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The DioField Chronicle | REVIEW

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A Square Enix é uma desenvolvedora que parece não ter limites para sua criatividade quando falamos em games, principalmente quando estamos falando sobre jogos do gênero RPG. The DioField Chronicle é mais um game que nos brinda com toda a expertise e elegância da desenvolvedora japonesa. Confira abaixo nossa análise de The DioField Chronicle, e conheça um pouco mais esse grande jogo.

  • Jogo: The DioField Chronicle
  • Desenvolvedora: Lancarse
  • Publicadora: Square Enix
  • Lançamento: 20 de setembro de 2022
  • Número de Jogadores: Single-player
  • Gênero: Strategy RPG
  • Plataformas: Nintendo Switch, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X/S, Microsoft Windows
  • Site Oficial: Aqui

Um Tempo de Conflitos

A guerra está entre nós, e com isso The DioField Chronicle, em seu contexto, se torna mais atual do que gostaríamos. A trama do jogo se passa em um continente fictício devastado por uma guerra, onde o Reino de Alletain fica nas proximidades de um conflito entre o Império Trovelt-Schoevian e a Aliança Rowetale. Quando o Império acaba conseguindo uma vitória sobre a Aliança, Alletain passa a ser o centro das atenções, sendo o próximo local a ser conquistado. Em meio a tantas intrigas, conhecemos um grupo de mercenários de Alletain chamado Blue Foxes. O grupo é formado por Andrias Rhondarson, um guarda-costas real que conhece feitiçaria antiga, Fredret Lester, seu amigo de infância, e Izelair Wigan, uma escudeira de confiança que os acompanha. Quando o grupo resgata uma agente do governo, Lorraine Lucksaw, eles conseguem impressionar a agente com sua perícia em batalha. Eles são, então, convidados pelo Duque Hende a fazer parte de um exército privado, um grupo especial de mercenários.

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O elenco não acaba por aí. Conforme avança no jogo, conhecerá diversos outros personagens que logo são integrados ao nosso grupo, como Iscarion Colchester, um arqueiro e ex-nobre, e Waltaquin Redditch, uma feiticeira cuja família possui fortes laços com a realeza. Nosso grupo terá uma colaboração providencial para que Alletain consiga permanecer soberana nesse conflito que se aproxima. Essa colaboração vai suprir os vários pedidos do governo real, o que inclui resistir às forças imperiais invasoras. Enquanto tudo isso acontece, ainda teremos diversos conflitos internos dentro do nosso grupo, e consequentemente com a alta cúpula governante de Alletain, dando um contexto ainda mais político e pessoal à nossa aventura. A história do game é um de seus pontos mais fortes e certamente não decepciona neste sentido.

Vale ressaltar aqui a abertura das batalhas foi altamente influenciada pela introdução da aclamada série de TV Game of Thrones. Poderia até parecer que faltou criatividade, mas não é o caso. Ficou tão bom que realmente consigo entender por que essa inspiração ficou tão clara no game.

Estratégia para Novatos e Veteranos

Como você já deve saber, The DioField Chronicle possui batalhas estratégicas em tempo real, onde o jogador determina o movimento de seu grupo dentro de um campo limitado. Movemos um cursor, como se fosse um mouse, e fazendo uso do cursor, identificamos as unidades que queremos usar e o que fazer com elas. Não se trata de um jogo de turnos, já que seus inimigos não esperam suas ações e tudo acontece ao mesmo tempo. O jogo é totalmente estratégico, e olhar bem o campo de batalha antes de tomar suas decisões é fundamental. Durante cada ação, há um pequeno intervalo de tempo, mas podemos definir várias ações simultâneas por meio de botões específicos do controle. Há diversas funções táticas habilmente esquematizadas para uso em um controle, de modo que não sentirá falta de um teclado e mouse, periféricos muito comuns nesse estilo de jogo.

