Não é de hoje que a Square Enix anda flertando com o estilo de game SoulsLike. Para tal, a Square Enix chamou a Tecmo Koei para produzir um Spinn-off da franquia principal de Final Fantasy que tivesse elementos que lembrem Nioh e Dark Souls.
A conclusão? Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin, um game controverso que, mesmo com seus problemas e erros, consegue cumprir o papel de divertir e instigar o jogador.
- Desenvolvedora: Team Ninja / Tecmo Koei
- Publicadora: Square Enix
- Lançamento: 15 de março de 2022
- Número de jogadores: 1 – 3 online
- Gênero: RPG/ SoulsLike
- Plataformas: Playstation 5, Xbox Series S/X, Playstation 4, Xbox One, PC

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin
Os 3 estranhos no reino de Cornélia
Tudo começa quando Jack, um homem nem um pouco carismático se vê nos portões do reino de Cornélia. Jack almejava ter uma audiência com o rei de Cornélia e receber a carta branca para poder investigar, localizar e matar um ser chamado de “Caos”. Quando Jack menos espera, seu cristal negro começa a vibrar e ressoar, indicando que um, ou mais cristais negros estão por perto.
Jack então se vira e se depara com dois homens perto dele. Um se apresenta como Ash e o outro como Jed e ambos também possuem um cristal negro assim como Jack. Eles afirmam que estão ali para completar a profecia e que desejam acabar com o Caos.
É a partir daí que os três se unem para terem um papinho com o rei e poderem enfim, viajar para derrotar o mal que assola o mundo.
Quando os três chegam até o rei, seu conselheiro informa que a profecia dizia que “em meio a escuridão e ao Caos, surgiriam quatro guerreiros da luz com seus cristais brilhantes e baniriam todo e qualquer vestígio do mal e sua escuridão…” (não fala exatamente assim, mas o conceito é), e indaga que eles estão em 3 e não em 4 guerreiros e além do mais, possuem cristais negros e não brilhantes como se fala na profecia…
O rei, mesmo não acreditando que eles fossem os tais guerreiros, dá a chave dos portões de um mausoléu ao norte que está emanando um forte miasma de Caos.
Jack e seus dois melhores amigos (mas já?), se dirigem para uma aventura que renderá muita conversa, personagens estranhos, histórias confusas e um final intrigante.
Meio feinho para um Final Fantasy né?
Stranger é um game um tanto quanto confuso nessa parte pois tem lugares que o game é bonito, nada de espetacular, mas honesto, já em outras ele fica tão feio que mais parece que está rodando em um PS3/X360.
Existem certos locais em que a textura é borrada e com uma coloração bem feia, tipo, lavada sabe? Um exemplo que posso dar é: jogue um game de PS2, com cabo AV (vídeo composto) em uma TV mais atual. Você vai ver o que é uma imagem “borrada”. E não é só isso, alguns objetos estão em baixa resolução deixando o local na qual estão bem feios e remetendo a jogos de PSP. Sério, não estou forçando a barra, realmente existe locais que as paredes e objetos são muito feios. Geralmente locais mais fechados são um pouco feios e poucos inspirados. Já os locais mais abertos são bonitos e com uma coloração mais vibrante.

Eu não sei porque a Tecmo Koei não colocou um minimapa durante as fases pois isso ajudaria o jogador a não se perder durante sua aventura. Existem locais, como cavernas, templos e castelos em que os locais são tão parecidos entre eles que acabamos nos perdendo. Por vezes me vi voltando quase toda a fase para descobrir que, vejam só, eu já havia passado por ali!

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin
Os personagens em si são “ok”, com uma boa modelagem, mas não possuem carisma algum. É um pior que o outro e o protagonista, o tal Jack, colabora pra piorar isso ainda mais. Por vezes ele sai resmungando ou brigando com alguém que só está questionando algo ou dizendo que se lembrou de alguma coisa… ou quando algum personagem começa a explicar algo importante e ele chega cortando a pessoa dizendo que não quer saber e/ou não tem tempo pra escutar pois ele quer derrotar o Caos!
Pense em um cara chato? Pensou? Agora multiplique por 10 e você saberá como Jack é chato nesse game! Pelo menos até chegar nos momentos finais, aí ele muda de postura e começar a ficar mais legal. Nas DLCs ele e o grupo são bem mais carismáticos.
Essa questão de gráficos feios e tal levanta a questão de: “gráficos importam?” e a verdade é que não, gráficos não importam… ao menos que a direção de arte seja muito boa. Para que não pareça que eu esteja pegando no pé de Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin eu darei um exemplo aqui.
No ano de 2022 tivemos o evento para premiar o Game of the Year, e os dois finalistas foram God of War Ragnarok e Elden Ring. Claramente, God of War Ragnarok possuía melhores visuais, gráficos de ponta e paisagens lindíssimas. Mas quem levou o prêmio foi Elden Ring, mesmo este apresentando o mesmo motor gráfico de Dark Souls 3 e Sekiro, mesmo ele apresentando objetos, construções e outras coisas que vieram de outros jogos da FromSoftware e até mesmo alguns bugs e instabilidade nos frames durante a jogatina. Mas sabe porque o game venceu a premiação? Simplesmente por causa da sua direção de arte.

