Influenciado desde sempre por jogos de terror, não pude deixar de criar expectativa desde o anúncio de Cronos: The New Dawn, novo jogo de terror e sobrevivência da Bloober Team. Após passar horas jogando e criando o melhor detonado/guia de conquistas do jogo, chegou a hora de transmitir minhas impressões do jogo, confira!
Terror e mistério no leste europeu
Como um dos gêneros mais prolíferos no mundos dos games e cinema, uma história original sem esbarrar em algo que já tenhamos visto no passado, é uma tarefa ingrata e que exige uma criatividade quase que sobre-humana. Diante disso, a história que molda o universo de Cronos: The New Dawn tem momentos inspiradores e momentos que nos levam a um déjà vu.
Você estará em algum momento dos anos 1980 na Polônia, especificamente na Cracóvia. O mundo como conhecemos não existe mais, pois um evento chamado de A Mudança, deixou tudo em um cenário pós-apocalíptico. Você joga com a protagonista chamada de simplesmente, a Viajante, uma agente de uma misteriosa organização chamada O Coletivo. Seu objetivo principal é mergulhar do futuro para o passado visando resgatar certas pessoas antes que A Mudança aconteça.
Logo que você recebe as primeiras instruções, sendo lançado nesse terreno inóspito, saberá que seu objetivo central é evitar que A Mudança aconteça no futuro ou amenizar seus efeitos resgatando pessoas do passado para preservar algum futuro. Nesse ponto, entra a temática voltada para a ficção científica, nos remetendo a alguns jogos, mas principalmente alguns filmes marcantes que tiveram essa narrativa como plano central. Em nome do Coletivo, você viajará para o passado, recrutando pessoas importantes, visando preservar o futuro (presente no jogo)
É impressionante como a região do leste europeu favorece esse tipo de narrativa, seja pela evidência do cenário mais rústico que está no imaginário das pessoas ou pela resiliência daquele povo, que também faz parte não do imaginário, mas dos fatos históricos que assolaram aquela região. Diante de tudo isso, a narrativa por trás de Cronos: The New Dawn funciona muito bem, mas não só por isso, pois o jogo é muito mais profundo.

Enquanto você continua com a narrativa inicial do jogo na mente, ao começar a explorar e recolher arquivos que explicam melhor os acontecimentos, você se deparará com pessoas amedrontadas, uma rede de intrigas e até mesmo algumas passagens filosóficas. Nesse ponto, a narrativa se desenrola de maneira desproporcional, pois enquanto você está em uma sala recheada de arquivos, diários de viajantes e até mesmo referências visuais, logo em seguida, passará por algum tempo somente recolhendo suprimentos e enfrentando alguns inimigos.
Talvez, essa seja a proposta da direção do jogo, mas a sensação que tive foi de lapsos muito grandes entre eventos interessantes, e outros em que eu sequer lembrava porque eu estava fazendo o que estava fazendo. Note que esses lapsos não são somente sobre a narrativa, mas também sobre a cadência de encontros com inimigos, mas veremos esse segundo tópico mais abaixo.
A beleza brutal da União Soviética pós-apocalíptica
Se jogos como Metro: Last Light retrataram uma União Soviética destruída por ventos nucleares, Cronos: The New Dawn colocam essa mesma região em eventos voltados para o terror e a desolação de um mundo pós-apocalíptico, e tudo funciona muito bem. O jogo aproveita muito bem o fato de estar em situado em 1980, aproveitando de construções típicas do leste europeu da época, bem como os destroços do que sobrou após os eventos.
Com uma boa direção de arte, o jogo aproveita bem as possibilidades de poder viajar no tempo, usando as diferenças de época para criar cenários que passam sensações diferentes. Entretanto, mesmo viajando para um passado com cidades bem construídas, e com a sensação de modernidade dos anos 80, o peso da ambientação é a praticamente a mesma de estar nos escombros dessa mesma cidade no presente. Essa sensação é inerente a região do leste europeu, pois mesmo atualmente, determinadas cidades carregam um peso histórico.
Cronos: The New Dawn está rodando na pesadíssima Unreal Engine 5, e sim, eu sei que muitos de vocês não gostam do mais novo e aclamado motor gráfico da Epic. Ainda que seja um divisor de tecnologia, deixando muitas máquinas sem poder rodar seus jogos, Cronos: The New Dawn está muito bem otimizado, e oferece configurações para que mesmo máquinas menos robustas consigam desfrutar do jogo, ainda que nas configurações mínimas.
