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REVIEW | Kena: Bridge of Spirits – Uma aventura cheia de emoção

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Vamos falar de um dos games mais aguradados desse último semestre. Kena: Bridge of Spirits, titulo india da Ember Labs ganhou um hype enorme, cativando os jogador3s com seus trailers cheios de ação, aventura e beleza. Abaixo vamos conferir todos os detalhes do game, suas qualidades e defeitos, e principalmente se o jogo vale todo o hype criado.

Segura nossa review.

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  • Jogo: Kena: Bridge of Spirits
  • Desenvolvedora: Ember Lab
  • Publisher: Ember Lab, Ember Lab LLC
  • Lançamento: 21/09/2021
  • Número de Jogadores: Single Player
  • Gênero: Ação / Aventura
  • Plataformas: PlayStation 4, PlayStation 5, Microsoft Windows

Uma historia que tenta emocionar

Para começar a falar de Kena: Bridge of Spirits vamos inicar com a historia do jogo, que devemos ressaltar, não tem nada de muito especial. O enrredo tenta emocionar o jogador a todo momento, fazendo uso de acontecimentos que tentam fazer o jogador se envolver com a busca de Kena.

O jogo coloca você no controle da protagonista Kena, uma jovem guia de espíritos que segue os passos de seu pai na tarefa de apaziguar almas errantes que têm dificuldades em fazer a travessia para o outro mundo.

Todo o game se passa em um local fictício que não é o local de origem de Kena. A vila principal, que atua como o mundo central do jogo, é abandonada no início do jogo, tendo sido atingida por uma tragédia centenas de anos antes. Ao longo do jogo, Kena restaura a área a um estado melhorado. Na tradição do jogo, pessoas falecidas podem permanecer entre os mundos físico e espiritual se estiverem traumatizadas ou se sentirem inacabadas.

Como um guia espiritual, Kena tenta entender suas dificuldades e ajudá-los a seguir em frente. Kena tem uma cicatriz da mão ao ombro, que representa uma experiência traumática com seu pai que será explorada no jogo. Outros personagens incluem Saiya e Beni, duas crianças cujo irmão adolescente, Taro, é um espírito inquieto que Kena ajuda. 

Prazer, Ember Labs

Acredito que dificilmente você tenha ouvido falar da desenvolvedora Ember Labs antes de Kena aparecer na mídia. A desenvolvedora independente conta com 15 colaboradores e tem sede na cidade de Los Angeles. A desenvolvedora foi fundada em 2009 pelos irmãos Mike e Josh Grier, os primeiros trabalhos envolvem comerciais de animação e aplicativos de jogos, e em 2016 lançou um curta viral baseado em The Legend of Zelda: Majora’s Mask intitulado Terrible Fate.

Ademais, a equipe de desenvolvimento sentiu que criar jogos para video game era a evolução natural. Junto com uma pequena equipe, Mike usou sua experiência com programação para criar um protótipo ao longo de vários anos, antes de empregar uma equipe com experiência em desenvolvimento mais extensa. Com a conclusão do protótipo, a equipe começou a vender para potenciais parceiros de publicação com a ajuda da veterana da indústria Tina Kowalewskies descobriram que vários editores estavam familiarizados com seu trabalho em Terrible Fate.

Cerca de oito meses após sua primeira rodada de apresentação, Ember Lab assinou um contrato exclusivo de console com a Sony Interactive Entertainment. Vale ressaltar que apesar do contrato citar “Exclusividade”, Kena: Bridge of Spirits também esta disponível para PC.

Kena foi anunciado em 11 de junho de 2020, no PlayStation ‘s Future of Gaming. O game seria exclusivo para PlayStation 4, com lançamento no Windows através da Epic Games Store. Os jogadores que comprarem a versão do PlayStation 4 poderão fazer o upgrade gratuitamente para a versão do PlayStation 5. Em setembro de 2020, o Ember Lab atrasou o jogo para o primeiro trimestre de 2021, citando atrasos no desenvolvimento como resultado do trabalho em casa durante a pandemia COVID-19, algo que aconteceu com diversos lançamentos na ocasão.

Em um trailer da Sony na Consumer Electronics Show em janeiro de 2021, a janela de lançamento do jogo foi anotada em letras pequenas como março de 2021; Posteriormente, a Sony removeu as letras miúdas do trailer. Durante a apresentação State of Play da Sony em fevereiro de 2021, a data de lançamento de 24 de agosto foi definida junto com o lançamento de um novo trailer, que volta a empolgar os espectadores.

Já em julho de 2021, o Ember Lab atrasou o jogo novamente para 21 de setembro, citando a necessidade de mais tempo para garantir que o jogo fosse polido em todas as plataformas. Em outubro de 2020, o ex-designer Brandon Popovich afirmou que a desenvolvedora não o compensou totalmente por seu trabalho no jogo e não cumpriu as promessas feitas em relação à equidade de uma promoção; uma fonte anônima fez reivindicações semelhantes, acusando a empresa de horas extras não pagas e promessas não cumpridas de um cargo de tempo integral.

