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Devil Inside Us: Roots of Evil | REVIEW

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Exorcize as forças malignas nesse jogo aterrorizante de narrativa forte.

  • Jogo: Devil Inside Us: Roots of Evil
  • Desenvolvedora: Mr. Skull Game Studio
  • Publicadora: QUByte Interactive
  • Lançamento: 25 de janeiro de 2024
  • Número de Jogadores: 1
  • Gênero: Terror
  • Plataformas: PS4, PS5, XONE, XSXS, NSW e PC
  • Site Oficial: –

Possessão Demoníaca

O protagonista do jogo é o padre Aughust Heylel, formado pelo Vaticano como exorcista, e dotado de fortes poderes mediúnicos. Famoso por seus dons, ele é chamado para exorcizar uma casa onde um crime terrível aconteceu. Chegando ao local, ele se depara com uma força demoníaca, e misteriosa. Ele consegue enfrentar o maligno, mas não consegue derrotá-lo definitivamente. Anos depois, a casa onde tudo aconteceu aparentemente estava livre de influências demoníacas. Porém, quando algo terrível acontece na mesma casa, o padre Aughust é chamado mais uma vez.

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Devil Inside Us: Roots of Evil é um jogo de terror do estilo psicológico, ambientado em primeira pessoa. Com um teor único de terror, o game aposta em sustos constantes e um clima tenso e obscuro para amedrontar o jogador. Sendo um jogo brasileiro, ele pode ser jogado totalmente em português (dublado e legendado) ou em inglês, caso prefira.

Guiado pela Fé

No decorrer do jogo, controlaremos um padre de 74 anos, então já sabe que combate físico não será o foco aqui. Nosso confronto será puramente espiritual. O padre Aughust possui uma cruz, que ele usa para exorcizar inimigos e expulsar demônios de objetos. Essa não será a única arma que teremos ao longo de todo o jogo, mas será a principal. Os combates se resumem, basicamente, a esquivar dos golpes dos inimigos e apontar a cruz na direção deles até que eles sejam derrotados.

Porém, a “Fé” do jogo é limitada. A Fé se recupera automaticamente, porém de forma muito lenta, tornando impossível esperar a fé se restabelecer naturalmente no meio de um combate intenso. Espalhados pela casa, encontrará diversos Rosários, itens limitados que recuperam a Fé instantaneamente. Armazenar e usar Rosários será crucial nas batalhas mais intensas, devido à limitação da Fé.

Além de Rosários, o jogador poderá obter kits médicos, para recuperar a vida de Aughust, e vitaminas que recuperam seu fôlego, permitindo que ele consiga correr por mais tempo. Acumular recursos é extremamente importante no jogo, pois os combates se tornarão mais numerosos e mais complicados conforme se avança no game. Vasculhe o local para encontrar o máximo de Rosários e Kits Médicos que conseguir, pois poderá sentir falta no futuro.

Exploração Limitada

Basicamente, a progressão do jogador é extremamente linear. Há pouco espaço para exploração, uma vez que o jogo possui movimentação limitada e espaços bem confinados. Inicialmente, a casa possui diversos cômodos trancados com chaves ou outros obstáculos, e cabe ao jogador encontrar as chaves e outros objetos conforme avança. Nada inédito, é bem característico de jogos do gênero. Cada cômodo pode ser explorado, abrindo gavetas, cômodas e armários, e geralmente a exploração é recompensada com itens curativos, rosários e até mesmo segredos colecionáveis. Também há textos diversos que podem ser lidos para acrescentar mais informações à trama do game.

Não é difícil saber para onde se tem que ir, mas pode ser bem confuso às vezes. Os cenários são demasiadamente escuros, e alguns itens podem acabar sendo obscurecidos pela escuridão. Pode-se ligar luzes no interior da casa, mas às vezes não é o suficiente para se conseguir enxergar com clareza. É claro que a escuridão faz parte da temática e do elemento de terror, mas não é bom quando acaba escondendo uma porta no jardim ou um item necessário para avançar no canto de uma estante. Basicamente, é preciso prestar bastante atenção em cada cômodo para não perder nada.

Combatendo o Maligno

Se você tem coração fraco, fique longe desse game! Seus sustos são bem feitos, e fazem bom uso dos efeitos sonoros. Criaturas horripilantes podem surgir a qualquer momento, e aprisionar você. Um bom reflexo será importante, mas saiba que às vezes a ideia é apenas dar um pequeno susto. E é bom que se acostume às muitas cenas macabras. Quando não estiver enfrentando inimigos ou correndo deles, haverá pequenas seções de plataforma também, no qual terá de desviar de objetos ou percorrer caminhos tentando não ser atingido por espinhos.

