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Street Fighter 6 | REVIEW

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O verdadeiro “rei dos lutadores” finalmente voltou! Ok, não é pra tanto, mas o lançamento de Street Fighter 6 para as plataformas Playstation, Xbox e PC mostram que a Capcom aprendeu com seus erros do passado e de quebra, com um orçamento maior do que o de Street Fighter V, pôde criar um dos mais completos, bonitos, equilibrados e divertidos games de luta de todos os tempos!

  • Desenvolvedora: Capcom
  • Publicadora: Capcom
  • Lançamento: 02 de junho de 2023
  • Número de jogadores: 1 – (2 no mesmo console ou online)
  • Gênero: Luta
  • Plataformas: Playstation 5, Xbox Series S|X, Playstation 4 e PC

Bem-vindo ao World Tour!

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Sem sombras de duvidas a parte mais divulgada, alardeada e comentada pela Capcom foi esse tal modo “World Tour”.  E aqui vai uma “curiosidade”:

Essa não foi a primeira vez que temos um World Tour em Street Fighter! Sim, lá na versão de Playstation 1 e Saturn de Street Fighter 03, temos um World Tour na qual podemos escolher um personagem e com ele viajar pelo mundo enfrentando outros personagens do game, ganhando XP, melhorando o personagem e desbloqueando os lutadores secretos desse game (Evil Ryu, Evil Gouki, Guile e Shin M. Bison). A diferença aqui era que não podíamos criar o nosso próprio personagem, nos limitando apenas a pegar algum lutador do game e seguir até o final do modo.

Bem, voltando a Street Fighter 6, no modo World Tour podemos criar o nosso próprio personagem com uma vasta lista de opções para deixa-lo mais próximos de nós, ou podemos tocar o dane-se e fazer um personagem totalmente bizarro! E está tudo bem, pois a graça de se criar um personagem com grandes possibilidades é esse mesmo, fazer o que quiser e se divertir com ele até não querer mais.

Depois de criar o personagem, passaremos por um tutorial básico em que somos apresentados ao nosso primeiro professor/mestre/sensei. Luke, personagem vindo da última seasson de Street Fighter V. Depois de passar pelo tutorial, nosso personagem e nosso amigo/rival somos apresentados a cidade Metro City. Aqui poderemos desafiar outras pessoas para lutar e ganhar XP, podemos ganhar dinheiro e comprar comida e até roupas diferentes para o nosso char.

Para não nos perdemos na cidade, podemos usar um App no celular para nos guiar, modificar os comandos de luta de clássico (o modo convencional de se jogar Street Fighter, fazendo comandos no D-pad e apertando os botões correspondentes as três variações de socos e chutes), para o modo moderno (aonde podemos apertar um botão para executar um golpe especial), dentre outras coisas que podemos fazer.

A história do modo World Tour é interessante, mas é bem inferior se comparada com o robusto modo história de Mortal Kombat 11. A impressão que tenho é que os japoneses não conseguem fazer um modo história tão bom quanto os MK’ recentes e podemos ver isso não só em Street Fighter 6, mas The King of Fighter XV, Tekken 7 e Dead dor Alive 6 são os típicos games com histórias bobinhas e até surreal.

Saiba que não ficaremos refém de apenas um mestre que nos ensinará seus melhores golpes e podemos sair por Metro City fazendo missões e conhecendo outros lutadores, como Chun-Li, Ken e vários outros que poderão se tornarem nossos mestres e ensinar seus golpes.

Conforme vamos avançando na história, novas missões e side-quest’s serão liberadas. Elas basicamente servem para que possamos ganhar mais XP e melhorar nosso personagem, além de podermos viajar para outras localidades fora de Metro City, porém fique sabendo que essas outras localidades não passam de um cenário que já existe no modo arcade. Para explicar melhor, em Metro City podemos andar para vários locais diferentes, conversar e lutar com várias pessoas. Já quando vamos para outro local pelo World Map, podemos escolher por exemplo vir para o Brasil, mas isso se resume apenas ao estágio do Blanka, aonde podemos falar com ele e enfrentar alguns adversários, sem poder explorar outros locais do Brasil.

Mas posso dizer que nem tudo são flores e o modo World Tour não está isento deles. Eu percebi que depois de um certo tempo, por volta de umas 6/7 horas jogando o modo World Tour o modo começa a ficar repetitivo, com missões se repetindo e algumas nos obrigando a fazer Grinding para poder avançar na história. Teve momentos que me senti jogando Shenmue 3 por estar tão maçante e cansativo. A Capcom está no caminho certo, não está copiando o modo história de MK como ela fez em Street Fighter V e conseguiu criar um modo com a cara dela e contar uma história do seu jeito, mas ainda precisa melhorar em alguns pontos, principalmente na repetitividade e alguns eventos chatinhos.

