Horizon Forbidden West | REVIEW – Um game essencialmente PlayStation

Um dos lançamentos mais aguardados chega para o PlayStation 4 e PlayStation 5, em um game recheado de aventuras e batalhas épicas, mas nem tudo é perfeito. Confira abaixo a review de Horizon Forbidden West, um game essencialmente PlayStation

A ansiedade acabou, pois um dos games mais aguardados dos últimos meses está disponível. Horizon Forbidden West já esta disponível para os donos dos consoles PlayStation 4 e PlayStation 5. Aloy está de volta em uma aventura cheia de novidades e que vai lançar o jogador em um game extremamente divertido e cheio de possibilidades.

Confira abaixo nossas impressões sobre um dos games mais aguardados, e saiba o que realmente esperar de Horizon Forbidden West.

• Jogo: Horizon Forbidden West
• Desenvolvedora: Guerrilla Games
• Publisher: Sony Interactive Entertainment
• Lançamento: 18 fevereiro de 2022
• Número de Jogadores: Single Player
• Gênero: Aventura
• Plataformas: PlayStation 4, PlayStation 4 Pro, PlayStation 5 (Versão avaliada)

Continuando e onde Horizon Zero Dawn parou

Para quem vem acompanhado o desenvolvimento de Horizon Forbidden West desde o início, ou ao menos desde o meio do ano passado, já sabe um pouco do que acontece no game. Essa nova aventura de Aloy é uma continuação direta de Horizon Zero Dawn, começando exatamente após os acontecimentos do game anterior.

Continuando a aventura, vamos nos aventurar por uma parede ainda desconhecida do vasto mundo aonde nossa heroína vive, o Oeste Proibido. Tudo acontece, quando após os acontecimentos do game anterior, uma devastadora praga vermelha começa a assolar toda a vida no mundo. Toda vida não robótica está sucumbindo a essa praga, e a contagem regressiva para o final da vida biológica já começou.

Ademais, esses acontecimentos são explicados logo no início do jogo, mas nossa intenção aqui não é estragar a surpresa, portanto estamos falando da maneira superficial sobre essa parte da história. Enfim, diante dessa nova ameaça, cabe à nossa protagonista desvendar e resolver os acontecimentos que envolvem o aparecimento dessa praga misteriosa.

Logo que iniciar a sua jornada, Aloy vai se deparar com diversas criaturas ainda não vistas no jogo e inimigos desconhecidos extremamente agressivos, além de, claro, novos e velhos conhecidos, amigos e personagens importantes. Um bom exemplo é Regalla, uma poderosa adversária que comanda a ameaçadora e impiedosa tribo Tenakth, enquanto o propósito de outros personagens inéditos são revelados ao longo da historia.

Entretanto, você não vai estar sozinho nessa aventura desbravadora em um mundo proibido e ameaçador, Aloy vai contar com o apoio de dois amigos que fazem parte da história do primeiro jogo: Varl e Erend, e eles vão ser cruciais para o sucesso da sua missão. Dito isso, hora de nos aprofundarmos mais no game, e ver tudo que Horizon Forbidden West tem a oferecer.

As belezas de um um novo mundo proibido

Horizon Forbidden West é um game que esbanja vida, lembrando sempre que estamos jogando o game no Playstation 5, meus amigos. Tudo no game foi feito para demonstrar movimento e por consequência, a aparência real das coisas. Desde o primeiro minuto de jogo, já temos uma dimensão do que esperar do game graficamente, e as expectativas são boas, e se cumprem no decorrer da aventura.

Temos uma grande variedade de localidades, que vão desde planícies áridas, até bosques verdejantes, de uma montanha no deserto, a um vale cheio de neve. Sempre com muita vida e movimento, e mesmo dentro dessas localidades, ainda nos deparamos com cavernas e trechos que nos remetem a outro ambiente, dentro do mesmo eco sistema. Essa variedade de locações mantém o jogador preso na gameplay, pois sempre temos a sensação que algo novo pode acontecer, ou aparecer a qualquer momento.

