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The Lightless World | REVIEW

O gênero roguelite está mais popular que nunca, bem como a oportunidade para novos estúdios trazerem novos jogos com ideias cada vez mais divertidas e ambiciosas. Diante disso, a desenvolvedora The3rd.One Games nos presenteia com The Lightless World, um Action Roguelite com outras influências, cheio de possibilidades, ambientado no universo do terror. Continue lendo e desça conosco nas profundezas do abismo.

  • Jogo: The Lightless World
  • Desenvolvedora: The3rd.One Games
  • Publicadora: The3rd.One Group
  • Lançamento: Demo
  • Número de Jogadores: 2 jogaadores
  • Gênero: Ação
  • Plataformas: PC
  • Site Oficial: www.the3rd.one/

Entre Demônios e Heróis

Ainda que The Lightless World seja um Action Roguelite como mencionei anteriormente, assim que passamos a jogar, percebemos a nítida influência de jogos como Diablo, por exemplo. O jogo é focado em um terror reverso, ambientado em um universo cósmico onde os jogadores controlam protagonistas que são deuses demoníacos. Nessa narrativa sombria e caótica, somos lançados em meio a hordas de inimigos e devemos sobreviver às hordas infinitas de inimigos enquanto descobrimos os segredos desse mundo.

Graficamente falando, o jogo tem uma boa qualidade, principalmente se você jogar com as configurações Máximas. Entretanto, a escolha do inferno, com uma direção de arte pouco inspirada, criaram gráficos repetitivos. Isso não tem a ver exatamente com o fato de estarmos no inferno, mas sim com criatividade. Ainda que estejamos diante de uma Demo, um pouco mais de variedade, tornaria o jogo mais variado não deixaria essa sensação de repetição.

Estaremos sempre rodeados por vales e montanhas cheios de lava e rochas escuras. No campo de batalha as coisas mudam um pouco, mas, em geral, a sensação que temos é de estarmos sempre no mesmo lugar. Como o jogo é dividido de dephts, algo como andares em uma interpretação livre, a variedade gráfica poderia ter sido melhor explorada.

Basicamente, a maior mudança entre essas dephts são é a quantidade de inimigos que enfrentaremos e alguma variedade entre eles, transitando entre soldados, magos e afins. Um bom exemplo de como as coisas poderiam ser diferentes, é quando comparamos o jogo com Army Cops of Hell, lançado para PlayStation Vita. Ainda que tenhamos um papel invertido nesse caso, a premissa de estar no inferno é bem mais abrangente que no game em questão.

O Inferno são os outros

The Lightless World é um jogo bastante particular, abordando diversos gêneros, fazendo um apanhado do que há de melhor entre a Ação, o RPG e o Roguelike e até mesmo algumas pitadas de Tower Defense. Uma das particularidades mais marcantes do jogo é o caminho inverso que fazemos. Na maioria dos jogos de RPG, seja no gênero roguelite ou Action, e nesse caso, a mistura de ambos, começamos nossa aventura fragilizados e com recursos mínimos que nos fazem lidar com os inimigos com cautela. Em The Lightless World começamos o jogo lidando com hordas de inimigos mais fracos que tentam a todo custo nos derrotar pela força.

Quando olhamos para a jogabilidade de maneira mais prática, além das características que definem os gêneros que citei, The Lightless World se mostra um Tower defense mais incrementado. Isso fica mais evidente quando notamos que boa parte das nossas ações no jogo, provém de mecanismos pré-estabelecidos, deixando o jogador com pouca autonomia, quando jogamos efetivamente.

Estaremos circulando pelo cenário enquanto eliminamos centenas de inimigos e coletamos alguns bônus. Ao subir de nível, podemos escolher entre algumas melhorias, que são aleatórias e podem melhorar diversos de nossos atributos. Outras melhorias podem ser aplicadas quando perecemos, e como estamos diante de um roguelike, o jogo espera que isso aconteça. Essas melhorias são usadas em uma nova partida, conforme morremos, melhoramos nossos atributos e temos mais chances de seguir em frente.

Essa fórmula é bem divertida no início, mas conforme o tempo passa, as coisas vão ficando repetitivas. Isso acontece devido a pouca interação do jogador com o game, pois tudo acontece de maneira quase que automática, nos restando apenas direcionar o protagonista enquanto esperamos subir de nível ou morrer para voltar ao mesmo ciclo com algumas melhorias.

Após algumas horas, percebemos que The Lightless World não é um jogo pensado para durar por horas nas mãos do jogador. Ainda que com uma produção um pouco melhor que as que vemos em jogos mobile, o que temos é um jogo pensado para esse público e oferecido para os jogadores de PC. Isso a longo prazo será um problema. O jogo continua em desenvolvimento, mas não acredito que a direção do mude muito quando ele for lançado.

The Lightless World — Vale a Pena?

A mescla de vários gêneros dentro de The Lightless World é interessante poderia ser bem mais divertida e promissora, caso a desenvolvedora tivesse dado um pouco mais de autonomia para o jogador. Infelizmente, o game arrisca pouco e se perder na falta de ambição em todos os aspectos.

É sempre bom lembrar que o game está no acesso antecipado, entretanto, o âmago já está no cerne e pouca coisa deve mudar. Algo que a desenvolvedora deve cogitar, é lançar o game com suporte para o Steam Deck, pois o jogo, voltado para o público mobile, ficaria bem no PC portátil da Valve. No final das contas, The Lightless World não chega a decepcionar, mas também está bem longe de criar qualquer vínculo duradouro com o jogador.

The Lightless World foi cedido gratuitamente pela The3rd.One Game — Agradecemos a cortesia.

The Lightless World | REVIEW

Gráficos - 6.5
Jogabilidade - 6.5
Diversão - 7
Som - 7.5
Dificuldade - 7
Fator Replay - 6.5

6.8

Bom

Com uma proposta abrangente, trazendo diversos elementos de gêneros como RPG, Roguelite e Tower defense, a premissa é boa e diverte nos primeiros minutos, mas acaba se mostrando repetitiva, muito devido à falta de autonomia do jogador.

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Marcelo Souza

Apaixonado por jogos e consoles desde 1990. Quando não esta escrevendo em algum site de games, esta jogando ou ensinando o Felipe a jogar.

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