A ambientação externa é extremamente rica, mostrando um vislumbre do que era a cidade antes dos eventos, nos remetendo a construções arquitetônicas pesadas e típicas da era de ouro do comunismo soviético. Diferente de outros jogos do gênero, você não terá a sensação de ameaça constante, a direção de arte privilegiou a solidão e o clima de desolação causado pela devastação. Você passará por longos períodos sem encontrar inimigos, principalmente nas primeiras horas de jogo.

Ao entrar em construções, a sensação muda completamente, pois se você estava se sentindo livre, podendo olhar a vastidão da cidade desolada, ao entrar em prédios e fábricas, você estará em ambientes pequenos e claustrofóbicos, muitas das vezes. Os apartamentos passam a sensação exata de como é viver em pequenos metros quadrados, divididos por várias portas e agora, escombros. A ambientação foi bem pensada, e o jogador alternará entre ambientes externos e internos suavemente. A maioria dos ambientes são ricamente internos mobilhados e bagunçados, transmitindo a sensação de que todos saíram correndo, deixando tudo para trás.
Nesse ponto, Cronos: The New Dawn se parece muito com The Medium, pois tanto a ambientação dos cenários como a paleta de cores usadas, nos remete ao primeiro jogo. Claro que essa sensação está ligada as inspirações da desenvolvedora. Isso não é ruim, mas se você passou algumas horas em The Medium, terá a sensação de já ter visto algumas coisas de Cronos: The New Dawn em algum lugar.
Em termos sonoros, o jogo oferece uma experiência de qualidade, mas para ter a real dimensão da qualidade, você deve usar boas caixas de som ou um H7 com uma boa qualidade. Muitos dos efeitos estão em camadas, e somente com um equipamento com alguma qualidade, você perceberá esses detalhes. Um bom exemplo disso, são ruídos sonoros de inimigos que estão em outras partes do ambiente ou barulhos como os feitos pelo vento ou anomalias.
Esses efeitos podem ter várias camadas de profundidade, em alto-falantes com sistemas menos apurados, você só perceberá esses ruídos na última camada, por exemplo, quando você já estiver bem próximo do inimigo. Além disso, a música acompanha os momentos de tensão, colocando o jogador diretamente nos acontecimentos, vale a pena investir para ter uma fidelidade sonora mais apurada.

Uma Jogabilidade sólida, mas sem empolgação
Escolhendo trilhar um terreno seguro, a jogabilidade de Cronos: The new Dawn oferece um sistema bem conhecido pelos jogadores, trazendo uma gameplay suave e divertida, mas sem nenhuma empolgação. Tudo no jogo é característico de outros jogos do gênero, desde o estilo de combate, alternando entre armas e disparos leves e pesados, bem como a construção de melhorias ao longo do jogo.
O combate físico, por exemplo, é muito parecido com o de Dead Space, combinando um soco ou um pisão, usado para atacar os inimigos, destruir objetos pelo cenário, como caixas e barricadas. A inovação fica por conta do uso do disparo pesado, crucial para os inimigos sofrerem um dano real, não bata somente atirar na cabeça dos inimigos, muitos possuem uma carapaça, e o ataque pesado é a única maneira de eliminar esses inimigos.
Os inimigos não seguem uma ordem lógica de surgimento, mostrando um certos desbalanceamento, acentuando a curva de dificuldade de maneira inesperada. Você encontrará uma parte do jogo onde terá de enfrentar diversos inimigos, e mais adiante, passará um bom tempo somente caminhando pela cidade. Enquanto o combate é agressivo, com os inimigos partindo para cima de você, ele não é cadenciado. Visando alternar o combate sem modificar muito os inimigos, esses podem se fundir a outros, criando uma criatura mais poderosa.
Esse é um bom subterfúgio para disfarçar a pouca variedade de inimigos, pois tirando determinados aspectos como tamanho e resistência, a maioria dos inimigos são basicamente os mesmos. Ademais, o combate muda muito pouco, ainda que você encontre variados inimigos, no máximo, você precisará usar alguma habilidade adquirida durante a exploração e avanço na história. A sensação de dificuldade está mais atrelada a recursos técnicos da gameplay do que aos inimigos propriamente dito.
