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Monark | REVIEW – Confira esse excelente JRPG

Monark acaba de chegar ao PlayStation 4 e PlayStation 5, Windows e Nintendo Switch. O RPG desenvolvido pela equipe veterana que trabalhou em Shin Megami Tensei chega com uma boa história além de muita ação e aventura, prometendo agradar os fãs do jogo citado mais acima.

O game conta com um sistema de batalha bastante interessante, aonde o jogador vai pode melhorar seus atributos baseando-se nos 4 pecados capitais. Mas não é só isso, o game oferece diversas possibilidades durante a batalha, além de um enredo com diversas possibilidades.

Veja abaixo nossa review, e descubra tudo que você precisa saber sobre esse grande jogo da NIS Software, confira:

Monark
  • Jogo: Monark
  • Desenvolvedora: Lancarse
  • Publisher: FuRyu, NIS America
  • Lançamento: 22 Fevereiro de 2022
  • Número de Jogadores: Single Player
  • Gênero: JRPG
  • Plataformas: PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, Windows

Uma escola, adolescentes e uma névoa misteriosa

Como dissemos acima, Monark é um game que foi desenvolvido pelas empresas FuRyu e Lancarse, que tem em sua lista de funcionários, ex funcionários da Atlus que trabalharam no desenvolvimento de outro grande RPG, Shin Megami Tensei.

Sabendo disso, você vai se deparar com uma historia que vai remeter você ao game da Atlus em diversos momentos. Entretanto, Monark é um game com vida própria em todos os sentidos, compartilhando apenas fragmentos, tanto da historia quanto das mecânicas de Shin Megami Tensei.

Monark se passa dentro do ambiente escolar da Shin Mikado Academy, uma escola secundária, que por algum motivo ainda não conhecido esta envolta em uma misteriosa Névoa que esta levando os alunos do local a loucura.

Para piorar os alunos estão sendo selados do mundo exterior por uma barreira. Nesse ponto entra você que faz parte de um grupo de estudantes que ganham a habilidade de entrar através dessa barreira, em um Outro Mundo.

Cabe a você e seus amigos derrotar esses demônios que fortalecem a Névoa e por consequência livrar a escola desses eventos.

Superando as expectativas

Venho acompanhando Monark desde seu anúncio, e confesso que até receber o jogo, tenha minhas ressalvas. A minha impressão é que o game seria um daqueles jogos de adolescentes estereotipados, com características duvidosas voltadas as volúpias do corpo feminino.

Entretanto vejo que estava redondamente enganado, pois o game, apesar de estar focado no universo adolescente onde os hormônios estão em polvorosa, o game é extremamente sóbrio, e não apela para clichês já conhecidos. Temos personagens com diálogos bastante interessantes, que não fogem da temática do jogo, ou com piadas de cunho duvidoso.

Apesar de ter os momentos de descontração, Monark mantém o aspecto sombrio e misterioso na sua narrativa a todo momento, e mesmo que estejamos em universo tão descontraído como o de um colégio, as ameaças fazem com que você pense duas vezes antes de entrar de cabeça no nevoeiro.

Além disso, a narrativa esta muito boa, e prende o jogador à historia, que vai se tornando cada vez mais complexa e agressiva, principalmente quando o nevoeiro começa a atacar as pessoas, as levando a loucura de uma maneira cada vez mais agressiva. Nesse inicio, o único fato que me desagradou um pouco foi o game estar bastante lento no seu inicio, confesso que acompanhar alguns diálogos foi difícil.

Você tem a possibilidade de pular, ou acelerar todas as conversas, mas diante de um game com uma historia tão interessante e necessária para a compreensão do jogo, pular esses diálogos não é o mais aconselhável para quem quiser extrair toda a diversão. Nesse ponto, acredito que alternar essas conversas mais longos, com alguma movimentação ou batalhas, deixaria o game com uma gameplay mais dinâmica.

Esse inicio lento não atrapalha a diversão do jogo, mas, por estarmos no inicio da gameplay, pode deixar os jogadores mais apressadinhos, com uma sensação de que o game vai ser monótono. Coisa que Monark não é.

