Um RPG de ação desenvolvido pela TOSE e publicado pela Square Enix, Crisis Core -Final Fantasy VII- Reunion é uma linda remasterização do clássico jogo de PSP. Venha conferir nossa analise do jogo e suas melhorias!
- Jogo: Crisis Core -Final Fantasy VII- Reunion
- Desenvolvedora: TOSE, Square Enix
- Publicadora: Square Enix
- Lançamento: 13 de Dezembro de 2022
- Número de Jogadores: 01
- Gênero: RPG de Ação
- Plataformas: Nintendo Switch, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X/S, Xbox One, Microsoft Windows (Steam).
- Site Oficial: Aqui
Remasterizado
Crisis Core -Final Fantasy VII- Reunion é uma versão remasterizada do jogo original que foi lançado para PSP. Os gráficos do jogo foram atualizados, com novos modelos de personagens e melhorias em texturas, iluminação e sombras. Foi um trabalho feito com carinho, mantendo tudo fiel ao original, mas melhorado ao mesmo tempo.
O novo visual é muito bem trabalhado, mal passando a sensação de que originalmente era um jogo de 2007 para videogame portátil. As batalhas são mais empolgantes, as cutscenes chamam mais atenção, as melhorias de resolução e quadros por segundo também são muito bem vindas.
Um dos maiores destaques da remasterização são os diálogos, todos eles foram dublados em inglês e japônes, seja em cenas, ou conversa simples com NPCs. É uma adição muito bem-vinda, trás mais vida para todo o jogo.
A interface foi retrabalhada, com um design mais moderno e limpo, especialmente no combate, este que também foi aprimorado, fazendo uso de mais botões e gameplay mais fluído.
A trilha sonora também foi modernizada e há novos arranjos feitos pelo compositor original, o que é mais uma demonstração de capricho para agrado dos fãs do game.
Gameplay
A história é sobre Zack, membro da tropa SOLDIER, que são soldados de elite da empresa de energia Shinra. Zack adora ser um soldado e sua busca é ser um soldado de classe um, os melhores entre os melhores. A história começa a se desenvolver quando um dos soldados classe um se deserta da empresa, levando vários outros soldados consigo mesmo, deixando o mistério sobre o que está acontecendo.
Você irá progredir na campanha fazendo missões principais,que desenvolvem a história do jogo com diálogos e cut-scenes. Estas missões te enviam para uma fase linear, com combates a cada esquina, baús para encontrar, e objetos para interagir.
Entre as missões, você pode explorar alguns setores da cidade de Midgar, conversar com NPCs e conseguir missões secundárias com eles. Estas podem ser feitas a qualquer momento quando estiver em um ponto de Save, que fornecem recompensas interessantes como novas habilidades e itens úteis. Assim se mantém o loop de gamplay entre missões, explorar a cidade, e missões secundárias.
Combate
O combate do jogo é simples e satisfatório ao mesmo tempo. Enquanto explora uma missão, acontecem encontro com inimigos e se inicia o modo de combate. Você pode atacar, esquivar, defender, e usar até quatro magias ou habilidades que foram equipadas. Inimigos podem ter fraquezas contra certos elementos, e cada missão tem uma descrição sobre o que está acontecendo, conforme você se acostuma com os tipos de cenários e inimigos, você consegue equipar as habilidades e magias ideias para a missão que irá efetuar e tirar proveito das fraquezas, dando uma sensação bastante recompensadora.
Todavia, um aspecto único do combate é o DMZ (Digital Mind Wave), é uma “roleta da sorte” que está constantemente rolando no canto da tela. Dependendo do resultado de numero e do resultado de imagem da roleta, algum efeito diferente acontece na batalha, de coisas simples como uma pequena cura, a efeitos maiores como mana infinita e invocações. Você adquire mais imagens de personagens para a roleta ao avançar no jogo, e conforme você desenvolve o relacionamento do Zack com estes personagens, as habilidades que eles trazem na roleta fica cada vez melhor.