Entretanto, mesmo com toda essa variedade, ainda temos um game sublime, que passa uma sensação quase que infantil das descobertas, mesmo que isso vá de encontro aos graves acontecimentos que envolvem Aloy. Mesmo com uma direção de arte tão apurada e conceitualmente definida em todos os aspectos, ao menos no meu caso, a sensação que prevalece é de um game sublime, quase que infantil, repito: Mesmo que a cada segundo nos deparemos com uma situação de vida ou morte, seja em uma batalha ou em um dialogo.

As escaladas quase sempre terminam em uma vista exuberante da localidade onde você está, e quase sempre, mostra a vastidão, aspecto que os desenvolvedores fazem questão de mostrar a todo o momento. As áreas a serem exploradas são extremamente sempre bem detalhadas,e claro gigantescas. Confesso que nesse ponto não gostei de como foi desenvolvido o métodos para descobrir pontos de acesso a escaladas no jogo. Eles nem sempre são claros, e quando você ativa o Foco para descobrir esses locais, eles ficam evidenciados de uma maneira exagerada, desfocam um pouco do cenário.

Vale ressaltar que mesmo diante de todos esses novos adventos, Horizon Forbidden West não consegue impressionar como deveria. Infelizmente tanto graficamente quanto na narrativa, que é o ponto mais forte do game, a impressão que fica é que já vimos tudo isso antes. Isso acaba por afetar a diversão do game, pois mesmo depois de alguns anos sem por a mão no primeiro game, a sensação que eu tive e ainda tenho, é que posso fazer qualquer coisa no jogo, pois afinal, eu já fiz isso quase que exatamente da mesma forma, há algum tempo atrás.

Outro fator que não podemos ignorar, é que apesar de o game estar rodando no PlasyStation 5, o game sofre em alguns momentos. Estamos jogando o game no modo desempenho, para visar extrair o máximo do jogo. Entretanto as coisas as vezes não vão em e por mais que tenhamos toda essa exuberância gráfica, o game fica devendo.

Um game de PlayStation 5, mas nem tanto

O modo desempenho é o que oferece uma melhor experiencia de gameplay, entretanto temos quedas bruscas de Framerate que realmente não dá para compreender, já que estamos jogando no PlayStation 5, e por mais belo que seja, é notório que o game não esta levando o console aos seus extremos de desempenho.

Em muitos momentos é notável a queda de qualidade do jogo quando exigido 60 quadros por segundo. A queda de pixels em alguns momentos é absurda, e nos remetem aos melhores momentos do PlayStation 4 base em Zero Dawn. E não adianta negar, isso é um fato visível no monitor e não tem como ser refutado de maneira sensata.

Além disso, o game ainda oferece algumas situações inusitadas, ainda mais para um game desenvolvido para o PlayStation 5. Não da para entender por exemplo, por que em algumas situações o fogo não é agressivo para nossa personagem. Um desses casos por exemplo, é quando ascendemos a pira para gravar o jogo, você pode subir, rola abaixar sobre o fogo que nada acontece. Essa mesma situação acontece em aguns momentos, quando por exemplo você chega próximo a uma planta toxica, ou até mesmo perto de um inimigo, que acaba não percebendo sua atenção.

Caso você venha a fazer uso do modo foto, vai perceber que o game em aguns pontos tem uma baixa qualidade de pixels, como já dissemos ácina. Entretanto, esse detalhe entra apenas como parte da review mais detalhada, pois em nada atrapalha a diversão, e só serve para os jogadores mais aficionados por desempenho, que possam estar jogando em um equipamento high end, mas sabemos que essa parcela gamer, infelizmente ainda é pequena.

O que realmente faz a diferença na diversão são os tempos de carregamento, e nessa parte, o game da um show no PlayStation 5, com tempo de de carregamento que beiram o absurdo de tão rápidos. Eu realmente mal consigo ler as dicas durante as telas, era preferível deixar apenas uma imagem de fundo mesmo, já que não dá para ler.

