Se você ainda não teve a oportunidade de jogar SOMA, essa é a hora. O game de terror da Frictional Games promete inserir você em um mundo de terror, com uma intensidade única, característica que esta se tornando uma marca registrada da desenvolvedora.
O game de terror e ficção proporciona ao jogador diversos sentimentos além do medo, e com certeza vai trazer ao jogador diversos conflitos durante sua gameplay. O jogo esta disponível para assinantes da PlayStation Plus Extra, sendo uma ótima opção para quem gosta de um bom game de terror.
Confira abaixo a nossa REVIEW e conheça os pontos positivos (e negativos) de SOMA. Além disso, temos um detonado completo do jogo que você não pode perder, visite nossa seção de detonados e curta o game na sua intensidade máxima.
- Jogo: SOMA
- Desenvolvedora: Frictional Games
- Publicadora: Frictional Games
- Lançamento: 22 de setembro de 2015
- Número de Jogadores: Single player
- Gênero: FPS/Shooter
- Plataformas: PS4, PS5 Xbox One, XSSX, PC, macOS, Microsoft Windows, Linux, Mac OS Classic
- Site Oficial: Frictional Games
Terror e Ficção
Se tem dois gêneros que ao se misturar, na maioria das vezes ficam ainda mais interessantes e divertidos esse gêneros são o terror e a ficção cientifica. Temos uma leva de games que carregam a alcunha de Survival Horror, mas você consegue lembrar de quantos desses jogos marcaram você, não pela ação, mas sim pelo terror ou suspense? Eu pessoalmente me lembro de uma meia duzia, e olha que já estou nessa vida gamer a três décadas.
SOMA nos apresenta uma história nesse sentido, um conto de terror e ficção cientifica que acontece de maneira simples, mas bem marcante. O jogo foca pesado no terror e nas escolhas que o jogador deve tomar diante de situações criticas.
A partir do momento em que começamos nossa aventura em SOMA, damos vida ao personagem de Simon Jarret, um jovem canadense que perdeu sua namorada em um trágico e traumatizante acidente de trânsito. A perca da sua namorada não foi o único problema do acidente, além do falecimento, o acidente deixou uma sequela grave em Jarret, sequela essa que causa hemorragias no cérebro do rapaz, sendo esse um problema que cedo ou tarde vai levar nosso protagonista a morte.
Ademais, diante desse trágico destino, e sem muito o que fazer para mudar sua situação, ele aceita participar de uma pesquisa criada por dois cientistas que descobriram uma nova forma de escanear e literalmente gravar a mente das pessoas em computadores a fim de cura-las de suas doenças.
Jarret vai em frente e se submete a tal procedimento. Entretanto, logo após o procedimento, durante um exame ele descobre que despertou em uma estranha base submarina chamada Pathos-II, um lugar onde as coisas deram muito, muito errado.
Gameplay – O Medo é a Melhor Diversão
O tempo em que games indies significavam jogos menos ambiciosos se foram, hoje mesmo com recursos menores, os jogos vão se tornando cada vez mais ambiciosos. Esse sem dúvida é o caso de SOMA, um jogo que nos brinda com um ótimo enredo, gráficos apurados e uma gameplay que sabe exatamente onde quer chegar.
Desde seu primeiro contacto com o jogo, você já é envolvido na trama, e se surpreende com as mecânicas do jogo. Uma das coisas mais legais que a Fractional Games conseguiu desenvolver no jogo, é o fato de mesmo ele sendo um um game com uma história densa, ele não cansa o jogador, nem com eventos muito pesados, ou com clichês que já estamos acostumados nesse tipo e game. O jogo balanceia muito bem seus momentos de Survival Horror com o clima de suspense.
SOMA é um game que não vai lhe proporcionar armas para se defender, e isso aumenta drasticamente a sensação de fragilidade no game. Você nunca vai ser a parte ameaçadora do jogo, e sim a parte que vai estar sempre ameaçada, sua estadia em Pathos II vai ser uma experiencia definitivamente aterrorizante. Alias, Pathos II tem diversos detalhes que fazem o jogo ainda mais aterrorizantes, um é o clima claustrofóbico dos ambientes, que na maioria das vezes são apertados e cheio de coisas, e você vai precisar explorar esses ambientes. or diversos momentos, o game nos lembra muito a ambientação usada em Alien: O Oitavo Passageiro (Ridley Scott – 1979) e isso definitivamente foi muito bom.
Um detalhe que atrapalhou um pouco a diversão, foi a ambientação escurar. Esse é um subterfúgio muito usado no terror de diversas maneiras, seja no cinema ou nos games. Infelizmente, assim como na maioria dos casos, o game acaba ficando escuro demais, e isso atrapalha a diversão, pois em muitas das vezes você acaba sem entender muito o que esta as sua volta, ou até mesmo demorando a perceber itens importantes no cenário.