Minha dica é: Jogue o World Tour aos poucos, não vá ficar 4 horas seguidas jogando esse modo pois vai enjoar fácil. Se você jogar aos poucos ou mesmo, ir para outros modos (como o modo online) e depois voltar para o World Tour, ele não vai te enjoar com facilidade.

Hora de conhecer o Fighting Ground

O modo Fighting Ground é aonde podemos jogar o modo arcade, o modo treino, o modo versus. Temos o Story de cada personagem, assim como era nos jogos antigos, e podemos ver em formato storyboard o prólogo e o final de cada lutador.

Aqui não temos muito o que dizer, é só enfrentar os oponentes em sequencia e assistir o desfecho do personagem.

Não posso esquecer de dizer que também temos a possibilidade de criar certos torneios com até 5 lutadores e podemos editar as regras na qual as lutam acontecem. Também temos o modo Xtreme em que devemos lutar sob certas circunstâncias, como rebater uma bomba que é colocada no cenário, ou lutar contra seu adversário enquanto touros ficam passando pela tela dando chifrada pra todos os lados! É muito divertido!

Battle Hub é o modo online mais robusto dos games de luta!

Se tem algo que a Capcom acertou a mão foi no modo Battle Hub. Esse modo pode ser chamado de “Central da porrada”, tamanha a quantidade de coisas que podemos fazer.

O Battle Hub é um espaço em que podemos andar livremente com o nosso personagem, socializar com outros chars de outras pessoas, sentar em uma máquina arcade e tirar um “contra” amistoso com outra pessoa, ou entrar em partidas ranqueadas com várias outras pessoas em volta assistindo a partida. A sensação é praticamente a mesma de quando isso ocorria nas casas de arcades, fliperamas e botecos por aí a fora.

E não é só isso, existe um local dentro do Battle Hub em que podemos sentar em uma máquina e jogar o primeiro Final Fight ou Street Fighter 2 em suas versões originais de arcade. Dá pra jogar tanto solo quanto coop ou versos no caso de Street Fighter II. 

E sabe o que é mais legal disso? É poder jogar online contra qualquer pessoa que tenha um console Playstation, Xbox ou PC graças ao Crossplay. Com uma boa conexão de internet, você sentirá que o seu amigo (ou um aleatório) que tenha um console “rival” do seu, esteja do seu lado jogando contigo. Esse negócio de Crossplay é o maior barato e ajuda muito na hora de buscar partidas online com maior rapidez.

Ok! Como ficou o resto de Street Fighter 6?

O que eu posso dizer é que o restante do game ficou espetacular e muito acima do que foi visto em Street Fighter V. A Capcom corrigiu todos os problemas que vimos no game anterior e trouxe uma leveza sem igual para o gameplay. Antes de mais nada a Capcom tirou aquelas bobeiras de “V Trigger” e suas variantes. Agora temos um comando parecido com o Focus de Street Fighter IV em que podemos desferir um golpe super forte no adversário e deixa-lo vulnerável por alguns estantes. Também podemos dar dois toques no D-pad na direção do adversário e fazer o nosso lutador dar um dash pra frente e iniciar um combo.

Mas esses dois comandos novos também podem trazer a derrota se não forem usados de forma pensada e ponderada. Abaixo da nossa barra de HP temos uma outra barra com alguns seguimentos. Essa barra se gasta toda vez que usamos um desses golpes que listei acima. Quando ela se esvazia, entramos em modo “Burnout” em que nosso personagem fica meio esbranquiçado e muito vulnerável. Se tomarmos um golpe muito forte enquanto estamos nesse estado, corremos o grande risco de ficarmos tonto (stun) e propicio a tomar um combo que poderá nos levar a derrota.

Como falado antes, temos também a escolha dos controles clássicos e modernos. No clássico fazemos os comandos da forma convencional, como nos games anteriores, e no modo modernos os comandos ficam simplificados, tal como colocar para frente e apertar um botão para o Ryu soltar um Hadouken e etc. Isso serve para trazer novos jogadores a experimentarem o game sem precisarem se preocupar com termos como Hit box, ouver head, frame data que são comuns para os mais veteranos em games desse estilo.

Esse modo também serve para encorajar um novo player a tentar partir, com o tempo, para o modo de controle clássico e se aprofundar mais em um ou mais personagens e conseguir fazer combos mirabolantes.

Lindo de se ver e excelente de se ouvir

Street Fighter 6 veio com um estilo tão diferente do convencional da franquia e com um estilo musical nunca antes visto na série. Posso dizer com propriedade que Street 6 é o game da franquia que mais passa a ideia de lutadores de rua. O seu jeitão todo submundo, tocando um rap de fundo, com uma galera gritando e vibrando… realmente é um estilo audacioso da Capcom que casa de forma perfeita com o game.