Na ocasão o Ember Lab respondeu, alegando que tinha registros de todas as faturas sendo pagas e negando qualquer promessa de equidade ou promoções.

Por fim, Kena: Bridge of Spirits foi apresentado no Tribeca Film Festival de 2021 , permitindo que os participantes virtuais assistissem a uma demonstração de uma hora, o jogo também concorreu ao Prêmio Tribeca Games inaugural. O Tribeca Game Spotlight incluiu um novo trailer do jogo, apresentando uma nova jogabilidade.

A recepção à demo do jogo foi positiva; os críticos o compararam a Pikmin, The Legend of Zelda, e as animações da Pixar, por exemplo. Lauren Morton da PC Gamer descreveu o jogo como: “uma aventura de ação compacta e confiante em um mundo que pertence a uma tela de teatro”

Um indie com cara de AAA

Por mais que o game chame a atenção, ou tenha conseguido superar algumas expectativas, Kena: Bridge of Spirits é um game indie, e em nenhum momento deve ser lavado, ou comparado a titulos AAA, por exemplo. A maior virtude do game, é conseguir chamar a atenção por sua beleza gráfica.

Não é que o game seja um primor gráfico, mas os desenvolvedores conseguiram colocar dentro do orçamento do game, uma beleza que não se vê em todos os jogos. A composição dos personagens, junto com o apelo caristmatico, conseguem trazer a kena, uma beleza impar.

Para um titulo de estreia da Ember Labs, o jogo cumpre com suas metas. Entretanto, nem de longe o game é perfeito, como vamos apontar um pouco mais a frente. O jogo abusa das cores e elementos brilhantes, o que acaba por enganar um pouco os defeitos do game. Quando começamos a perceber algum defeito do jogo, algo acontece, e acabamos por não perceber os defeitos.

Podemos encarar : Bridge of Spirits como um cartão de visitas da Ember Labs. Imagine a Sony olhando o trabalho da desenvolvedora no jogo, com um pouco mais de recursos e ferramentas com certeza a Ember Labs pode dar bons frutos (jogos). E isso também esta sendo visto por outras empresas do ramo, e como o lado verde esta sempre em busca de novos desenvolvedoras, a Ember Labs entra em foco com Kena: Bridge of Spirits.

A recepção do jogo foi muito boa, e com certeza a desenvolvedora tem talento para desenvolver um titulo com maior potencial. Ademais, acredito que seja isso que a empresa esteja esperando fazer, já que a lição de casa esta feita e entregue, mesmo que não seja uma nota AAA, o aluno tem potencial a ser explorado!

Gráficos e Gameplay

Graficamente falando, Kena: Bridge of Spirits é um game que consegue disfarçar bem seus defeitos. Como dissemos anteriormente, as cores do game acabam por amenizar seus defeitos. Além disso seus personages infantilizados, acabam por criar uma empatia, principalmente por serem muito bem feitos.

Como dissemos anteriormente, durante a divulgação do game, as comparações com animações da Pixar e Dreamworks foram corriqueiras, e isso não aconteceu por falta de argumentos. Quando você passa a jogar, em muitos momentos você vai se sentir dentro de um filme de uma dessas produtoras, e essa sensação é muito legal.

Vale ressaltar que essa semelhança com a animação, trás uma consequência imediata em Kena: Bridge of Spirits, O jogo foi feito para um publico mais infantil, o jogo é um game infantil. Não que isso seja ruim, mas acaba passando uma idea de que o jogo poderia ser um pouco mais profundo, mas como dissemos anteriormente, encare Kena: Bridge of Spirits como um cartão de visitas, da Ember labs.

O game tem bastante detalhes em seus gráficos, mas é ai que começam os defeitos que definem Kena como um titulo tipicamente indie. Apesar de termos ambientes muito detalhados, tudo é estático, e apesar de haver vida nas cores, não existe vida se movendo nas coisas.

Uma floresta densa e detalhada, cheia de cores, entretanto não há pássaros, borboletas etc. Em muitos momentos você se pergunta se não está diante de uma foto, mas ai, dentro de um scenario tão vasto, você percebe um riacho, ou uma lagoa se movendo, e nada mais.

Outro fator que pesa nos gráficos do game, são as localidades repetidas. Por mais que você avance no game e vá para outros locais, as florestas persistem, de maneira quase que fotogênica. Você entra em uma floresta, passa um bom tempo nela, escala uma montanha ou passa por uma caverna, e sai em uma floresta. Isso poderia até persistir, mas deveria haver alguma variação dentro desta proposta, entretanto não há.

Ademais, as poucas localidades que não se passam em uma floresta, também sofrem de pouca vida no ambiente. Quando você esta em um ambiente de neve por exemplo, vai perceber que nem vento há, e quando esse vento existe, ele não trás consigo flocos de neve, ou algo do tipo.