Há três níveis de dificuldade para escolher, o que certamente irá agradar tanto os fãs veteranos do gênero quanto os novatos casuais. Quem não estiver acostumado com esse estilo de jogo pode escolher a dificuldade Casual e curtir a história enquanto os inimigos são bem caridosos. Mas os fãs de desafio podem escolher a dificuldade Hard e aceitar todas as consequências de suas escolhas em batalhas frenéticas e sem misericórdia.

Outra característica muito interessante que foi adicionada é o sistema de checkpoints durante as missões. As missões possuem objetivos específicos que vivem sendo alterados, e sempre que cumprir um objetivo, aciona um checkpoint. Não é possível salvar o jogo durante as missões, mas o jogador pode retornar a algum checkpoint sempre que bem entender e tentar mais uma vez. Aquela emboscada não deu certo? Volte e tente de outro jeito.

As missões possuem objetivos obrigatórios básicos e também objetivos extras opcionais que fornecem recompensas específicas. Os objetivos extras geralmente envolvem completar a missão sem que ninguém morra, ou completar a missão dentro de um tempo limite. Por isso o sistema de checkpoints é tão importante, pois caso faça algo errado que tenha estragado um objetivo opcional, pode voltar alguns segundos e refazer a ação, sem precisar voltar desde o início da missão. Com alguma atenção e uso inteligente dos checkpoints, não é difícil completar os objetivos extras de cada missão.

As Classes do Jogo

Há 4 tipos diferentes de unidades no jogo:

Soldier (Soldado)

Unidade defensiva usada na linha de frente para proteger os demais membros do grupo enquanto ficam mais recuados.

Cavalier (Cavaleiro)

Unidade de alta mobilidade usada para se locomover agilmente no campo de batalha e fazer uso de ataques e ações estratégicas.

Sharpshooter (Atirador)

Unidade de dano à distância, usado para ficar recuado e causar um bom dano pela retaguarda do grupo.

Magicker (Feiticeiro)

Unidade de suporte à distância, usado para beneficiar indiretamente o grupo com magias, curas e benefícios.

Usar todas as unidades devidamente é essencial, e tudo isso é ensinado desde o princípio. O uso errado de unidades acaba sempre mal para você. Flanquear e se posicionar cada unidade de maneira a emboscar o inimigo é o ponto em que nos sentimos verdadeiros estrategistas. O jogador mais casual e desleixado pode até seguir em frente inicialmente, mas logo começará a encontrar pequenos empecilhos. Será realmente preciso olhar bem o campo de batalha e raciocinar na melhor estratégia a se tomar.

Ademais, você vai ter um grupo vasto de pessoas a sua disposição para as batalhes. Você pode gerenciar os membros do seu grupo antes de cada batalha, escolhendo quatro membros principais e quatro membros de suporte, que podem contribuir com suas habilidades, mas ganham bem menos experiência. Conforme você vai jogando com os mesmos integrantes, eles ficam cada vez mais fortes, e com isso você é induzido a deixar os outros de fora. Procure sempre mesclar os integrantes e você vai se beneficiar muito com isso.

Habilidades Poderosas

A cereja do bolo são as habilidades poderosas. Cada personagem possui habilidades de acordo com sua classe, e muitas delas são devastadoras. Habilidades custam EP, e isso impede o jogador de usá-las o tempo todo, mas dá para usar bastante. Essas habilidades permitirão dar cabo de vários inimigos por vez, causar efeitos negativos no inimigo, entre muitas outras funções úteis. É praticamente impossível querer jogar bem o jogo e não usar essas habilidades extraordinárias.

Além de habilidades comuns, o jogo ainda possui poderosas invocações! As invocações são claramente inspiradas na franquia Final Fantasy, como aparições como o Bahamut. As invocações são de um poder absurdo, e podem definir uma batalha rapidamente. Invocar monstros gasta TP, um medidor especial de energia que enche conforme matamos inimigos e pegamos orbes azuis pelo cenário.

Mas é claro que nós não somos os únicos a conseguirem usar habilidades poderosas. Alguns dos inimigos que enfrentará são bem poderosos e possuem habilidades capazes de dizimar seu grupo, se não prestar atenção. Preste atenção nos inimigos, principalmente nos chefes, e veja quando eles usam habilidades especiais. Sempre aparecerá um sinal com o raio do poder, de modo que pode remover os membros do grupo que estiverem no raio de ação, se for bem rápido.