O grande Ryu agora está de estilo novo, com barba e estilo de mestre ao invés do jeito que ele tinha antes de um mendigo que só sabe sair por aí lutando. Chun-Li perdeu a carinha de menininha e agora também se parece mais como uma mestra em artes chinesas e o que falar da Cammy que se parece e muito com sua versão do seriado animado Street Fighter Victory. Simplesmente animal.

A parte sonora como dita antes é muito boa, com músicas animadas e que combinam perfeitamente com cada ambiente. A atuação de voz japonesa também é digna de destaque, tendo as vozes já conhecidas do Ryu, Ken, Cammy, Guile e até mesmo os novatos possuem vozes que se encaixam perfeitamente com eles. O mesmo não pode ser dito das vozes em inglês que, me desculpe para quem curte, mas, são ruins demais e não chegam nem aos pés das vozes japonesas.

Agora se tem algo que eu acho completamente idiota e inútil é colocar os “famosos” comentaristas dos eventos da Capcom para ficarem narrando as partidas na qual jogamos. Não é obrigatório e isso pode ser ligado/desligado nas opções, mas pelo amor de Deus, quem foi que teve essa ideia de bobo de colocar um povo narrando de forma chata e, no caso dos narradores japoneses, irritante por gritarem o tempo todo!

A polémica da versão do Xbox Series S

E a novela sobre o Xbox Serie S ser um console ultrapassado volta à tona graças ao péssimo trabalho da Capcom em otimizar o jogo para o console da Microsoft. Street Fighter 6 roda de forma linda no Playstation 5, Xbox Series X e no PC, e roda de forma descente e previsível no Playstation 4, agora no XBX Series S ele roda de forma ridícula!

A tela de seleção de personagens é toda embaçada e sem total trabalho de detalhes. Já nas lutas, o game se mostra com perdas gráficas nos cenários, perdas de objetos ao fundo e até o cúmulo de efeitos nas barbas, cabelos e roupas ficarem com aspectos esquisitos. Isso tudo só piora no modo World Tour em que pessoas somem e aparecem do nada na nossa frente, quedas de frame rate e NPCs com baixa resolução. A impressão é que pegaram a versão do PS4 e simplesmente portaram para o XBX Serie S e não usaram nem 10% das capacidades do aparelho. Uma bola fora enorme da Capcom.

É engraçado ver que a equipe responsável pelo Monter Hunter Rise, que foi portado para PS4/PS5/Xone/Xserie S/X fez um trabalho primoroso. Temos várias opções em que podemos desligar ou ligar efeitos, melhorar o frame do game, ou melhorar seus gráficos…

Já a equipe por trás de Residen Evil 4 Remake, conseguiu trazer para todos os consoles um game lindo e fluido, até mesmo para a versão de PS4 e aí vemos a equipe responsável por Street Fighter 6 fazer um trabalho tão fraco na sua versão de Xseries S. Lamentável.

Street Fighter 6 – Vale a Pena?

É de longe, o game de luta mais completo no mercado atualmente. Possui uma seleção agradável de personagens, cenários lindíssimos, além de uma jogabilidade revigorada e acessível para os novatos e para os mais velhos em Street Fighter.

O modo World Tour é a novidade que Street Fighter precisava, trazendo uma história legal, várias possibilidades para melhorar o nosso personagem, tanto fisicamente quanto esteticamente. É aqui que você gastará muitas horas querendo fazer as missões e procurando por novos mestres que lhe possam lhe ensinar algum golpe novo.

E por fim, Street Fighter 6 roda super bem no PS5, Xbox Series S e PC (tirando a versão do Series S). É muito bom poder jogar o modo arcade ou o modo online com a opção de “modo qualidade” ativada. Isso deixa o game muito, mas muito bonito! Só aconselho a mudar para o modo performance quando for jogar o World Tour, pois o modo qualidade não fica muito legal aqui, além de terem problemas de frame. Já com o modo performance ativado, o World Tour fica bem mais fluido.

Street Fighter 6 vale muito à pena ser jogado, até mesmo a versão do PS4 que é muito boa, diga-se de passagem. Sem dúvidas, Street Fighter 6 é um game que será copiado à exaustão pelos próximos anos.

Excelente

Gráficos - 10
Jogabilidade - 10
Diversão - 10
Som - 10
Dificuldade - 8.5
Fator Replay - 10

9.8

Street Fighter 6 é a inovação para os games de luta. Com o modo World Tour, podemos explorar toda Metro City e encontrar muitas lutas e novos mestres. O modo online é muito bem feito e divertido, podemos passar horas apenas lutando contra outras pessoas mundo à fora. Novos esquemas de jogabilidade fazem de Street Fighter 6 o game mais completo da atualidade!

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Ricardo Dias

Apenas um gamer veterano que só quer saber de jogar qualquer game em qualquer console, pois vídeo game é tudo de bom!

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