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The Legend of Heroes: Trails into Reverie | REVIEW

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O 11º jogo da saga Trails dentro da franquia The Legend of Heroes celebra o fim de um arco muito bem-sucedido. Trails into Reverie é uma homenagem, uma celebração da franquia e de seus personagens icônicos, sendo indispensável para os fãs desse conhecido JRPG.

  • Jogo: The Legend of Heroes: Trails into Reverie
  • Desenvolvedora: Nihon Falcom
  • Publicadora: NIS America
  • Lançamento: 07 de julho de 2023
  • Número de Jogadores: 1
  • Gênero: JRPG
  • Plataformas: PS4, PS5 e Switch
  • Site Oficial: Aqui

Uma das Maiores Sagas dos Games

Precisamos começar a review já avisando que The Legend of Heroes é, atualmente, uma das maiores sagas contínuas em atividade no mundo dos RPGs e até dos games em geral. Eu me refiro a sagas com a mesma história sequencial, diferente de franquias como Dragon Quest ou Final Fantasy. O primeiro jogo da franquia foi lançado lá em 1989 (tem a mesma idade que eu), mas foi a partir de Trails in the Sky (jogo de 2004) que saga Trails começou. E foi a partir daí que a série começou a ganhar um público maior no Japão, a ponto de se tornar quase uma novela com lançamento anual. Já são 11 jogos diferentes da saga Trails, da série principal, em 19 anos. A série possui uma história que funciona em sequência, e os mesmos personagens populares da série reaparecem desde Trails in the Sky até hoje!

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Vale mencionar que, devido ao atraso da localização dos jogos para a língua inglesa, há uma certa defasagem na franquia, que é praticamente de lançamento anual. Trails into Reverie foi lançado em 2020 no Japão, e está chegando só agora ao Ocidente. Nesse meio tempo, outros dois jogos já foram lançados lá no Japão: Kuro no Kiseki e o Kuro no Kiseki II: Crimson Sin. Com a franquia cada vez mais popular por aqui, certamente esses jogos ainda chegarão em breve ao Ocidente, então podemos esperar para ver mais histórias com esses amados personagens ao longo de vários anos ainda!

Trails into Reverie é uma homenagem para a franquia, e irá recompensar os fãs de longa data, oferecendo itens bônus se o jogador tiver um save de Trails from Zero, Trails from Azure, Trails of Cold Steel 3 ou Trails of Cold Steel 4. Se você for um fã do jogo e tiver saves dos outros jogos da franquia, vale a pena resgatar os bônus exclusivos, que vão de itens e quartz extras até mesmo a cenas e diálogos exclusivos, que vão depender dos relacionamentos efetuados nos jogos anteriores.

Um Reencontro Épico

O que esperar de uma franquia lendária que já possui 11 jogos e décadas de existência? Com tantos personagens carismáticos e inesquecíveis ao longo da franquia, não poderíamos nos contentar com menos do que um super encontro, não é mesmo? Então o fã da série que esperava por isso já vai se emocionar logo nos primeiros minutos de jogo. Vários personagens de diferentes arcos da história reaparecem em Trails of Reverie na nobre missão de salvar Crossbell da opressão. É uma festa da nostalgia, quase como Metal Gear Solid 4 ou Resident Evil 6, salvo as devidas proporções. De tudo um pouco, tudo junto e misturado, só para dar um gostinho aos fãs.

Se você não jogou os jogos anteriores, há um modo de recapitulação que relembra os momentos mais importantes da saga até aqui. Mas não lhe garanto que servirá como substituto, porque muita coisa não é dita, ou é explicada de forma muito vaga, principalmente no que se refere ao passado de alguns personagens. Então sim, o jogo foi pensado primariamente para os fãs da saga, sendo pouco amigável com recém-chegados. Através do sumário, dá para se ter uma ideia geral dos acontecimentos, mas se não tiver jogado os jogos anteriores, irá perder muita coisa.

O jogo bate forte na nostalgia a todo momento. Como um dos pilares da franquia é o modo como a cidade de Crossbell parece “viva”, com todos os seus residentes sendo velhos conhecidos há gerações, cada um com suas histórias e eventos memoráveis, tudo adquire um valor maior se o jogador tiver conhecido os jogos anteriores. Passear pela cidade e conversar com as pessoas irá render conversas e memórias únicas, que só farão sentido real se o jogador tiver vivenciado a história dos jogos anteriores. Nada foi esquecido, e cada cantinho de nossa querida Crossbell está lá com suas memórias para serem revisitadas, assim como Ymir e vários outros reinos.

