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The Legend of Heroes: Trails to Azure | REVIEW

12 anos após o lançamento original no Japão, a parte final do arco de Crossbell da franquia The Legend of Heroes finalmente chega ao Ocidente. Trails to Azure é o fechamento mágico muito esperado por fãs para um grande arco da história. Com um elenco primoroso, uma grande história e um sistema de batalhas cativante, vamos conhecer um pouco mais sobre The Legend of Heroes: Trails to Azure.

  • Jogo: The Legend of Heroes: Trails to Azure
  • Desenvolvedora: Nihon Falcom
  • Publicadora: NIS America
  • Lançamento: 14 de março de 2023
  • Número de Jogadores: 1
  • Gênero: JRPG
  • Plataformas: PS4, Switch e PC
  • Site Oficial: Aqui

Do Zero ao Azure

Em Legend of Heroes: Trails to Azure, voltamos para os mistérios e conflitos políticos de Crossbell, cidade-estado de Zemuria. Continuação direta de Trails from Zero, Trails to Azure segue a história do protagonista Lloyd Bannings e os demais membros da Special Support Section, a polícia de elite de Crossbell.

A história é uma sequência direta, e não espere explicações muito prolongadas sobre os acontecimentos. Isso quer dizer que, se não jogou o jogo anterior, The Legend of Heroes: Trails From Zero, então pegará uma história no meio e não conseguirá entender quase nada do que está havendo. O jogo presume que o jogador veio diretamente do jogo anterior, e não dedica muito tempo tentando recapitular os acontecimentos anteriores. Há um Glossário interno dentro do jogo, que relembra acontecimentos importantes e cita detalhes sobre personagens, e pode ser útil caso queira tirar alguma dúvida, mas se pulou o jogo anterior, não irá adiantar muito para ficar a par dos acontecimentos.

Da mesma forma, vale mencionar que os acontecimentos de Trails to Azure irão impactar profundamente a história de Crossbell, e servirão de fundamento para a história de todos os arcos que virão a seguir na intrincada trama política de The Legend of Heroes. Isso torna esse jogo imperdível para aqueles que querem conhecer melhor a história da franquia. E se você veio direto do jogo anterior, Trails from Zero, saiba que poderá usar o seu save aqui, mantendo o nível dos personagens e ainda disponibilizando novas cenas inéditas de interação entre os personagens. Uma verdadeira sequência. Além disso, seu save pode ser usado no próximo jogo, Trails into Reverie, então não perca essa oportunidade!

Intrigas Políticas

Um mês após os acontecimentos do jogo anterior, mais uma vez os jovens membros da SSS precisam manter a paz em Crossbell. Tudo ia bem até ter início a West Zumeria Trade Conference, o que irá trazer novos rumos para a nação e gerar uma onda de acontecimentos que mudarão Crossbell para sempre.

Assim como no jogo anterior, a história avança ao longo de vários capítulos, mostrando o dia a dia de Lloyd e outros integrantes do SSS. Direta e indiretamente relacionados aos acontecimentos de Crossbell, o grupo precisa solucionar pequenos casos e mistérios, que aos poucos vão crescendo de magnitude até que eles terão de realmente “salvar o mundo”. O mundo de Zemuria é muito bem construído e repleto de detalhes que tornam cada loja, cada morador e cada acontecimento ainda mais impactante. Assim como no jogo anterior (e em toda a franquia Legend of Heroes, na verdade), a trama é excelentemente conduzida e serve como uma das principais atrações do jogo.

Sistema de Batalha

O sistema de batalha do jogo permanece o mesmo do jogo anterior, com poucas alterações. Se você jogou o jogo anterior, sabe o que esperar: batalhas por turno em um grid. Cada personagem pode usar ataques comuns ou uma grande variedade de ataques especiais. Alguns são únicos de cada personagem, outros são fornecidos por meio de Orbs, que precisam ser equipados no personagem. Cabe ao jogador montar a sua estratégia, equipando os orbes que ele quer em cada personagem que pretende utilizar. Conforme avançar no jogo, irá encontrar novos orbes mais poderosos, e também ter acesso a poderes ainda maiores, como os S-Crafts e Combo Crafts. Há algumas novidades, como o Burst Gauge, que ajuda a sua equipe em momentos difíceis, mas são poucas, mantendo o sistema, que já era excelente, praticamente intacto.

Os inimigos vagueiam pelo mapa e podem ser evitados, ou atacados por trás. São muitos os inimigos, mas não é difícil se esgueirar pelos mapas. Caso seja atacado por trás, desta vez terá de usar os membros da equipe que ficam na retaguarda, ou seja, fora do time principal, o que é uma novidade do Trails to Azure. Os mapas continuam extensos e cheios de locais para ir, e repletos de baús e tesouros escondidos pedindo para serem encontrados. Uma vez que tenha explorado cada área, poderá usar a viagem rápida para adiantar o serviço.

Vale mencionar que eu considero o sistema de batalha da série Legend of Heroes um dos melhores já feitos por qualquer RPG japonês. As batalhas são sempre estratégicas e interessantes, com muito potencial, que é explorado nos grandes desafios do jogo, com batalhas épicas. Eu não me enjoo desse sistema de batalhas escolhido, que inclusive permanece muito parecido até os jogos mais modernos e recentes da franquia.