Cronos: The New Dawn é um jogo que obriga o jogador a explorar, pois cada recurso coletado fará diferença conforme você avançar no jogo. O sistema de inventário e confecção de itens é sem qualquer inspiração e somente fornece um novo visual para velhas mecânicas. Você coletará itens comuns para confecção de munições e outros especiais para melhorar seu traje, armas e acessórios, na empolgante, mas perfeitamente tolerável a medida que a recompensa é grande.
Você terá de lidar com recursos escaços, e mesmo que você tenha uma loja a sua disposição, ela não é generosa com a quantidade do que você pode comprar. Além disso, o espaço no seu inventário é muito limitado, tanto para carregar recursos quanto para os itens criados de fato. Muitas vezes você terá de deixar coisas para trás ou se deparará sem munição. Eu mesmo me peguei várias vezes nessa situação, e olha que sou um jogador extremamente econômico no que se diz respeito a munição.

Você coletará itens para vender e conseguir melhorias, mas as mais importantes estão relacionadas a núcleos, objetos obrigatórios para conseguir fazer essas melhorias, e esses itens são limitadíssimos. Você terá de gerenciar essa falta de espaço durante toda sua jornada. O jogo oferece algum backlog, tanto para coleta de itens regulares quanto para locais especiais onde você coletará alguns itens importantes para sua jornada, mas ainda, sim, você pode se deparar com a irritante falta de espaço no seu inventário.
Democratizando a brutalidade
Fazer uso correto das farramentas da Unreal Engine 5 fez toda a diferença e possibilitou que Cronos: The New Dawn seja um game democratico, conseguindo um ótimo desempenho em aparelhos como o Nintendo Switch 2 e Steam Deck. A Bloober Team usou intencionalmente recursos da UE5 (Lumen, Nanite, World Partition, Niagara) e pipelines otimizadas para manter a atmosfera visual mesmo em um hardware limitado.
Isso, junto ao suporte a tecnologias de upscaling (DLSS / FSR / XeSS) e ao trabalho de streaming de níveis, torna o jogo surpreendentemente jogável em dispositivos portáteis poderosos/modernos como Steam Deck e Switch 2. O estúdio confirmou uso da iluminação dinâmica em parceria com o Nanite (geometria virtualizada), Niagara (VFX) e World Partition (streaming de mundo) permitiram manter uma aparência de alta fidelidade ao mesmo tempo que dão meios práticos para ‘escalar para baixo’ a qualidade em dispositivos com menos poder. Em especial, World Partition reduz hitches de streaming — muito útil em dispositivos com memória/IO limitados, por exemplo.
Claro que estamos falando em rodar o jogo nas configurações minímas, que foi o nosso caso no Steam Deck. Mesmo com presets gráficos reduzidos, o uso de Lumen mantém iluminação dinâmica aceitavel — muito importante para horror, onde sombras e emissões criam imersão. Em consoles/portáteis, ajustes finos do Lumen entregam sensação próxima ao jogo de mesa sem exigir raytracing pesado, recurso que consome muito desses aparelhos.



O jogador, com uma configuração de 30/45 FPS travados, terá uma experiência completa e sem travamentos ou bugs. Além disso, a possibilidade de usar complementos como o Lossless tornal a gameplay no PC portátil da Valve ainda mais fluída. Além disso, o jogo já é classificado como compatível com o SteamOS, com pressets pré-definidos que facilitam ainda mais a vida do jogador. As coisas não mudam muito no Nintendo Switch 2, ainda que o console seja uma plataforma fechada para complementos que ajudem na execução do jogo. O ideal é manter os 30FPS travados para conseguir uma resolução pouco mais nitida que a do Steam Deck.
Em ambos aparelhos, jogando no modo portátil, (sem dock), a bateria deve durar cerca de 2–3 horas de bateria, dependendo das condições de uso, o que é muito relevante para um jogo tão exigente.
Cronos: The New Dawn — Vale a Pena?
Com a expectativa correta, Cronos: The new Dawn certamente impressionará e arancará horas preciosas de diversão da maioria dos jogadoes. O jogo é o passo mais sólido na Bloober Team na construção de uma identidade através de uma IP original. Não espere pelo nível de polimento de jogos consagrados, principalmente dos remakes que chegaram nos últimos anos, Cronos tenta criar uma nova experiência, e esse amadurecimento vem com o tempo.
A história, apesar de lenta, consegue manter o jogador interessado, bem como a jogabilidade, que é comum, mas funciona extremamente bem. Cronos: The New Dawn é um jogo cheio de boas idéias, mas muitas delas, aplicadas de forma modesta, como se houvesse medo de dar um passo em direção a inovação, diante de tudo isso, nasce uma nova franquia de terror, e ela tem tudo para ser promissora.
