Dark Pictures Anthology: Little Hope é mais um capítulo da já tradicional franquia de games de terror da Supermassive Games que se iniciou em Man of Medan. Esse novo capítulo melhora em muito a fórmula apresentada no game anterior, prometendo um game bem mais divertido e aterrorizante.
Confira abaixo nosso review completo, trazendo o que há de melhor no game, e claro, seus pontos negativos.
- Jogo: Dark Pictures Anthology: Little Hope
- Desenvolvedora: Supermassive Games
- Publicadora: Bandai Namco Entertainment
- Lançamento: 30 de outubro de 2020
- Número de Jogadores: Single-player
- Gênero: Survival-horror
- Plataformas: PS4, Nintendo Switch, PC
- Site Oficial: Aqui
A História em suas Mãos
A história em Little Hope é apresentada de maneira inacabada em poder do onipresente Curador (Pip Torrens), que pede a ajuda do jogador para completá-la. Todos os acontecimentos podem ser influenciados pelo jogador, e como iniciamos uma história inacabada, cabe a você dar um fim a essa trama.
Nossa aventura de terror e suspense começa quando nos tempos atuais, um motorista de ônibus está levando quatro alunos, Andrew (Will Poulter), Angela (Ellen David), Taylor (Caitlyn Sponheimer) e Daniel (Kyle Bailey), e seu professor, John (Alex Ivanovici), em um viagem escolar de rotina
Entretanto, após um desvio na estrada, eles são obrigados a passar pela cidade fantasma de Little Hope, e nesse trajeto um acidente acontece. Após o acidente a história volta para um prólogo definido em 1972 sobre a família Clark. Nesse local, por coincidência ou não, também vai haver um trágico acidente.
Depois desses trágicos acidentes, vamos iniciar nossa história, e aí você entra como o interventor que vai dar um fim a esses acontecimentos, aliás um fim fim não, pois o game tem diversos finais.
Uma Narrativa Aterrorizante
Como sabemos, Man of Medan e Little Hope compartilham das mesmas mecânicas de narrativa, isso foi pensado desde o início pela Supermassive Games, então não se surpreenda com a proximidade entre os games, por exemplo. Essa característica é usada em todos os games da franquia The Dark Anthology, por exemplo.
Desde o início, somos sistematicamente introduzidos nas mecânicas do jogo. Por mais que haja alguma interação com alguns objetos, esse não é foco do jogo. Os poucos momentos onde podemos explorar o cenário, é apenas parar introduzir mais detalhes ou eventos a trama. todo o game se baseia na tomada de decisões que sempre culminam em pontos da historia.
Quando temos a possibilidade de explorar alguma locação, percebemos que o game é sistematicamente linear, até por que o nevoeiro que paira pela cidade, impede que você possa retornar no cenário, mesmo que seja apenas um percurso curto. E como no game anterior, controlar o personagem nesses momentos é algo complicado.
Logo no início, já percebemos que a jogabilidade, quando temos o controle de um personagem não mudou muito. Isso fica ainda mais evidente em cenários apertados com com obstáculos, pois desviar de algo, ou até mesmo direcionar personagem para um local específico é uma experiência ruim.
É comum você literalmente bater com a cara na parede ou ficar batendo nas coisas, isso porque a jogabilidade é dura, com respostas lentas. Repare ao subir escadas por exemplo, o personagem parece engessado, com movimentos sem qualquer fluidez. Confesso que com o passar das gameplays acabamos nos adaptamos, não por que melhorou, mas por que nos acostumamos mesmo.
A câmera do jogo atrapalha muito nesses momentos, chegando ao ponto de você sair andando com o personagem, e a câmera não mudar a direção. O game deve abandonar a câmera fixa urgentemente, pois ela só atrapalha a experiência, deixando um game tão interessante, com um aspecto de mal pensado nesse aspecto.
Se você já jogou os outros games da franquia, os QTE (Quick Time Event), ainda estão presentes no game, e são o ponto forte da interação. Se você pensou se havia algum momento de ação no jogo, os QTEs são esse momento. Além disso eles são momentos cruciais na trama do jogo, pois geralmente eles decidem se alguém morre ou sobrevive no jogo.