Combate Tático por Turnos

As mecânicas de combate seguem as mesmas dos jogos anteriores, então, se você já jogou outros jogos da franquia, sabe como lutar. Cada personagem possui ataques físicos, Arts (magias que são equipáveis por meio de orbes, ou seja, customizáveis) e Crafts (habilidades especiais que são individuais de cada personagem conforme ele evolui). Os inimigos possuem fraquezas específicas a certos tipos de ataques ou elementos. Há quatro tipos de ataques físicos (slash, thrust, pierce) e quatro elementos (vento, água, fogo e terra) no jogo. Os inimigos possuem ainda uma barra de Break, que caso seja quebrada com ataques específicos, deixa os inimigos vulneráveis e imóveis por um turno.

Além disso, tem Link Attacks, S-Crafts, Brave Orders, United Fronts e várias outras habilidades especiais que tornam seus personagens cada vez mais fortes e poderosos. Isso torna o sistema razoavelmente confuso no início, para quem não está acostumado com tantos indicadores ao mesmo tempo (HP, EP, CP, BP, Charge Meter), mas basta jogar o tutorial para entender basicamente como tudo funciona. O jogo possui um sistema de ajuda interno que explica detalhadamente cada função interna, então não há desculpas para não aprender.

É realmente tanta coisa que às vezes fica fácil se esquecer que tem uma certa habilidade que você mal está usando. Como alguns medidores restauram rapidamente, não é necessário “guardar” poderes especiais para algum chefão, até mesmo porque há itens que recuperam os personagens. Pode usar com relativa vontade os poderes especiais dos personagens, e ver o show de fogos e luzes que é cada ataque especial de RPG estilo anime.

Ah, e só queira mencionar que o jogo possui ainda 15 status negativos possíveis (anota aí: Poison, Seal, Mute, Blind, Sleep, Nightmare, Burn, Freeze, Petrify, Faint, Confuse, Charm, Deathblow, Delay e Vanish). Tem mais um monte de outros status negativos ocasionais e buffs, do tipo que fica complicado guardar tudo, mas permite ao jogador criar estratégias específicas para cada tipo de inimigo. Costuma funcionar muito bem contra alguns chefes, por exemplo. É por isso que analisar as fraquezas de um oponente ajuda bastante, pois assim podemos descobrir que ele é fraco contra dano físico Thrust, elemento fogo e status Sleep, por exemplo, nos permitindo customizar nossos personagens para derrotá-lo mais facilmente.

Vencendo as batalhas, irá ganhar Mira, a moeda comum do jogo, experiência, Sepith, que são cristais necessários para criar ou evoluir quartz, que são os orbes mágicos que concedem poderes e habilidades aos personagens. Há um sistema de pontuação que premia o jogador por vencer a batalha com efeitos adicionais, como vencer sem tomar dano, causar dano muito superior ao suficiente, entre outros.

Dungeons Sempre Lineares

Trails into Reverie segue com seu modelo de dungeons lineares, já tradicionais da franquia. Os personagens seguem por corredores no qual os inimigos aparecem previamente, e podem ser evitados, ou atacados pelas costas para obter vantagem na luta. Em cada dungeon, encontrará alguns quebra-cabeças simples que geralmente envolvem acionar alavancas para abrir passagem. Há vários caminhos alternativos dentro da dungeon que levam para baús secretos contendo itens superiores ou equipamentos novos, gratificando o jogador que resolver explorar além do caminho básico que leva ao chefão da dungeon.

Como não é possível retornar a uma dungeon previamente visitada, é preciso explorá-la ao máximo enquanto puder. Analisar os inimigos para preencher um catálogo mais uma vez faz parte dos requisitos para a platina do jogo, se estiver interessado. Coletar todos os baús também será necessário, como já é tradicional da franquia, então certifique-se de não ter deixado nada para trás quando chegar ao final da dungeon.

Uma novidade do jogo é o True Reverie Corridor, um novo tipo de dungeon com layout e inimigos gerados aleatoriamente, que oferecem sempre um desafio diferente. Esse modo de jogo adicional fica disponível no mapa do jogo, e pode ser acessado em diversos momentos, para melhorar o nível dos personagens e também para recrutar novos personagens entre os vários personagens clássicos da franquia.

Dia-a-Dia de um Herói Adolescente

Mas a rotina de nossos amados personagens não se resume apenas a enfrentar perigos e salvar o mundo. Eles possuem vida social também, e no caso de Trails into Reverie, isso é muito incentivado. Entre uma missão e outra, há sempre um momento de paz, onde podemos andar pela cidade, conversar com as pessoas, realizar missões paralelas, avançar romances ou apenas jogar minigames. Mas esses momentos também são importantes para aprimorar o equipamento, desenvolver e aprimorar os Quartz e deixar nossos personagens o mais fortes possível para a próxima jornada.

