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Morkull Ragast’s Rage | REVIEW

Liberte-se e coloque seus planos mais maléficos em prática!

Bora falar de Morkull Ragast’s Rage, um game de plataforma que traz o melhor do gênero metroidvania e aventura com uma história inusitada e gráficos coloridos. Totalmente desenhado a mão, o jogo apresenta ao jogador características únicas e uma arte cheia de detalhes. Acompanhe a gente abaixo para descobrir mais sobre esse jogo cheio de estilo.

  • Jogo: Morkull Ragast’s Rage
  • Desenvolvedora: Disaster Games
  • Publicadora: Selecta Play
  • Lançamento: 6 de março de 2025
  • Número de Jogadores: 1
  • Gênero: Plataforma/Metroidvania
  • Plataformas: PlayStation, Steam, Switch, Xbox
  • Site Oficial: Disaster Games

Uma história onde o mal deve vencer

Se na maioria dos jogos, você é o protagonista, salvando todos do fim eminente, libertando reinos assolados pelas trevas ou somente sobrevivendo contra todos os prognósticos, em Morkull Ragast’s Rage faremos o oposto. Nessa aventura, estaremos no controle de Morkull, o vilão da história, que sabe que é um personagem de videogame, a existência de um jogador que o controla (ou seja, você) e de alguns desenvolvedores que o criaram (ou seja, a desenvolvedora).

Diante desse plot, você deve estar pensando: Qual nosso objetivo? Você deve fazer o possível para ajudar Morkull a escapar do Ragast para que ele possa governar e realizar seus planos malignos ao redor do mundo. A história é genérica, mas dessa vez, você está do outro lado.

Morkull Ragast’s Rage tem essa narrativa diferentona, e, além disso, aposta no humor para cativar o jogador, o game é cheio de momentos divertidos e direciona o jogador para que ele não perca nenhum desses momentos. O game não esconde sua inspiração em outros jogos do estilo, e dobra a aposta, com um humor quase que forçado, não é de todo ruim, mas em alguns momentos, a sutileza cairia melhor que a forçação.

Os diálogos do jogo, em muitos pontos, são bem interessantes e divertidos, e só destoam quando o game fica forçando a barra, lembrando você de algo divertidamente. Os balões de diálogo também foram muito bem implementados, combinando perfeitamente com a arte do jogo, deixando o game com cara de HQ. Com foco no diálogo, o jogador que for mais atento, verá alguns erros durante essas conversas, nada que comprometa o jogo em si, mas exige uma certa ajuda do jogador para uma compreensão exata.

Explorando entre o “Souls” e o “Vania”

Como acontece na maioria dos jogos do gênero metroidvania, espere por uma certa dificuldade, principalmente por agregar outros elementos soulslike, esse último, em menor proporção, devo dizer. Ainda que exista um tutorial que ajuda o jogador a se integrar a maioria dos elementos do jogo, tenha em mente que a curva de dificuldade é elevada. Após algumas horas de jogo, a dificuldade fica mais estabilizada, mas até isso acontecer, os jogadores mais casuais já podem ter deixado o jogo.

Quando falamos de elementos souls, o que fica mais evidente é o parry. Aparar os golpes inimigos contempla o jogador com uma boa quantidade de dano, sendo a peça chave para prosseguir no jogo e conseguir ainda mais diversão. Entretanto, como o combate depende disso para ser mais justo, o jogador que não conseguir se adaptar, terá que compensar isso com outras habilidades, e não será fácil.

Outro aspecto punitivo do jogo é a morte, e se você é um jogador que não gosta de perder, morrer com frequência pode significar o abandono total de Morkull Ragast’s Rage. Durante os combates, qualquer desatenção pode significar tomar um dano massivo, resultando na morte, que além de punir o jogador pelo fato em si, ainda carrega boa quantidade de almas, que servem para melhorar e comprar coisas no jogo, o típico sistema implantado nesse tipo de gênero.

A dificuldade também está relacionada mais a quantidade de inimigos que complexidade de combate. Conforme avançamos no jogo, maiores quantidades de inimigos vão aparecendo, mas poucas vezes teremos de implantar alguma estratégia ao combate. Esse sistema de combate, aliado com uma dificuldade elevada, pode afastar os jogadores menos dedicados.