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin
Todos nós sabemos que God of War Ragnarok é mais bonito do que Elden Ring, mas este último possui uma direção de arte de tirar o folego! Quanto mais exploramos o mundo de Elden Ring, mas nos maravilhamos com suas estruturas e construções, com seus inimigos e chefes de cair o queixo. Não precisa ter gráficos de ponta para ser bonito, precisa de artistas prontos para criarem algo majestoso com as ferramentas que eles possuem no momento!
O que falta em Stranger of Paradise é isso, uma direção de arte mais coesa, mais envolvente. Claramente a Tecmo Koei pegou o motor gráfico de Nioh e trabalhou encima dele criando cenários que lembrassem jogos clássicos da franquia Final Fantasy. Aliás, esse motor gráfico já está defasado, pois mesmo nas versões de PS5 e XBSSX podemos ver que ele não está mais rodando bem. Ok, foi incluso alguns efeitos mais bonitos nessas versões? Foram. O game roda mais suave à 60 frames? Roda, mas não vale a pena gastar mais na versão de PS5 sendo que ela é praticamente idêntica à versão do PS4. Se for pra comprar, opte pela versão mais barata.
Então? É Soulslike ou não?
Olha só, chegamos num ponto interessante para conversarmos. Quando Stranger foi anunciado, muitas pessoas o comparavam com Dark Souls ou mesmo à Nioh. Quando o game saiu, o pessoal começou a falar que ele estava mais para um Devil May Cry do que Soulslike e já chegaram ao cúmulo de dizerem que ele era um Hack’n Slash estilo Musou… Ora vamos?
A verdade é que Stranger of Paradise é uma mistura de Soulslike com um jeitão de Hack’n Slash, ficando no meio termo, mas pendendo mais para o lado do Souls do que Hack.
Você se lembra que eu disse que o pessoal da Tecmo Koei pegou o motor gráfico de Nioh e fizeram esse game? Pois bem, é isso mesmo.
O jeito que Jack corre, se esquiva ou defende é muito parecido (para não dizer igual) ao Willian de Nioh. A forma como ele empunha cada arma também é muito parecido.
Os comandos são do tipo “Dark Souls”, ou seja, podemos atacar usando o botão R1/RB, defender com o L1/LB e usar um dash/back dash com o botão X/A. Com o botão R2/RT podemos usar um golpe especial que gasta barra de MP e irei explicar melhor isso logo à frente. Com o botão L2/LT abrimos um pequeno menu na qual poderemos usar alguma skill disponível para o Jack, skill essa que pode variar entre deixar a nossa arma imbuída com veneno, aumentar nossa defesa etc. Tudo isso com gasto de MP.

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin
Um elemento interessante colocado em Stranger of Paradise é o “Parry” de Jack. Apertando o botão “O/B”, Jack pode aparar um golpe físico, ou absorver um ataque mágico. No caso do ataque físico, ele repele o golpe ao custo de sua barra de postura (algo semelhante visto em Sekiro), já no caso das magias, ele pode absorver e apertando o botão quadrado/X, Jack pode usar essa magia. Ele pode mandar uma bola de fogo, vento ou gelo no adversário. Não somente o parry pode consumir a barra de postura, mas a defesa também, e se essa barra se esvaziar, Jack poderá entrar no estado de Stagger, ou seja, fica caído e vulnerável a qualquer ataque inimigo. Vejo isso como uma forma de “teste” na qual a Tecmo Koei aperfeiçoou em Wo Long.
Não só Jack pode ter sua barra de postura quebrada, mas todos os inimigos do game também podem e quando isso acontece, aparece o ícone “0/B” e ao apertarmos esse botão, Jack realizará um ataque visceral em que pode acabar com o inimigo de uma vez por todas! Já no caso dos bosses, esse movimento é obrigatório para fazer com que eles entrem em suas segundas formas de luta. Esse movimento de Jack é muito bom para ajudar a preencher a barra de MP e com isso, dar mais possibilidades para o “herói” seguir pela fase usando todos os seus poderes.