Sensação de Déjà-vu

Nossa estadia no mundo de Monark mantem a média dos games de RPG, como uma duração de cerca de 40/50 horas, mesmo que você tenha algumas dificuldades durante sua aventura. Não que o game seja fácil, muito pelo contrário, mas essas dificuldades são pontuais, e mais ligadas à exploração que às batalhas.

Confesso que em alguns momentos fique extremamente perdido, pois você precisa prestar atenção nos diálogos para conseguir resolver alguns puzzles. Como estamos diante de alunos, boa parte desses puzzles fazem você colocar seu raciocínio em prática, mas nada que faça você perder os cabelos.

As locações no colégio são pouco variadas, e por muitas vezes você vai ter a sensação de que já passou por um local diversas vezes. Mesmo com gráficos bastante detalhados e com um riqueza de detalhes interessante, Monark passa uma sensação de Déjà-vu a todo momento, pois tudo se parece.

Na verdade isso não chega a ser um defeito do jogo, pois como estamos dentro da Academia Shin Mikado, um local fechado e voltado para a educação, não tem como as coisas variarem muito dentro desse ambiente. Entretanto, alunos uniformizados, corredores meticulosamente planejados e uma iluminação extremamente eficiente, fazem com que você tenha a sensação de estar sempre no mesmo lugar, corredor, ou sala de aula.

Durante as batalhas as coisas não mudam muito. Os inimigos tentam ser variados, mas a verdade é que pouca coisa muda entre eles. Entretanto o combate implacável e o uso da estratégia no campo de batalha, fazem com que você nem repare nisso. Nesse ponto o game poderia ter variado um pouco, já que as locações de batalha, são diferente das o colégio.

A estratégia que faz toda diferença

Monark é um game que tem suas batalhas baseadas em turnos, o que por si só já exige que o jogador tenha estratégia nas batalhas. mas além disso, beneficia que usa essa estratégia de maneira metódica e criativa.

Os inimigos desde o inicio são fortes. Não é um game punitivo, mas você não vai ter muitas oportunidades para errar, pois seus inimigos vão lhe apunhalar sem pena, e depois de receber alguns golpes, você vai perecer. Monark tem algumas peculiaridades, que acabam impondo uma certa dificuldade ao jogo, e consequentemente aumentando o desafio.

Um desses aspectos é a importância do protagonista, que é você. Caso seu personagem venha a ser derrotado, o jogo termina automaticamente. Não ha como reviver o protagonista, por isso a estratégia é importante. Os inimigos em algum momento tentam impor os ataques ao protagonista, mas geralmente eles falham miseravelmente.

Confira abaixo nossa gameplay e não deixe de se inscrever no canal para ficar por dentro de nossas jogatinas:

Os inimigos são fortes, tem boa quantidade de golpes e até conseguem se organizar no campo de batalha, entretanto a IA acaba falhando na hora de montar uma estratégia focada apenas no protagonista. Além disso, o campo de batalha oferece algumas armadilhas que você pode usar a seu favor, podendo por exemplo, envenenar seus inimigos.

Essas armadilhas, se usadas de maneira inventiva podem ajudar muito o jogador, mas isso demanda um pouco de tempo, pois o game é por turnos, e atrair os inimigos pode demorar alguns turnos, mas pode ter certeza, criar estratégias sobre essas armadilhas, pode fazer toda diferença na batalha, e consequentemente torna o game ainda mais divertido.

Você pode organizar sua equipe antes de entrar em uma batalha, caso venha a fracassar, volta novamente para a tela pré batalha, podendo rever sua equipe e seus equipamentos. vale ressaltar que você vai precisar saber bem o que fazer, pois como dissemos anteriormente, o jogo não é piedoso com os jogadores mais desatentos.

Na verdade, eu achei o game com uma curva de dificuldade um pouco desajustada. A verdade é que o game te da poucas chances de errar, o que acaba deixando o game difícil, e como as batalhas são pontuais, as coisas podem ficar um pouco frustrantes. Os inimigos principais são os Pactbearers. Cada Pactbearer é um dos sete pecados capitais – ganância, luxúria, gula, etc. – e cada um tem sua própria identidade e narrativa.