Sistema de Sorte
A princípio, o DMZ é um sistema estranho, totalmente automatico, e depende da sorte no meio do combate. Você pode estar enfrentando um Boss dificil, e conseguir um resultado no DMZ que lhe garante invencibilidade, tornando a vitória mais fácil. Mas também, ao enfrentar o mesmo boss de novo, você pode não ter resultados bons na roleta e ter uma batalha mais trabalhosa. Por causa disto, não existir nenhum controle sobre como o DMZ vai funcionar (como chance maior de certos efeitos aparecem), os combates passam uma sensação de “bom, o que aconteceu, aconteceu, dei sorte”.
Em contraste com o DMZ, as habilidades são bastante customizáveis através das Materias, que são energias condensadas em pequenas esferas magicas, que permitem o usuário manipular a natureza, podendo fazer magia e ações além da capacidade humana. Materias podem ser adquiridas completando missões ou encontrando em baús, e Zack pode equipar até quatro delas.
Ao progredir no jogo, eventualmente você poderá fundir Materias para criar uma mais poderosa com atributos diferentes. Com este sistema, você pode focar num atributo e construir uma build nisso. É possível usar uma matéria de gelo, de fogo, de cura, e colocar um status de mais defesa em todas elas, e se manter mais resistentes a ataques físicos, que pode a ser útil em combate contra inimigos não mágicos. O sistema de fusão de matérias é bem interessante, e incentiva experimentar novas ideias e repetir missões.
Ainda assim, a evolução das Materias e do próprio Zack acontece pelo sistema aleatório do DMZ. Durante um combate, se a sequência certa de numeros aparecer, suas Materias serão fortalecidas, ou Zack irá passar de nível. Parece ser um sistema forçado para aumentar a longevidade do jogo, tentando incentivar o grinding de missões para fortalecer as habilidades.
Jogo Portátil
O Crisis Core original foi lançado para PSP, e jogando o remaster, fica mais evidente como o design do jogo foi pensado para a natureza do console portátil que é de jogatinas mais rápidas. Tudo no Crisis Core acontece rapidamente. Combates são curtos, missões são curtas, preparação do protagonista é simples, é tudo muito prático. A ideia de puxar o portátil para “jogar uma missão rapidinho” funcionava bem em Crisis Core, o jogo induz a isto com a grande quantidade de missões secundarias, muitas vezes genéricas, que você pode faze-las a qualquer momento em um ponto de Save, mesmo se for no meio de uma missão principal.
Em Crisis Core Reunion, por ter sido lançado em consoles domésticos, muitas vezes dedicamos um tempo mais longo para jogar, e as missões e atividades do jogo podem se tornar repetitivas e entediantes com certa facilidade. Por causa disto, o jogo funciona melhor em sessões curtas durante o dia, também funciona especialmente bem na versão de Nintendo Switch, onde a natureza portátil funciona da mesma forma.
Crisis Core -Final Fantasy VII- Reunion – Vale a Pena?
Crisis Core -Final Fantasy VII- Reunion é uma linda remasterização de um clássico, feita com capricho para agradar fãs antigos e atrair novos. O gameplay do jogo resistiu ao teste do tempo, sendo fluído e agradável mesmo nos consoles de hoje, embora seu game design pensado em videogames portáteis possa ser cansativo as vezes.
Confira também nossos outros reviews.
Crisis Core -Final Fantasy VII- Reunion
Gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 7
Som - 7.5
Dificuldade - 7.5
Longevidade - 7
7.5
Muito Bom
Crisis Core -Final Fantasy VII- Reunion é uma linda remasterização de um clássico, feita com capricho para agradar fãs antigos e atrair novos. O gameplay do jogo resistiu ao teste do tempo, sendo fluído e agradável mesmo nos consoles de hoje, embora seu game design pensado em videogames portáteis possa ser cansativo as vezes.