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin
Seguindo os passos de um bom Soulslike, podemos descansar em cubos que estão espalhados em determinados pontos das fases. Na verdade, são três por fases: Um no começo, um no meio e outro um pouco antes de enfrentar algum boss. Nesses cubos podemos recuperar totalmente nosso HP e usar os pontos de XP para melhorar o JOB que estamos usando naquele momento. Podemos também mudar a formação do nosso grupo (podemos levar mais dois companheiros nas fases, que são controlados por IA, além do Jack que controlamos).
Assim como um bom game baseado em Nioh, ao descansarmos no “Cubo” (soou meio estranho isso né!?), todos os inimigos da fase voltam à vida e caso perdemos alguma sala ou item, voltar para busca-los pode significar que teremos de derrotar todos os inimigos de novo ou passar correndo que nem um louco por eles.
Diferente dos Soulslike que vemos por aí, na qual se morrermos na partida, perdemos todo o nosso XP, em Stranger of Paradise a coisa funciona de uma forma diferente. Caso você morra no meio do caminho, não perderá o XP ganho, mas sim a sua barra de MP, e isso é muito importe pois é com ela que podemos usar certos ataques mais fortes que podem acabar com algum inimigo mais rapidamente. Chegar em algum Boss com a barra de MP baixa é garantia de que a luta será mais difícil do que o normal.
Bem, eu comentei sobre os JOB’S, mas não me aprofundei sobre eles, então aqui vai. Na franquia Final Fantasy temos alguns jogos que se baseam no sistemas de Jobs e suas particularidades. Cada Job traz suas vantagens e desvantagens, como por exemplo o Job Guerreiro, que aumenta a força física e defesa física do personagem, mas reduz a agilidade dele e defesa mágica. Já um Ninja possui maior velocidade e destreza, mas peca em ataques físicos e defesa.

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin
Aqui em Stranger os Jobs estão presentes, mas de um jeito um pouco diferente. Em Nioh temos algumas armas que podemos usar no decorrer da aventura, podendo passar por uma Katana, Lança, Machado, Espada dupla, bastão e por aí vai. Para cada arma, Willian muda a sua pose em segurar a mesma e, cada uma necessita de habilidades para que possam ser úteis contra os inimigos. Vou dar um exemplo: Para usar um machado, é necessário aumentar os atributos de força para que o machado possa tirar mais dano dos inimigos, ao passo que a espada dupla é necessária aumentar agilidade/destreza para que ela fique mais rápida e forte.
Já em Stranger of Paradise, cada job nada mais é do que uma arma/estilo que vimo em Nioh. O job Ninja nos dá a possibilidade de usar a Katana, que é uma arma rápida, porém de curto alcance.
Sempre que alcancemos o nível 30 de um job (o máximo de evolução), podemos ficar com alguma habilidade que esse job tem, ou seja, se o job Ninja tem skill que aumenta a velocidade, ao chegar no nível 30 desse job, podemos troca-lo por outro, mas podemos manter a skill de aumentar a velocidade, se assim desejarmos. Pode parecer complexo, mas a realidade é que ele é bem mais fácil do que as habilidades vistas em Nioh 2. É um esquema bem interessante e por não ser tão difícil assim masterizar um job, podemos alcançar o nível 30 em praticamente todas elas sem precisar jogar várias vezes as mesmas quests.

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin
Agora um ponto que eu particularmente não gosto nos Soulslike da Tecmo Koei é a enxurrada de armas e acessórios que podemos pegar durante a jogatina. Em uma missão, podemos pegar quase 150 peças de armadura ou armas só para verificarmos que são parecidas entre elas em questão de estética e pouco variam em suas habilidades natas. Tem horas que o inventário fica abarrotado com armaduras, capacetes, anéis … e muitos deles com raridades baixas que estão ali só para serem vendidas ou desmontadas.
E por falar nisso, temos a opção de ferreiro na qual podemos desmontar as armas e armaduras para gerarem novos recursos que poderemos usar para melhorar alguma arma/armadura que queremos. Também podemos melhorar nosso equipamento com pedras chamadas de Anima, que encontramos em certos baús espalhados pelos cenários ou ao derrotarmos algum boss. Além disso, temos a opção de trocar certas habilidades das armas ao custo de uma certa quantidade de pedras anima. Podemos colocar em nossa espada a habilidade de gelo, muito útil para quando vamos para um cenário em que os inimigos são fracos para esse elemento.
Viajando pelo mundo!
Logo no inicio do game, depois da primeira conversa entre os “heróis” e o rei de Cornelia, somos apresentados ao mapa-mundi de Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin. Seguindo o mesmo esquema de Nioh, temos um mapa e nele são nos dado alguns pontos para clicarmos encima e adentrarmos na missão. Aqui temos a missão principal, que geralmente vem mostrando o level da fase e embaixo o level de equipamento que temos. É muito importante sempre melhorar nossas armas e armaduras para que fiquemos próximos ou até mais evoluídos do que a fase pede, pois assim não teremos tanta dificuldade em transpor as adversidades do cenário.
Temos também as missões secundárias que geralmente pedem para irmos de um ponto ao outro do cenário e derrotar algum inimigo específico, ou mesmo buscar algum item ou até mesmo, só ter uma batalha contra algum boss que já derrotamos antes. Essas missões secundárias servem apenas para ganharmos mais XP e anima e melhorarmos nossos equipamentos.

