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Marvel Vs. Capcom Infinite | REVIEW

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Sabe aquela receita de bolo que você está cansado de fazer, sabe de cor, mas que alguém chega, dá uns “pitacos”, achando que iria deixar o seu bolo mais gostoso, mas no final, percebe-se que por causa desses pitacos, o bolo ficou uma droga! Pois bem, foi isso que aconteceu com Marvel vs. Capcom Infinite, um game que tinha tudo para dar certo, mas por causa da Marvel e da Disney, o game ficou uma droga.

  • Jogo: Marvel Vs. Capcom: Infinite
  • Desenvolvedora: Capcom
  • Publicadora: Capcom
  • Gênero: Luta
  • Série: Versus
  • Lançamento: 19 de setembro de 2017 
  • Classificação indicativa: 16 anos 
  • Número de jogadores: 2 jogadores 
  • Disponível para: Xbox One, Playstation 4 e PC 

A Fusão de Vários Universos

Pela primeira vez na franquia versus, temos um modo “estória” (como é escrito no próprio game), que conta todo o enredo de Marvel vs. Capcom Infinite. A dona morte, junto com Jedah (Darkstalkers) querem nivelar a quantidade de mortos com a mesma quantidade de vivos no universo, querem um equilíbrio. Com isso, conseguem enganar o titã Thanos, que tenta enganar Ultron e este último engana Sigma e se funde com ele para que juntos, possam pegar todas as joias do infinito e transformar todos os seres vivos orgânicos em seres vivos robóticos. Nessa bagunça toda, o nosso universo acaba se fundindo com o universo de Metro City, com o universo de Abel City, com Makai, com Asgard e Wakanda. 

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Heróis de vários universos como Capitão America, Capitã Marvel (que não é chata com a do filme), Ryu, Chun-Li, Strider, Arthur. HUNTER e muitos outros se unem para enfrentar Ultron Sigma, a fusão dos robôs mais lunáticos de todos os universos.

É Ruim, Mas Poderia Ser Pior

Como se pode ver o enredo não é dos melhores, tendo uns comentários meio “nada haver” e uns cortes de cena muito mal-feitos, mas posso dizer com sinceridade que esse enredo é até bem legal e bem melhor do que alguns filmes da Marvel. A história não super bem-produzida e se assemelha a alguns acontecimentos ocorridos nas HQs, ou seja, nada muito bombástico, mas também nada tão ruim. Como eu disse, poderia ser pior, como também poderia ser bem melhor. Mas sendo o primeiro game (e talvez o último) da franquia à ter um modo história, então dá para releva um pouco. 

Uma Péssima Seleção de Personagens 

Uma das coisas que mais pesaram nesse game com toda a certeza foi a seleção de personagens. Ryu e Chun-Li são os personagens de Street Fighter, não tem o Ken de novo e nem o Gouki aparece aqui. Chris Redfield aparece vindo de Resident Evil e só ele, Hunter vinda diretamente de Monster Hunter (usando um set de armadura do Rathalos) é uma adição bem legal, mas que não salva todo o resto. Temos uma porrada de personagens da Marvel, mas nenhum vindo dos X-Men ou Quarteto Fantástico.  Isso se deve porque a Fox era a dona dos direitos sobre esses personagens e a Marvel não queria que os vingadores dividissem espaço com os personagens dos X-Men, que claramente são bem mais populares nos games da franquia do que os Vingadores. Se fosse hoje em dia, com toda a certeza que teríamos uma seleção bem melhor, mas em 2017, infelizmente a Marvel estava se achando a dona do pedaço e queria dar pitaco em tudo.

Um desses pitacos foi a obrigatoriedade de colocar a Capitã Marvel no game, já para ir introduzindo a personagem ao público para quando ela estreasse em seu próprio filme, que estreou no mesmo ano. Outra coisa que a dona Marvel meteu o dedo foi nos vídeos promocionais na qual ela não queria ver seus personagens apanhando para os personagens da Capcom. Se tivesse Ultron apanhando do Capitão América, ok, mas Ultron apanhando para o Ryu, nada feito. Sem contar o enredo que a Capcom queria que fosse de um jeito e a Marvel bateu o pé e mudou. 