É quando estamos envolvidos nos elementos de jogos de plataforma que Morkull Ragast’s Rage se destaca. Com gráficos coloridos e diversos recursos, quando começamos a pular e usar alguma habilidades, em conjunto com o ar cômico do jogo, a diversão aparece. Desviar das armadilhas do jogo enquanto progredimos, revela um level design bem pensado. A jogabilidade não é perfeita, mas segura a onda, principalmente quando progredimos após algum desafio. Não é que seja mais fácil avançar pelos desafios das fases, mas é bem mais divertido que enfrentar muitos dos combates do jogo.

Tenho de mencionar como a desenvolvedora tratou de alguns elementos técnicos do jogo, como a funcionalidade do menu e a praticidade do mapa. Quando falamos de um game metroidvania, o mapa é parte providencial para o desenvolvimento do jogo, e se em jogos com mapas muito bem elaborados as coisas já podem ser complicadas, imagine um mapa que não faz jus a complexidade do jogo. Podemos imaginar que a dificuldade em usar o mapa adequadamente seja algo proposital para impor uma certa dificuldade ao jogo, mas ficar perdido por muito tempo, somente irrita o jogador e coloca a sensação de frustração evidente demais. Você pensará duas vezes se vale mesmo a pena passar algum tempo procurando uma mera saída.

Aqueles gráficos…

Graficamente falando, ainda que seja muito bem definido, eles não impressionam e passam a sensação de dever de casa cumprido, sem qualquer tentativa de criar algo novo. Desenhado totalmente a mão, não há o que dizer da direção de arte, com traços bem definidos e personagens detalhados, deixando claro que a escolha gráfica, não foi por limitação dos artistas, mas sim uma direção pré-definida com base em outros jogos de sucesso do gênero.

Com o jogo sendo animado quadro a quadro, combinado com os desenhos manuais, o jogo tem uma fluidez leve, propiciando a sensação de uma jogabilidade intuitiva e rápida. As cores usadas traduzem bem a proposta do jogo, usando bem temas vistos em quadrinhos, mais uma influência dos traços usados. Conforme você avança no jogo, tanto as locações quanto os personagens vão se tornando mais complexos, em animação e detalhes, mas novamente, o jogo esbarra no comodismo.

Ainda que você passe por todo o jogo, a sensação que temos é que estamos sempre próximos de onde começamos a aventura. O senso de progressão gráfico não é bom, e a impressão que temos é que o game se divide em dois: na caverna e fora da caverna. Conforme você se dedica mais ao jogo, percebe que a maioria da energia dos desenvolvedores foi dedicado a parte artística e todo resto foi encaixado nessa perspectiva, deixando o game com lacunas impossíveis de não serem vistas.

Morkull Ragast’s Rage — Vale a pena

Muitos jogadores procuram por jogos inovadores que tragam uma nova maneira de interagir com antigas formas de jogar. Morkull Ragast’s Rage é um jogo que aposta em tudo que já conhecemos, e entrega tudo que o jogador precisa para se divertir, mas sem inovar. Como um título de estreia da desenvolvedora Disaster Games, podemos dizer que a Dev começou com o pé direito. Enquanto temos um jogo bonito e com uma direção de arte inspirada, temos um level design repetitivo, e se o combate é divertido com uma dificuldade desafiadora, alguns aspectos técnicos impedem uma progressão mais fluída.

Se você é um fã dedicado do gênero metroidvania, terá todos os elementos que fizeram você se aproximar do gênero. Para os jogadores casuais, a diversão não é tão evidente, tentando fisgar o jogador com um humos escrachado e gráficos chamativos. Existe diversão para ambos, mas no segundo caso, exige algum esforço.

Morkull Ragast’s Rage foi avaliado mediante uma cópia de revisão gratuita fornecida pela Keymailer.

Morkull Ragast's Rage | REVIEW

Gráficos - 7
Jogabilidade - 6.5
Diversão - 6.5
Som - 6.5
Dificuldade - 7.5
Fator Replay - 6.5

6.8

Bom

O gênero de plataforma metroidvania está cheio de excelentes representantes e Morkull Ragast's Rage chegar para fazer parte desse grupo. O jogo da Disaster Games aposta em bons gráficos e uma direção de arte inspirada para cativar o jogador. Entretanto, alguns aspectos técnicos e deixam o jogo confuso e difícil.

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Marcelo Souza

Apaixonado por jogos e consoles desde 1990. Quando não esta escrevendo em algum site de games, esta jogando ou ensinando o Felipe a jogar.

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