Dificuldade Considerável

As batalhas seguem difíceis e muitas vezes dramáticas. Será preciso pensar de forma estratégica, analisando muito bem o oponente antes de desferir cada ataque, tentando identificar a sua fraqueza ou evitar seu próprio golpe. A maioria dos inimigos do jogo são simples de serem derrotados, e não exigirão trabalho, mas alguns chefes poderão oferecer um desafio enorme para quem não estiver preparado. Como em todos os jogos da série Legend of Heroes, preparação é tudo, assim como a devida customização.

Então, vale a pena não só treinar seus personagens aumentando o nível em batalha, mas também pensar em organizar seus orbes de maneira a deixar cada um com seus melhores ataques. Completar sidequests irá render itens únicos, e muitas vezes será o dinheiro necessário para conseguir atualizar o equipamento do seu pessoal. O dinheiro do jogo é meio escasso e pode ser difícil de conseguir em alguns momentos, o que dificulta a tarefa de manter nossos equipamentos sempre em dia (principalmente para todos os seis personagens do grupo). Sendo assim, acabamos preferindo uns mais do que os outros, e acabamos deixando equipamentos de lado para melhorar orbes, ou vice-versa. É realmente difícil manter todos no ápice de sua força, com as limitações impostas.

O jogo possui sistema de escolha de dificuldades, então não se preocupe em reduzir a dificuldade caso esteja com muita dificuldade em um chefão, ou aumentar caso esteja achando o jogo fácil demais. Deixe o jogo da maneira que mais lhe agradar, seja você um fã de customização e dificuldade ou não.

Visual Datado

Assim como o jogo anterior, Trails from Zero, o visual do jogo é datado por ser um remaster de um jogo de 2011. Poucas alterações foram feitas em seu visual, deixando o aspecto de jogo antigo presente em cada momento, em cada visual, em cada animação. As animações dos personagens são simples, e muitos cenários, quadradões. Isso estraga um pouco a magia que poderia ser passada ao jogador, mas a intenção era realmente passar a experiência original, sem updates visuais perceptíveis.

O jogo em si não é feio, com o estilo chibi dos personagens cumprindo bem seu papel. Mesmo quadrados, os cenários ainda são belos e variados, e transbordam personalidade. A música do jogo é muito boa, como sempre, com excelente composições e uma boa dublagem. Só existe dublagem em japonês, e as legendas do jogo não estão em português, então saiba que não entenderá nada se não souber inglês.

Mais do Mesmo?

The Legend of Heroes: Trails to Azure é uma carta de amor aos fãs da franquia. Não podemos esquecer que é um remaster, mas um remaster que nos relembra uma época muito boa dos RPGs japoneses. Toda a franquia The Legend of Heroes é uma obra-prima, com localidades e personagens primorosos e uma riquíssima atenção aos detalhes. Bate forte o sentimento de nostalgia em poder jogar jogos assim, principalmente quando se é um grande fã de RPGs japoneses. Poder jogar esses jogos antigos que até então estavam fora do alcance dos jogadores ocidentais (a menos que fosse por meio de uma tradução independente feita por fãs) é um privilégio que nós temos no dia de hoje.

Com poucas alterações em relação ao jogo anterior, algumas pessoas podem criticar a falta de elementos de inovação. Mas saiba que quase todos os elementos do jogo anterior foram lapidados e melhorados neste jogo, mesmo os que não estavam ruins. Trails to Azure é bem mais lapidado do que Trails from Zero, seja na jogabilidade, cenários ou na história. Não deixe que a aparência de “mais do mesmo” os impeça de jogarem um excelente game de RPG. Trails to Azure é rodeado de qualidades, e continua a excelente história do jogo anterior, seguindo como fundamento para toda a trama geral de Legend of Heroes, e precisa ser jogador por todos os fãs da franquia. É uma excelente continuação, que mantém todos os pontos positivos do jogo anterior, e isso é muito bom. Há uma grande história aqui, que merece muito ser jogada.

Trails to Azure – Vale a Pena?

The Legend of Heroes: Trails to Azure é uma carta de amor aos fãs da franquia. Toda a franquia The Legend of Heroes é uma obra-prima, com localidades e personagens primorosos e uma riquíssima atenção aos detalhes. Trails to Azure não é diferente, e se trata de um dos melhores da franquia. Recomendo totalmente a todos os fãs de RPGs japoneses, é um jogo indispensável para fãs do gênero.

The Legend of Heroes: Trails to Azure foi avaliado através de uma cópia gentilmente cedida pela NIS America – Agradecemos a cordialidade!

Confira também nossos outros reviews.

The Legend of Heroes: Trails to Azure

Gráficos - 8
Jogabilidade - 9
Diversão - 9.5
Som - 9.5
Dificuldade - 10
Fator Replay - 9.5

9.3

The Legend of Heroes: Trails to Azure é uma carta de amor aos fãs da franquia. Toda a franquia The Legend of Heroes é uma obra-prima, com localidades e personagens primorosos e uma riquíssima atenção aos detalhes. Trails to Azure não é diferente, e se trata de um dos melhores da franquia. Recomendo totalmente a todos os fãs de RPGs japoneses, é um jogo indispensável para fãs do gênero.

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João Paulo Solano Lopes Filho

Sou um fã de videogames desde que me conheço por gente, principalmente de RPGs. Tento convencer os meus pais e a mim mesmo que não sou um viciado (acho).

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