Evolução

O game usa um sistema de evolução já bastante conhecido. Ao final de cada batalha, cada integrante da equipe ganha pontos de experiência e sobe de nível. Também dá para comprar novas armas, equipamentos e acessórios na loja do jogo, ou mandar fabricar. Além disso, também ganhará pontos para comprar habilidades na árvore de habilidades de seu personagem. Esses pontos são adquiridos durante as batalhas, e se você conseguir cumprir alguns objetivos extras, pode ganhar ainda mais pontos. Vale ressaltar que o jogo foca muito nessas habilidades específicas, portanto saber evoluir corretamente seu personagem pode fazer toda a diferença. Você tem a opção de revisitar cada missão, e com isso pode conseguir acumular mais pontos, algo necessário para você deixar seus aliados mais fortes.

Apesar da pegada estratégica do game, o combate é bastante intuitivo, e não é difícil aprender a dominar todo o sistema em pouco tempo. O combate é resumido em atacar seus inimigos com segurança. Em alguns cenários, é possível usar armadilhas e armar emboscadas, mas isso não acontece sempre, então aprenda a armar boas estratégias.

Fora de Batalha

Entre uma batalha e outra, controlará Andrias dentro da base. Na base, pode conversar com todos e iniciar missões na mesa de guerra. A base começa bem vazia e sem nada para fazer, mas conforme avança no jogo, novas funções ficam disponíveis. É possível também interagir com as pessoas e fortalecer a amizade entre os personagens.

Após algumas missões, poderá melhorar a base. Melhorar a loja garante novos itens para venda assim como melhorar o laboratório garante melhores invocações e mais poderes, por exemplo. Os recursos são limitados, então é preciso pensar bem no que é mais útil incrementar no momento, ou refazer missões para acumular dinheiro e recursos.

Linearidade e Repetição

Um ponto que considerei negativo foi a linearidade evidente das batalhas, e a repetição de conteúdo. Depois das primeiras missões, é possível bater o olho no cenário e saber exatamente tudo o que fará e que irá acontecer. É só observar o caminho linear que tem de ser seguido, com suas pontes, bases para serem capturadas e pontos para se armar emboscadas. O sistema infelizmente muda muito pouco até seu final, o que pode deixar o jogo um pouco repetitivo. Com exceção do chefe final das fases, você consegue ir em frente no game apenas fazendo sempre a mesma coisa. Há pouquíssimos caminhos alternativos, geralmente apenas contendo um baú com item ou orbes de vida. De resto, é uma linha reta que leva ao chefão da fase e pronto.

O game não apresenta muitas variações no campo de batalha, e os cenários são muito parecidos uns com os outros. Dessa forma, é simples criar estratégias e repetir a mesma estratégia por diversas missões que contenham layouts semelhantes. O jogo tenta variar um pouco os objetivos, alternando para proteger um local ou alguém de vez em quando, mas na maioria das vezes, é apenas uma questão de matar todos os inimigos. Para cumprir objetivos extras de tempo, pode ser que precise ser mais rápido e objetivo, dividindo seu grupo pelos cenários para obter itens em baús e tal, mas geralmente a união faz a força. Concentre seus ataques em um lado e a vitória é muito fácil de se conseguir.

O que dá uma graça maior nas missões é tentar cumprir todos os objetivos opcionais, que exigirão boas doses de estratégia e que pense fora da caixa um pouco, principalmente os objetivos referentes a tempo. Para bater a meta de tempo, precisará correr riscos maiores do que o habitual e fazer coisas que não são tão evidentes.

A Beleza da Guerra

Graficamente falando, The DioField Chronicle não apresenta muitas inovações, mas é um game que traz o DNA da Square Enix, o que garante que o game está acima da média. Temos gráficos muito detalhados, mostrando que os desenvolvedores sabiam muito bem o que queriam. Os personagens estão bem animados e com detalhes que conseguem transmitir toda a ação no campo de batalha.