Não é possível explorar o mapa livremente e nem mesmo explorar o reino de Cornelia. Se quisermos, podemos falar com algum cidadão do reino, falar com o rei, seu conselheiro ou mesmo com a princesa Sara, mas somente cara a cara com eles, sem ter a possibilidade de andar pelo reino de Cornelia. Quer ir ao ferreiro? Basta estar na tela de mapa mundi, escolher a opção ferreiro e ali fazer as modificações ou vendas de seus equipamentos, nem mesmo vemos a cara do danado para sabermos quem raios é o ferreiro…
Complementos que confundem
Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin possui três DLC’s ao todo, são elas:
- Trials of the Dragon King
- Wanderer of the Rift
- Different Future
Esses complementos trazem novos Jobs para o grupo de Jack, fazendo com que haja boas mudanças na jogabilidade, tal qual o Blue Mage em que o protagonista pode ficar de longe apenas mandando magias nos inimigos.
Foi acrescentado novas missões principais e secundárias e também novas localidades e chefes para explorarmos e enfrenta-los. Mas o principal objetivo dessas DLCs é complementar o final do game base e dar uma “liga” entre ele e os eventos do primeiro Final Fantasy. Claro, a história fica mais intrigante e começa a envolver viagens no tempo e aberturas dimensionais e até trazendo alguns personagens que são vistos em outros games da franquia, além de dar uma certa conexão com o último game da série Dissidia: Final Fantasy.

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin
O problema desses complementos é que existe muita enrolação somente para estender o tempo de jogatina. Para se ter uma ideia, existe um boss, vindo de outros Final Fantasys, que teremos de enfrenta-lo pelo menos sete vezes para enfim ele não nos amolar mais. Isso deixa claro que a Tecmo Koei reciclou cenários, monstros e chefes apenas para justificar o tamanho das DLCs.
O lado positivo é que podemos entender um pouco melhor as motivações de Jack e seu bando e entender melhor, mesmo que não fazendo muito sentido, as motivações que cada um teve em enfrentar os guerreiros da luz no primeiro jogo da franquia.
Derrotando os inimigos online
E como não poderia faltar, temos aqui a nossa jogatina online! Sim, podemos jogar online com mais três pessoas e juntos podemos derrotar os inimigos e bosses das missões principais e secundárias.
Para jogar online é simples: Na tela de Mapa mundi, podemos escolher a opção de criar uma sala ou entrar em alguma já criada ou simplesmente esperar para ser invocado para o mundo de algum outro player e assim dar inicio a partida. Não é necessário de nenhum item especial, como os copos Kodaminhas em Nioh ou as estátuas de tigre em Wo Long para iniciarmos uma partida coop online. É só escolher a opção e pronto!
Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin Vale à Pena?
Pois bem, Stranger é um game interessante que traz uma história confusa de início, mas que toma forma e fica muito interessante em seus momentos finais. Mesmo que alguns digam que é um spin-off, é interessante ver como Jack e seus amigos acabam se tornando o que são no primeiro Final Fantasy, e por mais que o game tenha umas conotações Si-Fi que para mim não combinam em nada com o que vimos no primeiro game da série, o game consegue passar um ar de mistério e instiga o jogador a querer ver o final e entender toda essa zona que envolve os guerreiros da luz.
As DLCs conseguem estender um pouco a vontade de jogar o game, trazendo novos Jobs, missões, chefes e uma conexão mais coesa com o primeiro Final Fantasy, mesmo que certas coisas não façam muito sentido. A graça aqui é ver certos personagens advindos de outros Final Fantasys aparecendo aqui.

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin
Por mais que o game utilize Assets vindos diretamente de Nioh e um motor gráfico ultrapassado para os atuais consoles, Stranger consegue divertir o jogador com sua jogabilidade rápida e bem intuitiva, além de ter uma dificuldade mais branda e recompensadora do que a maioria dos soulslike que temos por aí. A atuação de voz japonesa é muito boa e como sempre a dublagem americana é… digamos… qualquer coisa, ninguém se importa mesmo!
Com várias missões secundárias e itens/passagens escondidas pelo jogo, Stranger of Paradise pode ser um bom game para se perder umas 30 horas buscando o 100% e conquistar a platina!