O Grupo SOMA e a BRIFW, em parceria, desenvolveram colecionáveis digitais em benefício de causa social indígena. A iniciativa, chamada de “O Bloco do Bem”, faz parte das ações do Camarote Grupo SOMA.
“É muito bacana conseguirmos juntar carnaval, arte, moda, inovação, web 3.0 e causas sociais. Cada vez mais, tudo que fazemos precisa de um olhar cuidadoso com as pessoas e o meio ambiente. A contribuição ambiental vem ao apoiarmos os povos que historicamente preservam e asseguram nossas florestas. Os dados não nos deixam mentir: mais de 80% das áreas preservadas do planeta estão em terras de 3% da população mundial: povos originários como indígenas, quilombolas e aborígenes”, avalia Taciana Abreu, Head de Sustentabilidade do Grupo SOMA.
“Esta é uma ótima oportunidade de aproximar a moda digital da cultura brasileira. O Carnaval é o momento perfeito para isso, pois fala sobre nossa ancestralidade ao mesmo tempo que abre caminhos para descobrirmos novas formas de expressão”, complementa Olivia Merquior, fundadora da BRIFW.
Os colecionáveis foram criados pela equipe da BRIFW e carregam as artes de Moara Tupinambá e J. Cunha, que também foram convidados pelo artista e cenógrafo Gringo Cardia para colaborar no conceito visual do Camarote Grupo SOMA.
O artista plástico e figurinista baiano J. Cunha tem uma relação estreita com o Carnaval e com as culturas afro-indígenas e popular nordestina brasileira e é responsável pelos colecionáveis “Dança Negra” e “Cocar de Tupã”. Já a artista e ativista Moara Tupinambá, de Belém do Pará, percorre a ancestralidade e a resistência dos povos indígenas nas obras “Kunhatã” e “Mãe Lua”. As quatro propriedades digitais foram registradas em blockchain e estão à venda pelo marketplace OpenSea, com opções de diferentes valores, e podem acessadas e adquiridas em Link
Por escolha dos artistas, a renda obtida será revertida para o Departamento de Mulheres Indígenas do CITA – Conselho Indígena Tapajós Arapiuns, atuante nos municípios de Santarém, Aveiro e Belterra.
“Ser convidada e homenageada com minha arte no Carnaval é algo que eu nunca havia pensado e que o Grupo SOMA me proporcionou. Além de inspirar a cenografia, esta arte se desdobrou para uma ação que está sendo feita com a venda dos colecionáveis digitais, que poderá fortalecer projetos de mulheres indígenas do Baixo Tapajós, e isso é muito importante para nós. É urgente que esse capital também consiga chegar em projetos distantes da região sudeste do Brasil”, conclui Moara Tupinambá.