Por acaso você já teve o prazer de jogar The Last Blade 2 de Neo Geo CD? Não? Que pena, infelizmente você não sabe o que é sofrimento… Nesse game, tudo precisa de tela de carregamento: Quer ver a introdução do game? Vai ter que ver a tela de carregamento, apertou Start para começar a partida? Carregamento. Tela de seleção de personagens? Carregamento. Escolheu o personagem e vai ver a introdução do estágio? Carregamento….  Eu quis falar sobre as telas de carregamento de The Last Blade 2 de Neo Geo CD porque em Marvel VS Capcom Infinite rola carregamentos excessivos igual ao game de 2000 de Neo Geo CD.  

No modo “estória”, para cada nova cena tinha uma tela de carregamento extremamente demorada. Se pegarmos o modo história de Injustice 2 ou Motal Kombat 11, que possuem gráficos muitos superiores à Marvel VS Capcom Infinite, não possuem a metade das telas de carregamento que esse game possui. O pior se segue no modo Arcade, onde não temos história para ser contada ou CUT scenes, é somente lutar e lutar e mesmo assim o carregamento pode chegar a um minuto e meio! 

Isso chega à ser um absurdo sendo que os gráficos desse jogo são extremamente pobres e bem “aquém” do esperado. Spider Man, Hulk e Capitão América são horríveis. Parecem mais com tartarugas ninjas, não tendo pescoço e sendo apenas uma massa feita de músculos. Ryu tem um rosto horroroso e Mega Man X e Zero se parecem com bonecos de posto de gasolina. OS estágios são feios e completamente poucos inspirados. Não são estágios legais de se ver como nos games anteriores, como ocorrido em Ultimate Marvel VS Capcom 3, onde tínhamos cenários que remetiam a lugares famosos na Marvel e na Capcom. 

Já o som e a dublagem são bem fracos, mesmo contendo os atores de voz dos desenhos da Marvel, o trabalho é tão amador que dá a impressão de que ninguém ali envolvido sabia o qe estava fazendo, verdadeiramente uma pena. 

Pelo Menos a Jogabilidade é Boa… Certo? 

É, mais ou menos. Aqui voltamos para a disposição clássica de botões, contendo 2 socos e 2 chutes. Eu particularmente gosto muito desse estilo, acho melhor que os três botões de ataque e um de especial que tínhamos no game anterior. 

O problema aqui é o balanceamento. Hulk consegue ser um personagem rápido e extremamente forte, o que não faz sentido tendo que ele é enorme. Já Spider man, é pequeno e mais lento que boa parte dos personagens que possuem o mesmo porte físico que ele, sendo que ele deveria de ser um dos mais rápidos. 

Outro ponto bem chato é que a gente apanha de tudo quanto é forma. Antes nos games anteriores, até mesmo os primeiros da série, tínhamos um balanceamento na hora da porrada. Tinha golpes que não pegavam no personagem caído depois que o mesmo tivesse tomado algum combo, já em Infinite, você pode tomar um combo aéreo, cair no chão, ser levantado novamente, tomar outro combo aéreo, ser jogado no chão e ainda tomar uns 3 ou 4 hits no chão, ou mesmo até um especial enquanto se está caído, tirando qualquer possibilidade de um contra-ataque ou pelo menos de se defender. Ridículo. 

Marvel vs. Capcom Infinite – Vale a Pena?

Vale a pena somente se você for um grande fã da franquia e não se importa com todos esses problemas que citei logo acima. Ser um game feio, mal-acabado e pouco inspirado não é problema nenhum, o problema é quando a jogabilidade é desbalanceada e as telas de carregamento são lerdas demais. Isso combinado com um modo online ruim, com muito lag e completamente vazio hoje em dia.

Confira também nossos outros reviews.

Marvel vs. Capcom Infinite

Gráficos - 60%
Jogabilidade - 70%
Diversão - 50%
Som - 50%
Dificuldade - 50%
Fator Replay - 50%

55%

Vale a pena somente se você for um grande fã da franquia e não se importa com todos esses problemas que citei logo acima. Ser um game feio, mal-acabado e pouco inspirado não é problema nenhum, o problema é quando a jogabilidade é desbalanceada e as telas de carregamento são lerdas demais. Isso combinado com um modo online ruim, com muito lag e completamente vazio hoje em dia.

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Ricardo Dias

Apenas um gamer veterano que só quer saber de jogar qualquer game em qualquer console, pois vídeo game é tudo de bom!

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