Não temos mais a rotina estudantil, pois nossos personagens da Class VII já se formaram e constituíram suas historias pessoas, empregos e famílias, mas é sempre bom ter a liberdade de andar pelo mundo e rever tantos personagens carismáticos. É nesses momentos de descontração que a magia acontece, e podemos aprofundar os laços com os nossos personagens preferidos em cenas únicas e sidequests que dão fim a seus arcos individuais. Fãs da série vão adorar algumas novas cenas, momentos e relacionamentos.

Há uma grande quantidade de minigames presentes em Trails into Reverie. Para quem gostava dos minigames de jogos anteriores, como o jogo de cartas Vantage Masters, ou o jogo de quebra-cabeça semelhante a Dr. Mario, Pom Pom Party, eles estão de volta. Além disso, há vários novos minigames, como o minigame de tiro, Magical Alisa’s Love Shot, o jogo de perguntas e respostas, Who Wants to Be a Mirannaire, um modo de combate de mechas, Project Tyrfing, e vários minigames da praia, como partir melancias ou se equilibrar em boias na água. Não falta diversão inusitada entre uma missão e outra.

Desafiador Conforme sua Vontade

O jogo já começa com seis opções de dificuldade: Very Easy, Easy, Normal, Hard, Nightmare e Abyss. Não há motivos para se reclamar da dificuldade do jogo, já que ela pode ser ajustada perfeitamente ao gosto do freguês. O jogo possui um balanceio de dificuldade excelente na dificuldade Normal, na minha opinião. Nem muito fácil e nem muito difícil. Inimigos comuns morrem com poucos golpes, mas encontrará diversos inimigos especiais nas dungeons que certamente darão trabalho. Se não tomar cuidado, eles podem matar rapidamente seu grupo, então certifique-se de usar todas as principais armas que tiver em seu alcance. Quando chegar aos chefes da dungeon, então, todo o cuidado é pouco. Vale a pena preparar uma boa estratégia e customizar seu grupo para o máximo de eficácia. Caso queira um passeio no parque, coloque no Very Easy e curta a história dizimando inimigos rapidamente (e nem precisará fazer uso constante de habilidades especiais). Agora, se quiser um desafio digno de RPGs japoneses, as dificuldades maiores tornarão até mesmo batalhas curtas contra inimigos comuns um bom desafio, exigindo destreza, preparo e estratégia para conseguir vencer.

O jogo não apresenta um combate voltado para o tático à toa. Como eu afirmei acima, nas dificuldades inferiores não será preciso raciocinar muito nos combates, pois com golpes comuns e alguns especiais já será possível derrotar a maioria dos inimigos e chefes. Porém, do Normal para cima, alguns inimigos podem se mostrar bem desafiadores. O jogo sempre irá avisar quando estiver se aproximando de um inimigo de alta periculosidade, de modo que pode se preparar para o que está por vir.

Os inimigos mais complicados do jogo são os que atacam em área, danificando vários personagens de uma vez. Isso faz com que você precise “espalhar” os personagens pela arena, de modo a não receber tanto dano de uma só vez. Alguns inimigos também causam perigosos status negativos, impedindo seu personagem de realizar ataques especiais ou Arts. Outros inimigos também podem se curar constantemente, ou pedir ajuda de aliados no decorrer da batalha. O jogo não é exatamente fácil, eu morri diversas vezes quando joguei no Normal, ao ser surpreendido por inimigos que se mostraram mais complicados do que eu previ. E outras várias vezes eu tive de “apelar” e usar ataques especiais contra inimigos comuns para me safar de uma situação desfavorável. Não espere um passeio no parque, leia muito bem os atributos de cada inimigo e leve a série cada oponente, a menos que esteja jogando nas dificuldades inferiores.

Três Histórias em Um Jogo

A grande novidade da franquia desse game em diante é o Trails to Walk. Esse sistema permite ao jogador alternar, sempre que quiser, entre diferentes seções da história, para ver os acontecimentos sob perspectivas diferentes. Como há cerca de 50 personagens jogáveis, não dá para esperar que todos fiquem juntos no mesmo grupo, não é mesmo? Então, o game subdividiu a história em dois arcos iniciais completamente distintos: a Rota de Lloyd Bannings, protagonista de Trails from Zero e Trails to Azure, e a Rota de Rean Schwarzer, protagonista de Trails of Cold Steel 1 a 4.

Cada arco se passa em uma localidade diferente e um grupo de pessoas diferente. Lloyd, Elie, Tio, Randy, Noel, Wazy e Rixia exploram Crossbell e os acontecimentos que envolvem a nova independência da cidade-estado, enquanto Rean, Juna, Kurt, Altina, Musse e Ash foram para Ymir, terra-natal de Rean, para relaxarem um pouco, e acabam envolvidos em uma extensa trama de vingança e traição. Há ainda um terceiro arco, liderado pelo misterioso espadachim conhecido apenas como C. C irá acompanhar uma série de novatos na história que chegam para acrescentar ainda mais nomes na nossa listinha de personagens.