Esses eventos estão bem legais, com um design que favorece o entendimento do jogador na hora de tomar suas decisões. Algumas frases estão mal traduzidas e mostram um certo descaso com a tradução do game, mas não é nada que vai atrapalhar você. Repare que as questões estão com uma nomenclatura muitas vezes curiosa.
Outro detalhe que ficou bem evidente, é a mudança de abordagem da história. Podemos dizer que Little Hope é um game que ao mesmo tempo que visa assustar o jogador, também está preocupado com a forma que a história é apresentada ao jogador. O game apresenta a história, de maneira a evidenciar o fatos, de uma maneira que valoriza e principalmente credibiliza a narrativa.
Outro fator que influencia e fornece mais opções de decisões no jogo, são como as decisões são tomadas, elas podem ser decisões tomadas com a razão, indicificada por um cérebro ou pela emoção, identificada por um coração. Essas decisões podem influenciar na aproximação com outro personagem ou te afastar dele, além disso, essas decisões afetam diretamente o final do game, que como dissemos tem diversos finais.
O Medo Está no Escuro
Graficamente falando, Little Hope consegue agradar com gráficos e animações bastante detalhadas. A ideia é passar a sensação de estar assistindo a um filme com o qual você pode interagir. Desde os primeiro minutos percebemos que a Supermassive Games se preocupou em trazem o ambiente do cinema para o jogo.
Falando de cenários, os ambientes externos não divergem muito, se concentrando em locações arborizadas e nas ruas que circulam Little Hope. As construções também não mostram riquezas de detalhes, principalmente devido ao fato do desenvolvedor ter abusado do ‘escuro’ no game.
Quando falamos de ambientes internos, aí conseguimos perceber o quanto o game é rico nos detalhes. Todas as locações internas são bem construídas, com diversos itens espelhados. Nesses itens, principalmente os que podemos interagir, mostram uma construção incrível, como por exemplo os bonecos ou os itens como livros, mesas, copos e até mesmo quadros.
Vale ressaltar que alguns itens como livros e anotações são muito detalhados no que se diz respeito à história. Em livros e anotações, podemos encontrar registros históricos que enriquecem ainda mais o game com detalhes dos acontecimentos.
Falando sobre a construção dos personagens, eles no geral apresentam um aspecto bastante convincente, com uma fluidez e um comportamento bastante próximo do que acompanhamos no enredo. Vale ressaltar que a gama de personagens não é vasta, mas com a história intrigante, esse detalhe passa desapercebido.
Entretanto, se tem uma parte onde o game fica devendo, são nas expressões faciais de todos os personagens do game. Infelizmente as. Expressões usadas, muitas vezes não conseguem transparecer o que realmente estamos presenciando na tela. A título de comparação, ainda temos expressões iguais ou até piores que Until Dawn.
Em contrapartida, sonoramente o game está muito bom, seja nos efeitos sonoros ou na música em si. Toda a sonoplastia do game consegue transmitir com exatidão as emoções que estamos passando no jogo. Se você estiver jogando com um Head Set, fica ainda mais evidente tida a qualidade.
Para maiores detalhes do jogo, não deixe de conferir nosso detonado completo de Dark Pictures Anthology: Little Hope. Além do detonado ele é um Guia de Platina / Conquistas.
Dark Pictures Anthology: Little Hope – Vale a pena?
Se você já vem jogou Until Dawn e Man of Medan vai estar em casa com Little Hope, pois o game melhora alguns pontos dos games citados acima, e o que não é melhorado não sofre com pioras.
O forte do game está na história, que apesar de algumas pontas soltas, consegue surpreender o jogador, com um conto de terror, mesclado ao suspense com um final com uma reviravolta que incentiva o jogador a jogar novamente.
O ponto negativo fica por conta das expressões faciais que deixam muito a desejar, por não evidenciar em as emoções da trama. Além disso a jogabilidade deixa a deseja. De qualquer forma Dark Pictures Anthology: Little Hope é jm game incrível e merece se jogado por diversas vezes.
The Dark Pictures Anthology: Little Hope | REVIEW
Gráficos
Dificuldade
longevidade
Bom
O game é um prato cheio para quem gosta de games de narrativa e terror/suspense. Mesmo com problemas na câmera e na jogabilidade dos personagens, o game esbanja bons momentos. além disso a história é muito boa, e ganha ainda mais destaque com gráficos e músicas que não deixam o jogador perder o interesse.