O segredo para derrotar os Pactbearer, é destruir três cristais que abrigam seus segredos, e esses cristais estão localizados nas profundezas de áreas cheias de névoa que você precisará atravessar rapidamente antes de ser influenciado mentalmente. Inicialmente isso é um problema pequeno, mas conforme você avança no jogo a dificuldade aumenta e o tempo que você passa nas batalhas também aumenta bastante.

Mesmo melhorando sua equipe no decorrer do jogo, próximo ao final do jogo, as batalhas chegam facilmente aos 40 minutos e isso pode ser um problemas, pois se você perder, vai ter de começar novamente, e esse tempo de batalha foi meticulosamente pensado pelos Devs, então procure manter a cabeça na batalha.

Onde o ‘bicho pega’

Como nem tudo são flores, Monark tem um problema que eu particularmente não consegui compreender, pois parece que foi algo planejado. A parte sonora do game deixa a desejar, assim como a dublagem. Não é algo que prejudica o jogador, mas definitivamente é algo que deixa o jogador com a sensação de que algo errado não está certo.

O game tem uma boa dublagem, que complementa os personagens que são ricos em detalhes e cheios de personalidade. E como disse acima, não é uma personalidade sexualizada ou algo do tipo, os personagens mantém seu caráter adolescente, mas tudo voltado ao universo de Monark.

Entretanto, mesmo que os personagens, e até mesmo alguns NPCs tenham uma dublagem muito boa, nosso protagonista não tem… Isso é realmente estranho, pois enquanto todos falam, nosso herói simplesmente… é mudo. Eu realmente não entendo o por que de eu não ter voz no jogo.

Ademais, outra coisa estranha, é que as batalhas tem sempre a mesma música de fundo, por mais que você avance no jogo e lute com inimigos diferentes, a mesma música acompanha você nas batalhas, e isso acaba estragando um pouco a diversão, pois passa sensação de que você ja passou por aquilo, mesmo sendo um inimigo novo.

O game fica com batalhas longas quando esta perto do desfecho, entretanto eu acredito que se você chegar até esse ponto em Monark, essas batalhas mais longas não devem ser um problema. Ao menos não deverá ser se você não morrer durante, pois as batalhas chegam facilmente a 1 hora de duração, então se você morrer, vai ter de começar novamente, e isso pode ficar extremamente estressante.

No geral, tirando esses detalhes, a música não é ruim e segura a onda no jogo. Não é nada que vai ficar guardado na sua memória, mas também não deve ser lembrado como de todo ruim.

Monark – Vale a pena?

Independente de eu ter meu hype elevado com o jogo, Monark definitivamente vale a pena, pois é um game extremamente divertido e acima da média dos JRPGs. O game conta com uma historia interessante, principalmente pelo lado obscuro da trama.

O game oferece uma boa dificuldade, ainda que um pouco desbalanceada, ela apenas exige que o jogador tenha um pouco de atenção nas sua ações. Vale ressaltar que para um RPG por turnos, ter um pouco de estratégia é o mínimo que se espera.

O jogo oferece bons gráficos, boa jogabilidade, um desafio legal e uma boa trama, mas nem tudo é perfeito. Os Devs deveriam ter tido um pouco mais de esmero na parte sonora do game, principalmente nas batalhas. Além disso, o fato de nosso protagonista não ter uma dublagem, foi bem estranho.

Por fim, Monark é mais um ótimo RPG que chega para figurar entre Scarlet Nexus, Tales of Arise e outros grandes RPGs lançados recentemente. Se você curte um bom JRPG, gosta de um desafio legal, e curte batalhas por turno, Monark é uma ótima pedida e vai oferecer uma diversão acima da média.

Monark foi avaliado através de uma cópia gentilmente cedida pela NIS America – Agradecemos a cordialidade!

Não deixe de conferir nossas outras reviews aqui no Games Ever!

Monark

Gráficos - 75%
Jogabilidade - 85%
Diversão - 75%
Som - 70%
Dificuldade - 85%
Fator Replay - 75%

78%

Se você curte um bom JRPG, gosta de um desafio legal, e curte batalhas por turno, Monark é uma ótima pedida e vai oferecer uma diverão acima da média.

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Marcelo Souza

Apaixonado por jogos e consoles desde 1990. Quando não esta escrevendo em algum site de games, esta jogando ou ensinando o Felipe a jogar.

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