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Quando o game demora em uma tela de loading, não chega a 5 segundos, pois na maioria das vezes são 4 segundos cravados, o que mal da para você ajeitar o DualSense nas mãos. Realmente nesse ponto, temos uma experiencia ainda não vista nos consoles da geração anterior, trazendo uma experiência dinâmica ao jogo.

Vale ressaltar que Horizon Forbidden West sofre com uma missão ingrata implicada pela própria Sony. Conseguir entregar o game para usuários do PlayStation 4 e PlayStation 5 implicou em algumas limitações inerentes a gerações de consoles com características únicas. A grande verdade, é que os problemas relatados acima pesam muito mais no PlayStation 5, e não tem como ser diferente pois que está jogando no console mais atual, vai esperar por uma versão que faça justiça ao console atual da Sony.

Sons e dublagem

A nova aventura de Aloy nos apresenta um tema sonoro cheio de inspiração, e se encaixa perfeitamente no jogo, e principalmente nos diversos momentos do jogo. A evolução é notória desde os primeiros minutos do jogo, e já nos deixa preparados para o que esta por vir.

Nas batalhas mais importantes ou durante uma escalada, as música se ajusta para passar a sensação devida, e as escolhas dos Devs não poderiam ser mais felizes. Vale ressaltar que as músicas e sons de Zero Dawn já eram muito boas, e agora estão definitivamente melhores.

Entretanto, também temos problemas aqui, e eles estão todos concentrados em um só lugar, nas legendas. Ao jogar com legendas, parece que estamos ouvindo algo e lendo outro, não são algumas palavras em momentos pontuas, é a todo momento e em qualquer conversa.

O engraçado é que temos palavras totalmente fora de contexto, chegando ao ponto de distorcer o dialogo, ou deixando o jogador sem entender nada. Você deve pensar – é só desligar. As coisas não são tão simples assim, e se a legenda esta disponível, ela tem de ser, ao menos funcional. Eu me lembro de ter notado alguma coisa nesse sentido no Scarlet Nexus, entretanto confesso que não chega nem ao pés do que encontramos em Horizon Forbidden West. Em termos de legendas, acredito que ao usar um Google Tradutor, teria ficado melhor, ou igual ao resultado que temos nesse momento.

Máquinas, rebeldes e uma jogabilidade intrincada

O combate evoluiu bastante em Horizon Forbidden West, ainda temos basicamente o mesmo sistema de batalha, mas o método foi aprofundado e principalmente expandido, e com isso temos mais possibilidade de enfrentar maquinas e humanos. Alias essa é uma parte bem legal da evolução do game, agora temos batalhas mais abrangentes contra seres humanos, o que desencasei acontecimentos mais voltados para a narrativa humana no jogo. Você vai passar um bom tempo lutando contra os rebeldes no jogo, e isso é extremamente divertido.

Entretanto, é na luta contra as maquinas que a coisa fica realmente divertida, pois nessas batalhas você vai precisar de mais estratégia, e principalmente saber o que esta fazendo. Assim como o game original, você vai precisar analisar as maquinas para saber como as derrubar, isso não precisa ser feito em todas, mas nas batalhas mais importantes, você não vai conseguir avançar no jogo sem saber aonde atacar e qual estratégia usar para conseguir derrubar seu oponente.

Algumas combates são realmente épicos, com inimigos gigantescos e cheio de vida. Essas maquinas com tamanhos colossais deram um tos extremamente ameaçador a elas, deixando a sensação de tensão bem mais elevada no game, e nesse ponto a diversão vai ao ápice no game. As fraquezas das maquinas foram mais exploradas, e agora os ataques elementares são ainda mais importantes, pois sem eles, as batalhas ficam extremamente difíceis e demoradas, além de passar a sensação de que estamos fazendo a coisa da maneira errada.

Como não poderia deixar de ser, para esses combates temos uma vasta gama de equipamentos, que vão sendo liberados e aprimorados com nosso avanço no game. Também temos nosso sistema de armadilhas, que foi bem expandido, e agora tem uma gama maior e melhor de itens. Combinar esses elementos em uma batalha contra uma maquina gigantesca é imprescindível para ter sucesso no campo de batalha, e montar estratégias para explorar o ponto fraco de um inimigo, e divertidíssimo, por exemplo.

