Continua após a publicidade..
Continua após a publicidade..
RetrôReview

Veritex | REVIEW

Continua após a publicidade..

Hora de avaliar mais um game para nossa seção Retrô. Dessa vez vamos falar de Verytex, um Shmup lançado para o carismático Mega Drive. Confira abaixo minhas impressões e lembranças desse game que passou várias horas por vários dias espetado no meu Mega Drive I.

  • Jogo: Verytex
  • Desenvolvedora: OperaHouse
  • Publicadora: Asmik Ace Entertainment, Inc
  • Lançamento: 5 de abril de 1991
  • Número de Jogadores: 1 jogador
  • Gênero: Shmup
  • Plataformas: Mega Drive

Em um futuro ainda distante

Nossa aventura em Verytex se passa no futuro. A humanidade finalmente desenvolveu a tecnologia para sair da Terra e manter numerosas colônias fora do planeta azul. Vários planetas foram descobertos e colonizados pelo homem, mas nenhum deles havia estabelecido qualquer existência extraterrestre antes da colonização.

Continua após a publicidade..

A colônia planetária mais próspera havia sido estabelecida no planeta Syracuse, onde a tecnologia humana (e aparentemente a linguística) floresceu. No entanto, um pedido de socorro veio de Syracuse, alegando que a nau capitânia de suas forças armadas, a Aphrodite, iniciou uma violenta rebelião contra o povo e seus passageiros se recusaram a fazer qualquer exigência ou razão.

Nesse contexto saímos do quartel general no meio do espaço para o planeta Syracuse no caça estelar Verytex para parar a batalha e encontrar sua verdadeira causa.

Só mais um Shmup

Se há algo que muitos de nós sabemos fazer, é super-dimensionar nossas lembranças, seja para bem ou para mal. Essa é minha relação com Verytex. O ano é 1993 e assim como muitos gamers da época, alugar games era a única maneira de jogar, e foi assim, em um fim de semana qualquer que tive contato com Verytex.

Como jogador de Shmups nos árcade, jogar Verytex foi amor a primeira jogada, e como o catálogo de jogos de Mega Drive na locadora não era dos mais vastos, o game passou muito tempo no meu Mega Drive I.

Graficamente falando, o game está longe de corresponder as expectativas do que o 16 bits da SEGA poderia fazer. Apesar da história grandiosa, os gráficos do jogo não transmitem essa criatividade, sendo muito escuros e sem a criatividade que outros games do gênero ofereciam.

Verytex

A riqueza de detalhes é baixa, passamos por todo o jogo sem nos lembrar o que vimos há cinco minutos. Infelizmente o game é muito escuro, e mesmo assim nos pegamos por muitas vezes em uma confusão de acontecimentos, sem saber o que é fogo inimigo. Isso realmente é uma pena, pois mesmo com essa limitação gráfica, o jogo mantém um charme único, característico do Mega Drive, um pouco mais de esmero, teria feito Verytex se tornar uma referência no console.

O game é relativamente curto, e ter gráficos pouco inspirados torna as coisas ainda piores, pois não justificam a falta de criatividade. Quando as coisas mudam um pouco, os gráficos ficam ainda mais confusos, pois só o forçados a nos adaptar gráficos com fundos confusos que só nos fazem ser atingidos por projéteis que mal podemos ver.

Rápido e fácil

Não espere ver muitas coisas diferentes ou passar muitas horas desbravando o universo em Verytex, pois o game é muito curto. O game conta com apenas 6 níveis, o que é pouco, ainda mais se consideramos a dificuldade do game.

Após escolher uma arma, você dificilmente morrerá, e mesmo que isso aconteça, você não terá nenhuma dificuldade em transpor esse limite em uma segunda jogada. Os inimigos são repetitivos e não instigam o jogador a fazer grandes manobrar para sobreviver. Nossa nave conta com apenas 3 armas, algo que compromete demais a diversão do jogo. O pior de ter um número tão limitado de armas, é perceber que elas não podem ser melhoradas, ao menos eu não notei diferença após coletar a mesma arma por algumas vezes.

A exceção são os chefes de fase, o qual são o ponto forte do jogo, ofereço alguma dificuldade, mas nada que tire o jogador da zona de conforto. As coisas só se complicam se você morrer. Aqui vale ressaltar algo sobre o chefe final do jogo.

Verytex

Enquanto você lida tranquilamente com o jogo até chegar no chefe final, lutar contra ele não é uma tarefa fácil e sequer justa, pois ela difere de o resto do jogo. De alguma forma, parece que o chefe é intransponível, mas aí você encontrar um ponto na tela onde não pode ser atingido.

A melhor parte do game está em sua trilha sonora, sendo ela responsável por boa parte do impulso que faz com que você não abandone, o jogo. Todas as músicas se encaixam no jogo e mostram uma criatividade ímpar. Note que estamos falando do Mega Drive, console que teve uma dificuldade no que se diz respeito ao som de seus jogos.

Verytex – Vale a pena?

Verytex é um game que a todo tempo tenta preencher uma suposta lacuna dentro do Mega Drive, não que isso seja necessário, mas essa é a sensação. Apesar do potencial, o game fica confuso em meio a escolhas equivocadas e um aspecto desleixado.

O game está longe de ser um clássico do gênero, mas de qualquer forma, preserva um charme típico dos games menos famosos do Mega Drive. A atmosfera é cativante, mas isso não muda a essência do game.

Recomendo Verytex essencialmente a dois tipos de fãs: Os mais aficionados pelo gênero Shmup e os fãs do Mega Drive. Os demais dificilmente vão se sentir atraídos pelo jogo. De qualquer forma, Verytex é mais um game que faz parte das minhas boas lembranças, e como não quero mudar isso, permanecerei longe do jogo.

Verytex | REVIEW

Gráficos - 6
Jogabilidade - 5
Diversão - 5
Som - 8.5
Dificuldade - 4
Fator Replay - 3

5.3

Um game com carisma e personalidade, mas infelizmente mal feito e com problemas de execução. Vale para os fãs do gênero.

User Rating: Be the first one !

Marcelo Souza

Apaixonado por jogos e consoles desde 1990. Quando não esta escrevendo em algum site de games, esta jogando ou ensinando o Felipe a jogar.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo