganhando novas habilidades.

As dificuldades de se tornar um herói

Apesar de ser um game com uma aparência muito agradável, indicando uma possível facilidade, as coisas não são bem assim, pois após o período de adaptação, as coisas ficam mais complicadas no jogo, principalmente devido às características Roguelite do jogo. Como é característico desse tipo de jogo, a derrota pode ser bastante penosa, pois você pode perder toda sua progressão no jogo, e pior, todos os monstros que você progrediu até aquele momento. Adore não chega a ser uma game punitivo, mas exige uma certa atenção do jogador.

O legal é que mesmo que ocorra uma derrota, e isso é perfeitamente natural, uma nova campanha é uma oportunidade de escolher uma nova equipe de monstros, melhorando o que você acha que deve ser melhorado. Vale ressaltar que a cada nova jogada, o game tenta modificar tudo, desde a localização dos monstros até mesmo os tipos de criatura que devem aparecer, o que deixa o game ainda mais estratégico. Para facilitar a vida do jogador, temos um mapa a nossa disposição, mas ele servirá apenas para a campanha atual, isso por que quando você inicia uma nova partida, tudo será modificado, inclusive a localização desses itens.

Se o mapa é uma facilidade, os mesmos monstros que nos ajudam, podem nos atrapalhar, isso por que Adore não ajuda o jogador a identificar qual a melhor estratégia de combate. Convocar uma criatura errada para um combate contra um chefe, por exemplo, pode fazer com que toda a campanha seja perdida. Outro problema no jogo é a duração da campanha. Isso passa a ser um problema por que podemos não ter a oportunidade de encontrar a criatura que precisamos, além disso, com a campanha durando tão pouco, perde-se muito da diversidade, e as coisas podem ficar repetitivas, mesmo que você esteja se dando bem no jogo.

Enquanto inicialmente o game se mostra bem divertido, com o passar das jogadas, mesmo que em campanhas randômicas, o jogo fica repetitivo muito rápido, pois mesmo que variado, uma campanha extremamente curta, aumenta as chances do jogador ficar entediado.

Adore – Qubyte Interactive / Foto Divulgação

Desempenho favorável

Adore está presente em todas as plataformas. O game apresenta bons gráficos, mas não podemos deixar de observar que eles são bastante comuns. Eles nem de longe são feios ou mal feitos, a questão é que esse tipo de gráfico cartunizado e colorido, apesar de convincente, está presente em um milhar de jogos. O que deixa as coisas menos cansativas, é que no gênero RPG/Roguelite ainda não foram tão explorados.

Nos consoles da geração atual, além de uma ótima taxa de FPS, o game apresenta loadings muito rápidos, o que para um jogo onde podemos morrer muitas vezes, não ficar preso na tela de loading pode ser a diferença entre outra partida e outro jogo. No Nintendo Switch temos algumas quedas de FPS, perceptível por estarmos em um game com uma certa dose de ação. Isso não deve ser nenhum espanto, já que o console da Nintendo fica devendo alguns recursos de hardware para fazer frente aos amigos maiores.

Sonoramente o game também está muito bem representado, mas… novamente temos de falar sobre as partidas muito rápidas. Conforme você passa a repetir a campanha, a música passa a ser repetitiva. A sensação que tive é que estava sempre ouvindo a mesma música, e por mais que ela seja legal, após algumas partidas, você estará cogitando ouvir algo que não esteja relacionado ao jogo.

Adore – Vale a pena?

Adore esta sendo lançado pela QUByte Interactive é uma publicadora/desenvolvedora de jogos brasileira. Vale ressaltar isso, não só pela iniciativa, mas pela qualidade de Adore. O game é uma ótima opção para quem está entrando no universo roguelite, por trazer diversas boas ideias que favorecem o jogador mais casual que esta flertando com games mais hardcores. A possibilidade de estar agregando novos monstros a cada partida, e melhorar cada um deles conforme avança no jogo, torna o game ainda mais divertido, e com uma estratégia bastante variada.

As corridas mais rápidas também fazem toda a diferença. Ao iniciar a campanha, ficamos com a sensação de que mesmo tudo dando errado, em poucos minutos estaremos no mesmo local onde perdemos a partida, com a oportunidade de fazer diferente. Não podemos deixar de mencionar que isso pode ser um problema para os jogadores mais hardcores, pois ele podem se entediar com partidas tão rápidas. Independentemente disso, capturar, evoluir e lutar com monstros é muito divertido.

Ademais os gráficos não serem surpreendentes, toda a construção técnica do jogo está muito bem realizada e mostra um capricho e preocupação para com o jogador. Nada no jogo é surpreendente, mas tudo é agradável e bem feito, e quando percebemos que estamos jogando um game brasileiro com tamanha qualidade, o significado é ainda maior.

Gráficos - 7.5
Jogabilidade - 7.5
Diversão - 8
Som - 7
Dificuldade - 8
Fator Replay - 7.5

7.6

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Marcelo Souza

Apaixonado por jogos e consoles desde 1990. Quando não esta escrevendo em algum site de games, esta jogando ou ensinando o Felipe a jogar.

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