As histórias dos arcos podem ser alternados a qualquer momento, em poucos segundos. Quando se cansar de jogar com Lloyd e seus amigos, basta abrir o menu e alternar para jogar com o Rean e seus amigos. Depois, quando quiser voltar a jogar com Lloyd, ele estará no mesmo local onde salvou o jogo pela última vez, só esperando para continuar as suas aventuras. É como se fossem três histórias em um só jogo! Haverá momentos em que será obrigatório a troca para outra rota para que possa avançar na história principal das outras rotas, pois as três rotas estão interligadas por acontecimentos mútuos.

Inovação e Fan-Service

Agora, vamos falar sobre o legado da franquia. Como a produtora tem mantido uma sequência impressionante de jogos da franquia, com lançamentos anuais ou bianuais, fica a dúvida se o game consegue se destacar dos demais. A resposta é: talvez. É claro que Trails into Reverie busca servir como um fechamento para a história, dando fim a um arco importante para dar início a um novo, e sendo assim, nada há que se mencionar quanto à história. O foco da saga é a envolvente história, a ligação entre os carismáticos personagens e o intrincado sistema de combate. Nesses pontos, Trails into Reverie está tão bom quanto em toda a saga.

A grande inovação do jogo está nos seus combates com mechas, as dungeons geradas de forma aleatória (Reveria Corridor), e no modo de contar a história dividida em três grandes arcos. Porém, não dá para esperar grandes alterações técnicas quando se trata de jogos com desenvolvimento tão curto. A engine utilizada é a PhyreEngine, a mesma que é utilizada desde Trails of Cold Steel, jogo de 2013. Já são 10 anos usando a mesma engine, então o visual do jogo permaneceu praticamente inalterado desde então. Os visuais, os modelos dos personagens, os sprites e os efeitos, são praticamente os mesmos há vários jogos, sem grandes alterações. Não são ruins, mas não espere uma evolução nesse quesito.

As músicas e as vozes emblemáticas dos personagens continuam as mesmas, e poderá escolher entre a dublagem em inglês ou em japonês. O jogo está em inglês, como é esperado de um JRPG, e nem espere por uma tradução para o português. Como o jogo possui muito diálogo e muito, mas muito texto mesmo, isso é um baita impeditivo caso não domine a língua inglesa.

Quanto às famosas cenas de interação entre os personagens, elas estão de volta e maiores do que nunca. Um jogo tão recheado de beldades não poderia deixar de fora diversas cenas de romance, de paquera ou mesmo aquelas conversas interessantes entre personagens, que aprofundam seus dilemas internos e envolvem o jogador em seus enredos particulares. O jogo também conta com diversas cenas de fan-service que certamente agradarão os fãs da franquia. Pode esperar também por pacotes exclusivos, vendidos separadamente, contendo roupas e customizações extras para os personagens, como já é tradicional da franquia. Há bastante espaço para customizar os trajes ou o cabelo dos personagens, sendo que diversas peças de vestimenta estão presentes no game, e muitas outras virão em forma de DLC, pagas ou gratuitas. Como já é padrão da série.

The Legend of Heroes: Trails into Reverie – Vale a Pena?

O 11º game da franquia The Legend of Heroes: Trails into Reverie traz a aguardada continuação da saga com o mesmo critério de qualidade já estabelecido em diversos jogos. Sem mudar sua fórmula básica, mas com interessantes adições e o esperado fan-service que tanto agrada aos fãs de longa data, não tem como não recomendar esse grande jogo para todos os apaixonados por RPGs. Se for fã da franquia, então, é compra certa.

A NIS America cordialmente nos enviou o jogo The Legend of Heroes: Trails into Reverie para análise. Agradecemos a cordialidade.

Confira também nossos outros reviews.

The Legend of Heroes: Trails into Reverie

Gráficos - 8
Jogabilidade - 9.5
Diversão - 10
Som - 10
Dificuldade - 10
Fator Replay - 10

9.6

O 11º game da franquia The Legend of Heroes: Trails into Reverie traz a aguardada continuação da saga com o mesmo critério de qualidade já estabelecido em diversos jogos. Sem mudar sua fórmula básica, mas com interessantes adições e o esperado fan-service que tanto agrada aos fãs de longa data, não tem como não recomendar esse grande jogo para todos os apaixonados por RPGs. Se for fã da franquia, então, é compra certa.

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João Paulo Solano Lopes Filho

Sou um fã de videogames desde que me conheço por gente, principalmente de RPGs. Tento convencer os meus pais e a mim mesmo que não sou um viciado (acho).

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