Ao final da batalha, conseguir derrubar o oponente, trás um peso ainda maior no game, com relação ao anterior, pois com o uso da estratégia, vemos o quanto a batalha evoluiu, e principalmente o quanto a estratégia é importante. nesse ponto temos alguns elementos de RPG, nada que exija ou descaracterize o game, a adição de pontos fracos elementares, com o uso de armadilhas quase obrigando o jogador a usar esses artifícios, deixou o game com batalhas mais estratégicas. Ao finar, derrubar um oponente usando os novos recursos do jogo, ficou ainda mais interessante.

Mas como nem tudo é perfeito, temos alguns problemas. As batalhas contra os seres humanos podem parecer legais no primeiro momento, mas depois de algum tempo, a falta de necessidade de estratégia para eliminar um oponente de carne e osso pode ficar chata. Tirando as batalhas contra inimigos pontuais e importantes para a narrativa, o resto é só apertar o botão de ataque e pronto, poderíamos ter batalhas um pouco mais exigentes.

Em alguns momentos, temos dificuldades e controlar Aloy, principalmente durante a exploração em alguns ambientes, antes durante e depois das batalhas, por exemplo. Infelizmente os movimentos da nossa protagonistas não são tão precisos como em Zero Dawn, e com isso em diversos momentos, explorar um ambiente ou um inimigo durante uma batalha, consiste em cair, errar pulos e principalmente, imprecisão nos movimentos. Inevitavelmente, em muitos momentos isso acaba levando o jogador a repetir uma escalada mais de uma vez ou pior, a morte durante uma batalha, mesmo sabendo exatamente o que fazer.

Como você passa boa parte do game, escalando, pulando se agarrando a bordas e claro, guerreando contra maquinas, esse problema acaba acompanhando você por todo o jogo, e assim persistindo como um ponto negativo no jogo. Vale ressaltar que diante uma experiencia de batalha tão intensa, locações vastas e cheias de vida, essa jogabilidade intrincada e precisa, mostra que o jogo esta desbalanceado em alguns pontos, e principalmente que essas limitações parecem ser impostas pelo PlayStation 4, pois percebemos que sobra folego no console mais atual. Sorte nossa que o que tem de bom na exploração e nas batalhas é muito bom, e acaba atenuando os pontos negativos.

Horizon Forbidden West – Vale a pena?

Novamente temos um game exuberante, com uma vasta experiencia e principalmente extremamente divertido que esta sofrendo pelo seu Hype demasiado. Horizon Forbidden West é uma obra prima, um game muito acima da média que deve entreter o jogador por longas horas, em uma aventura essencialmente PlayStation.

A narrativa é fantástica, assim como o mundo que envolve Aloy, os conflitos que ela tem e principalmente o fardo que ela carrega no jogo. Toda a experiencia que você esperou ao longo do desenvolvimento da game esta presente. uma exploração mais vasta dos cenários que estão gigantescos, um sistema de batalha aprimorado que ficou muito divertido, gráficos exuberantes, som caprichado e a narrativa que você tanto gosta em um game single player com câmera em terceira pessoa.

Entretanto, assim como todo jogo, Horizon Forbidden West não é um game perfeito. Ele tem defeitos comuns na maioria dos jogos, como quedas de Frames, pixels de baixa qualidade e problemas na jogabilidade. Tudo isso deve ser encarado com normalidade, ou apenas deveria. Entretanto, entre analises apaixonadas do jogo e gamers histéricos entre apontar virtudes e ignorar defeitos, e vice-versa, o mais importante deve ser ressaltado: Horizon Forbidden West é um game incrível.

Seja no PlayStation 4 base ou Pro, ou seja no PlayStation 5, se puder vá jogar o game, esqueça o hype produzido ao longo dos meses, deixe de lado sua paixão desmedida, ou sua desconfiança inerente e vá se divertir em um game com defeitos e virtudes, mas essencialmente e indiscutivelmente divertido.

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