Como já foi dito, enfrentamos os inimigos do jogo usando a Fé, erguendo a cruz na direção do inimigo (até conseguirmos outra arma). Há poucos combates no jogo, mas geralmente ocorrem em momentos chave da trama. É como se fossem lutas contra chefe, mas que ficam mais comuns conforme se prossegue. Como a jogabilidade do jogo é meio truncada, semelhante a um jogo point and click, o combate fica bem engessado. Só podemos nos afastar dos inimigos enquanto erguemos a cruz em sua direção e esperamos o inimigo morrer. Com inimigos lentos, isso funciona muito bem, mas contra inimigos mais rápidos, parece quase impossível não tomar dano.

Ao ser golpeado, sangue começa a aparecer nas bordas da tela, mas não são um indicativo muito claro sobre a vida restante do personagem. O protagonista morre com ligeira facilidade, então é bom ter um bom estoque de itens medicinais e usá-los sempre que for atingido. Não será incomum ser pego desprevenido por um golpe e acabar morrendo. Para dificultar ainda mais as coisas, às vezes o checkpoint nos coloca um pouco distantes do momento do combate em si. Mas não é nada que não se acostume.

Problemas Persistentes

Devil Inside Us: Roots of Evil é um jogo independente de terror, e a sua atmosfera é muito bem feita. O jogo é bem curto, podendo ser terminado em pouco mais de uma hora, mas o tempo é muito bem aproveitado com bons momentos. Após fechar o jogo pela primeira vez, poderá rejogar e tentar encontrar todos os segredos para habilitar alguns Extras. O jogo tem tudo para ser um bom jogo de terror independente, no entanto, uma série de defeitos torna a experiência consideravelmente abaixo do que poderia ser. Explicarei os principais defeitos abaixo.

Minha primeira reclamação são os bugs. Na minha primeira jogatina, simplesmente não conseguia avançar pois não conseguia identificar para onde tinha que ir. Depois de perder um bom tempo procurando, resolvi reiniciar o jogo, e descobri que uma cena que deveria ter acontecido, para disponibilizar uma chave, simplesmente não aconteceu. É inadmissível perceber que não pude avançar por conta de um bug. Cenas importantes podem simplesmente deixar de acontecer, tornando o avanço impossível, e isso afetou tanto a versão para PC, já lançada, como a nova versão para consoles.

Quanto ao visual do jogo, ele não é feio, mas o senso de iluminação do jogo é estranho. O mesmo corredor parece claro e então incrivelmente escuro, dependendo do ângulo em que se olha, e isso atrapalha para localizar itens escondidos, e até mesmo portas escondidas. Isso incomoda pois nunca sabemos se estamos deixando de encontrar algo simplesmente por conta de haver um breu no canto da sala. Em um jogo semelhante a um point and click, ter o cenário escuro demais e sem a possibilidade de configurar o brilho, atrapalha demais a experiência. É uma pena ter esses problemas durante o jogo, pois ele tinha tudo para entregar uma experiência inesquecível.

Devil Inside Us: Roots of Evil – Vale a Pena?

Devil Inside Us: Roots of Evil é um jogo brasileiro de terror independente, como diversos no mercado, e infelizmente possui diversos problemas que podem afastar alguns jogadores. Trata-se de um jogo bem decente, que garante bons sustos e uma experiência única, mas precisa consertar alguns problemas para causar uma impressão melhor.

Devil Inside Us: Roots of Evil foi avaliado através de uma cópia gentilmente cedida pela QUByte Interactive – Agradecemos a cordialidade!

Confira também nossos outros reviews.

Devil Inside Us: Roots of Evil

Gráficos - 6
Jogabilidade - 7.5
Diversão - 7.5
Som - 8.5
Dificuldade - 7.5
Fator Replay - 8

7.5

Devil Inside Us: Roots of Evil é um jogo brasileiro de terror independente, como diversos no mercado, e infelizmente possui diversos problemas que podem afastar alguns jogadores. Trata-se de um jogo bem decente, que garante bons sustos e uma experiência única, mas precisa consertar alguns problemas para causar uma impressão melhor.

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João Paulo Solano Lopes Filho

Sou um fã de videogames desde que me conheço por gente, principalmente de RPGs. Tento convencer os meus pais e a mim mesmo que não sou um viciado (acho).

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