Por fim temos os Puzzles, afinal de contas se você esta sem arma, com inimigos assustadores em um ambiente labiríntico, você vai precisar de Puzzles inibindo que você saia correndo como um louco atrás da saída. Nesse ponto temos um problema, pois SOMA não consegue desenvolver com eficacia essa parte. Apesar do jogo tem algumas boas idéias, esses quebra-cabeças em muitas das vezes são simplesmente chatos de serem feitos, e parecem ter sido colocados ali apenas para frear sua evolução no jogo.
Até mesmo acessar alguns mecanismos é um pouco confuso, pois parece que as coisas foram escondidas para passar a sensação de dificuldade, quando na verdade você esta é se irritando. Ficar perdido no jogo sem saber muito bem o que fazer para resolver um Puzzle ou até mesmo por que esta escuro demais e você ainda não percebeu o que deve fazer, é algo que vai acontecer, diversas vezes. Não é um fator definitivo que vai atrapalhar a diversão no jogo, mas vai ser algo de que você muito provavelmente vai se lembrar negativamente.
Entre o Assustador e o Ameaçador
A sensação que temos de medo e de ameaça vai mudando com o passar do jogo. No começo os inimigos são a parte mais ameaçadora do jogo, mais com o passar das horas e da convivência com os inimigos, e agente percebe que eles não são a parte que mais nos amedronta no jogo.
Mesmo que esses inimigos ofereçam algum nível de ameaça e realmente possam agredir você, o grande medo do game não vem dos inimigos mais sim da ambientação. Em um primeiro momento eu encarei isso como um problema, mas com o passar do jogo eu percebi que os inimigos não foram concebidos para ser a ameaça, o grande barato do jogo, está em colocar medo em você nos cenários. Aquela sensação de ameaça que falamos anteriormente.
Um dos fatores que deixam os inimigos menos ameaçadores, é o fato de eles não terem uma IA bem desenvolvida. Você pode se esconder tranquilamente, mesmo quando você foi visto, basta se esconder que eles esquecem que viram você. Até mesmo correr, faz com que os inimigos não se lembrem mais de você, a certa distancia eles agem como se não tivessem te visto anteriormente.
Depois de algum tempo convivendo com esses inimigos, você vai pegar a mecânica de como eles funcionam, e quando isso acontecer, o desconhecido associado a uma ambientação muito bem desenvolvida e a escuridão que não deixa você enxergar bem o que esta a sua frente, vão trazer a sensação de medo, muito mais intensa que os inimigos propriamente dito.
Sonoramente falando o jogo mantém a qualidade. O uso de um H7 aprimora bastante a experiência no jogo, realçando principalmente os efeitos sonoros, que sinceramente gostei muito e estão bem fiéis a ambientação do jogo. Uma dica que vale ressaltar, é serve para a maioria dos jogos de terror, é como jogar durante a noite/madrugada realça ainda mais a experiência.
A sensação de desolação associada aos eventos sonoros em Platos II deixam o game com um clima de tenção ainda mais elevado. Confesso que ao jogar usando os sons do monitor eu não consegui ter a mesma sensação. Recomendo fortemente o uso de fones de ouvido.
SOMA – Vale a Pena?
Se você gosta de games como Amnesia ou até mesmo Until Dawn você vai gostar de SOMA com certeza, pois o jogo oferece tudo que tem de melhor nesses jogos. O game oferece algumas novidades interessantes e mantém o histórico da Fractional Games em oferecer bons jogos de terror, gênero que o estúdio vem aperfeiçoando com seus games.
A ambientação do jogo é o ponto forte, e segura o jogador com um clima de terror e suspense digno de um bom filme de terror. O jogo conta com uma boa história e coloca o jogador diante de escolhas morais foi uma escolha acertada, mantendo o jogador preso na história do game.
O ponto negativo fica pela IA baixa do game, pois o jogo poderia sem bem mais assustador se os inimigos oferecessem um desafio mais alto. Além disso o game abusou da falta de iluminação, e isso atrapalha o jogador a desenvolver uma gameplay mais fluída. Por fim temos os Puzzles, que apesar de não serem sofisticados, fazem seu papel e bloquear um avanço muito rápido do jogador.
SOMA é um jogo divertido e com certeza vai propiciar uma boa diversão ao jogador. Se você ainda não jogo, vale a pena conferir o game que é um dos melhores no seu gênero. Vale ressaltar que o jogo faz parte da PlayStation Plus Extra até dia 18 de outubro, se ainda não baixou, corre lá.
Não deixe de conferir nossos outros REVIEWS.
SOMA | REVIEW
Gráficos - 75%
Jogabilidade - 75%
Diversão - 80%
Som - 70%
Dificuldade - 70%
74%
BOM
A sensação que temos de medo e de ameaça vai mudando com o passar do jogo. No começo os inimigos são a parte mais ameaçadora do jogo, mais com o passar das horas e da convivência com os inimigos, e agente percebe que eles não são a parte que mais nos amedronta no jogo.