Os diálogos do game são estáticos, e tirando os momentos crucias da trama, não temos narração das conversas, infelizmente. Além disso, o local onde traçamos nossos planos de guerra e nos preparamos é muito pobre, com pouca ou nenhuma interação. Aliás, o jogo induz a não se envolver muito com elementos fora da trama, pois ao simples toque de um botão em seu controle, você pode seguir diretamente para seu objetivo, sem sequer precisar se mover pelo ambiente se realmente não quiser.

Apesar de os cenários serem bastante detalhados, não temos interações com esses ambientes. Salvo algumas armadilhas e os espólios dos inimigos derrotados, não temos interação. Você tem rios, neve, lama, escadas, aclives, declives, mas nenhum deles fazem qualquer diferença para a batalha no jogo. O game deveria oferecer locações mais amplas, e com isso aumentar a riqueza de detalhes na tela. O game as vezes parece comprimido dentro de uma área, não há muita diversidade dentro de um mesmo ambiente, e tudo parece que foi amontoado para caber ali. Isso nem de longe é um problema, tecnicamente falando, é algo que apenas poderia deixar o game com uma estética mais atraente e organizada.

As músicas são a cereja do bolo, pois são de extremo bom gosto e deixam o jogo com um ar épico e majestoso. Elas transmitam com fidelidade tudo o que está acontecendo ao nosso redor, seja em um momento de ação ou de tensão, e até mesmo nas discussões políticas que acontecem no jogo. As canções são todas orquestradas e foram compostas por Ramin Djawadi e Brandon Campbell, compositores que já trabalharam com games e cinema.

A Square Enix está com diversos lançamentos para esse trimestre, e com isso pode ser que The DioField Chronicle possa passar desapercebido, o que realmente é uma pena. Mesmo com alguns problemas pontuais, o jogo é obrigatório para os fãs de RPG de estratégia. Por fim, não podemos deixar de citar a história do jogo, que com um cunho político, acaba se tornando bastante atual, inserindo os jogadores em contextos atuais bastante relevantes. Não deixe de conferir mais esse grande game da Square Enix.

DioField Chronicle – Vale a Pena?

Sem sombra de dúvidas, The DioField Chronicle é um game que merece estar ao lado dos grandes lançamentos do gênero, e mostra que a Square Enix é primorosa com a qualidade de suas produções, independentemente de quantos games esteja desenvolvendo ou publicando ao mesmo tempo. Mesmo não sendo um game perfeito, o jogo é muito divertido e tem tudo para agradar quem curte uma boa história, além dos tradicionais fãs do gênero. Com uma jogabilidade intuitiva, controles fáceis e uma curva de dificuldade bastante generosa, The DioField Chronicle é um game que merece toda a sua atenção. Recomendamos muito.


The DioField Chronicle foi avaliado através de uma cópia gentilmente cedida pela Square Enix LATAM – Agradecemos a cordialidade!

Confira também nossos outros reviews.

The DioField Chronicle

Gráficos - 85%
Jogabilidade - 85%
Diversão - 90%
Som - 95%
Dificuldade - 85%
Fator Replay - 90%

88%

Sem sombra de dúvidas, The DioField Chronicle é um game que merece estar ao lado dos grandes lançamentos do gênero, e mostra que a Square Enix é primorosa com a qualidade de suas produções, independentemente de quantos games esteja desenvolvendo ou publicando ao mesmo tempo. Mesmo não sendo um game perfeito, o jogo é muito divertido e tem tudo para agradar quem curte uma boa história, além dos tradicionais fãs do gênero. Com uma jogabilidade intuitiva, controles fáceis e uma curva de dificuldade bastante generosa, The DioField Chronicle é um game que merece toda a sua atenção. Recomendamos muito.

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Marcelo Souza

Apaixonado por jogos e consoles desde 1990. Quando não esta escrevendo em algum site de games, esta jogando ou ensinando o Felipe a jogar.

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