Como era de se esperar, o game tem uma jogabilidade bem suave, e uma curva de aprendizado quase que intuítiva. Nossa guia espiritual não tem um leque muito vasto de ações, ou combos mais longos durante as batalhas. Tudo se resume a atirar, esquivai e ativar as coisas. Iniciamos com ataques corpo a corpo / pesados ​​básicos e alguma assistência mínima dos Rot, espíritos da floresta dispersos que são impreterivelmente úteis.

Durante as batalhas nossos amigos podem nos ajudar, deixando os inimigos atordoados, nos deixando um tempo para lutar ou se recuperar. Além disso, os Rot, são encarregados de abrir os locais para progredirmos, além de serem a única forma de recuperarmos HP durante as batalhas.

Saindo do âmbito de combate, a utilidade deles é principalmente mover objetos pesados, puxar alavancas e geralmente seguir nossa protagonista a todo momento. Você também pode fazer uso de um escudo, ele se degrada conforme você se defende, particularmente eu o usei muito pouco, pois a esquiva é suficiente para você dar conta de quase todos os inimigos do game.

Avançando na historia você vai ganhar mais alguns itens para usar nas batalhas, e consequentemente ir adiante no game. Arco e Flecha, Bombas e um avanço rápido serão suas armas, e fazem o jogo ficar mais divertido. Você vai poder melhorar cada um desses atributos através do sistema de evolução.

Esse sistema também é bem simples, e você pode melhorar suas armas e ações conforma vai ganhando pontos ao abater determinados inimigos. Vale ressaltar, que para alguns inimigos, ter algumas melhorias é providencial.

Para quem gosta de tirar o máximo de proveito do jogo, Kena: Bridge of Spirits pode ficar devendo, pois o jogo não oferece muitos desafios. Se você esta pretendendo platinar o jogo, você vai poder fazer em duas jogadas, pois o modo mais difícil do game não esta aberto desde o inicio. O maior desafio em se fazer 100% do game são os coletáveis, e eles são consideráveis, entretanto chatos.

O fator replay do jogo não é um ponto forte, pois se você não liga para fazer 100% no game, sobra apenas os coletáveis, mas eles não são divertidos, portanto esse é um outro ponto negativo do game, pois para um valor elevado, principalmente para usuários de PlayStation, para jogar um game de cerca de 10 horas apenas uma vez, é complicado.

A gora vamos falar de um dos itens que mais me incomodou no jogo, pois deveria ser algo que nos ajudaria, o sistema de travamento de câmera. Durante a batalha contra algum boss, você vai travar a câmera para manter seu inimigo no foco, porém em Kena: Bridge of Spirits isso não funciona da maneira pratica.

Você trava a câmera no seu inimigo, mas ela não perdura, e quando você menos espera esta de costas para seu inimigo, e por mais que você insista, a câmera não ajuda, e em muitos momentos ela acaba sendo o fator mais perigoso nas batalhas. Pessoalmente não consegui identificar um motivo aparente para esse problema, principalmente quando você nota que nem há tantos inimigos assim na tela.

Ademais, para mim esse último ponto foi o fator mais frustrante em Kena: Bridge of Spirits, principalmente por que ele influência diretamente na gameplay e na diversão do jogo, não compromete, mas acaba sendo um fator negativo.

Assista abaixo nossa gameplay completa de Kena: Bridge of Spirits, jogamos no PlayStation 5, fazendo uso de todos os recursos disponíveis. Além disso terminamos o jogo na dificuldade Normal. Não deixe de se inscrever e verificar todas nossas gameplays:

Kena: Bridge of Spirits – Vale a Pena?

Definitivamente sim, o jogo vale a pena, apesar de alguns defeitos e do hype demasiado que o game desenvolveu nos jogadores, Kena: Bridge of Spirits´é um dos melhores lançamentos do gênero em 2021, junto com Psychonauts 2. O jogo, como dissemos acima, esta longe de ser perfeito, como também esta longe de ser ruim.

O jogo poderia tem uma abordagem um pouco mais profunda de sua historia, se afastando um pouco desse lado infantilizado. Não que isso seja ruim, mas em alguns momentos o jogo fica infantilizado demais, principalmente quando é abordado alguns temas mas profundos, mesmo que eles sejam poucos.

Faltou algum esmero no sistema de batalhas e evolução da protagonista, mas isso com certeza se deu devido a alguns fatores relacionados ao custo do game, já que não podemos esquecer de que se trata de um titulo indie, e de uma desenvolvedora quase que estreante.

A Ember Labs fez um ótimo trabalho no jogo, conseguindo agradar em quase tudo, deixando as portas abertas para futuras produções, que com certeza serão maiores. Se puder jogar Kena: Bridge of Spirits, faça desprovidode grandes ambições, e você vai ter uma experiência agradável, muito provavelmente,

Marcelo Souza

Apaixonado por jogos e consoles desde 1990. Quando não esta escrevendo em algum site de games, esta jogando ou ensinando o Felipe a jogar.

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