Um bom jogo de terror, com boas ideias mas tímido na execução. Cronos: The New dawn deve agradar a maioria dos jogadores por ser um jogo que explora o terreno sólido do gênero e se aventura timidamente nas no que trás de novo.
Pontos positivos.
- Ambientação detalhada
- Jogabilidade sólida
- Boa otmização da Unreal Engine 5
Pontos negativos.
- Combate repetitivo
- Lapsos na execução da narrativa
- Sensação de progressão lenta
Vai jogar Cronos: The New dawn, não deixe de conferir nosso detonado/guia de conquistas e aproveite o jogo ao máximo!
Olha, essa análise de *Cronos: The New Dawn* é tão detalhada que parece um relatório técnico, quase um diário de viajante sobre a própria análise! Meu Deus, lapsos desproporcionalmente grandes? Parece que o autor perdeu os arquivos explicativos sobre como funcionam os lapsos na narrativa! Eles falam de empolgação na jogabilidade, mas a única coisa que me empolgou foi a ideia de sair do inventário cheio de coletáveis. Mas eita, pelo menos a ambientação soviética apocalíptica funciona bem, e a otimização para o Steam Deck é um milagre, quase como encontrar munição rara lá fora! 😄remove watermark ai
É claro que a ambientação soviética pós-apocalíptica é bela brutalmente, mas e se eu só quiseria saber onde comprar mais munição antes de entrar naquela sala cheia de arquivos? A narrativa parece ter fios soltos, como se a história tivesse perdido seu diário de viagem. A jogabilidade é sólida, mas sem empolgação? Será que os inimigos estão protestando por mais variedade ou por um horário de trabalho mais justo? E a otimização na Unreal Engine 5? Ótimo para ver como a modernidade pode trazer um peso histórico para um inventário cheio de lixo, hein? Mas pelo menos a gente pode explorar essa solidão e desolação sem precisar se preocupar com o jogo travando, que é um ponto.laser marking machine
Ah, Cronos: The New Dawn, que jornada entre arquivos e suprimentos! A narrativa que desliza como um ônibus perdido na Sibéria pós-apocalíptica é… inesquecível, certamente. E a ambientação? Uma homenagem à solidão soviética que faz você questionar se está jogando ou assistindo a um documentário sobre a falta de internet. Mas eita, a Unreal Engine 5 é uma besta, não é? Ela permite que eu brinque no Switch 2, o que já é um milagre da tecnologia. O combate é divertido, mas a fome por itens é umas das maiores armadilhas já criadas – quase como um jogo de quebra-cabeça onde você precisa decidir entre a munição e um coletável que, na verdade, não faz diferença. Um passeio nostálgico e um pouco frustrante pela União Soviética, onde a melhor inovação é não travar no Steam Deck.act 2 runway
Este Cronos parece promissor, ambientado na União Soviética pós-apocalíptica, mas a narrativa tem um ritmo que me lembra tentar entender um manual de instrução russo sem o tradutor. A ambientação é bonita, mas a sensação de solidão e desolação se tornou um pouco como aquele silêncio incômodo em uma festa onde ninguém quer conversar. A jogabilidade é sólida, mas a falta de empolgação é como um pão de queijo sem manteiga – funcional, mas quem sabe? A otimização na Unreal Engine 5 é impressionante, permitindo que eu jogasse no Steam Deck sem precisar usar o Lossless, o que é um alívio. Mas, na verdade, a melhor parte do artigo foi quando ele comparou a ambientação a The Medium. Ah, então agora eu sei onde vi aquela ideia!Free compress images
Olha, essa análise de *Cronos: The New Dawn* é tão detalhada que parece um relatório de auditoria, não um texto divertido! Pra falar a verdade, a parte mais interessante é ver como a Unreal Engine 5, aquela batalha de tecnologia que divide o mundo, conseguiu fazer com que o jogo roda até em aparelhos como o Switch 2. Impressionante! Mas eita, essa ambientação soviética pós-apocalíptica me lembra que eu preciso revisar meu Russian history book. E se a jogabilidade for tão segura quanto a análise, talvez eu me divirta explorando sem saber exatamente o que fazer com tudo aquilo. Ah, e aquele inventário limitado? Perfeito pra eu me preocupar com munição de novo, como nos bons tempos!Free Nano Banana