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Baldo: The Guardian Owls | REVIEW

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A desenvolvedora italiana NAPS Team vem desenvolvendo games de diferentes estilos desde 1993. Sempre com um novo desafio em mente, a nova tentativa de empresa é o jogo de RPG de ação inspirado na franquia Zelda, da Nintendo, e com gráficos animados ao estilo dos estúdios Ghibli. Venha conhecer e se apaixonar por Baldo: The Guardian Owls.

Baldo: The Guardian Owls - Cover
  • Jogo: Baldo: The Guardian Owls
  • Desenvolvedora: NAPS Team
  • Publicadora: NAPS Team
  • Lançamento: 26 de agosto de 2021
  • Número de Jogadores: Single-Player
  • Gênero: Action-RPG
  • Plataformas: PS4, XONE, SW, PC
  • Site Oficial: Aqui

Baldo é um jogo de aventura, inspirado nos principais jogos de aventura do mercado. O mundo é imenso e repleto de mistérios e perigos, e cabe ao jovem Baldo desbravar o mundo adquirindo novas ferramentas e aprendendo mais sobre as lendas e profecias. Um misto de RPG com aventura, o jogo conta com grandes cenários e todo o sentimento de aventura épica que você pode esperar.

Um Jovem Aventureiro de Coração Puro

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Baldo é um jogo de aventura, inspirado nos principais jogos de aventura do mercado. O mundo é imenso e repleto de mistérios e perigos, e cabe ao jovem Baldo desbravar o mundo adquirindo novas ferramentas e aprendendo mais sobre as lendas e profecias. Controlamos o jovem Baldo, um guerreiro mirim que resolve ir atrás de uma lenda antiga passada pelo avô dele ao lado de sua amiga Luna. Conforme Baldo consegue resolver um mistério, ele recebe uma chave para outro mistério, para outras lendas, e então resolve viajar pelo mundo atrás de todas as lendas que puder encontrar.

Quando finalmente consegue sair do vilarejo natal, Baldo tem um vasto mundo para explorar. O caminho é basicamente linear quanto aos objetivos, já que sempre encontrará algo que para o seu avanço até que possa continuar, mas há muitas atividades paralelas que pode executar por onde passa. Baldo decide ajudar todos que encontra pelo caminho, em uma série de missões secundárias que rendem prêmios e novas ferramentas.

Apesar do aspecto independente do jogo, sua grandiosidade merece destaque. Trata-se de um RPG com investimento considerável. Muitos locais para explorar, várias dungeons com múltiplas salas, boa variedade de cenários personagens e inimigos. Claro que fica abaixo dos jogos de orçamento majestoso, mas ainda fica um passo à frente da maioria dos RPGs de estúdios independentes. É um jogo de mais de 20 horas de duração, com um mapa gigantesco e que vale a pena ser explorado.

Jogando um Desenho Animado

O mundo colorido e carismático de Baldo chama a atenção pela sua beleza. Apesar de faltar um pouco de refino em alguns personagens, que ficaram com animações esquisitas, no geral as animações são belas e os cenários são deslumbrantes graças ao excelente trabalho artístico do jogo. O visual de desenho animado lembra muito o estilo do Estúdio Ghibli, e é um grande chamariz para o jogo.

Só não pense que, por ver tudo muito colorido e brilhante, trata-se de um jogo infantil com uma história bobinha, pois não é. Mesmo quando a história toma um aspecto sombrio e começamos a enfrentar criaturas terríveis, o trabalho artístico do jogo não deixa o clima parecer pesado demais. É a opção gráfica perfeita para contar uma história desse tipo. Falando em história, saiba que o jogo está inteiramente na língua portuguesa, então poderá entender tudo sem qualquer problema!

Os personagens e até mesmos os inimigos são caricatos e possuem personalidade. Tudo agrada bem aos olhos, e é fácil de gostar do que vê. Para fechar a apresentação do jogo, as músicas são excelentes, e um dos maiores pontos altos do jogo. As composições do compositor Gianluca Cucchiara são empolgantes e merecem ser ouvidas, por dar todo o ar épico que uma história dessa proporção merece.

Dungeons à la Zelda

A inspiração em Zelda em vários momentos é notável, principalmente quando Baldo entra em uma dungeon. O sistema de divisão dos cenários por salas, os inimigos, os quebra-cabeças em cada sala empurrando objetos e o vai e vem pegando ferramentas e chaves para avançar lembram muito os jogos da franquia Zelda de antigamente, principalmente na era 2D.

Uma vez dentro das dungeons, senti falta de um mapa que esclarecesse a localização de alguns itens. Mesmo nos jogos mais antigos da série Zelda, as dungeons labirínticas com muitas salas parecidas contavam com um mapa interno que auxiliava e muito para saber onde ir. Baldo possui um mapa da sala em que está, o problema é quando acionamos uma alavanca que abre uma porta em algum lugar e então gastamos alguns minutos para saber como voltar para aquela sala cuja porta agora está aberta. Um mapa geral da dungeon ajudaria e muito a minimizar alguns problemas potenciais.

É propositalmente fácil se perder em Baldo, ainda mais dentro das dungeons. O ângulo de câmera muitas vezes pode esconder portas e passagens secretas, então o jogador precisa estar atento ao mapa da sala. O jogo não deixa escancarado o que precisa ser feito o tempo todo, é preciso pensar e refletir. Sinais indicativos no cenário existem, como por exemplo, sempre que ver o chão arranhado, saiba que algo precisa ser empurrado ali por perto. Não espere por avisos na tela brilhando e dizendo “é aqui, acione essa alavanca!”, pois o jogo propositalmente quer que o jogador olhe bem à sua volta e mexa em tudo.

Os quebra-cabeças se repetem constantemente, a ponto de ficar entediado rapidamente. Além disso, tem muito vai e vem pelas salas. Isso não se torna um problema maior porque os inimigos costumam sumir depois de mortos (a menos que sejam necessários para algum quebra-cabeça), e algumas armadilhas perigosas simplesmente param de funcionar quando alcançamos o outro lado. Desta forma, o vai e vem fica mais tolerável e menos perigoso, mas ainda assim bem mais cansativo do que deveria.

Combate

Inicialmente, a interação de Baldo com o ambiente se limita a empurrar objetos e falar com as pessoas. Baldo nem mesmo tem uma arma no início da história! Para conseguir se livrar dos inimigos, ele precisa arremessar vasos e objetos nos inimigos. Conforme progride na história, Baldo consegue uma série de armas e ferramentas que o ajudarão ao longo da aventura. O combate nunca chega a ser o ponto alto do jogo, pois a jogabilidade é truncada demais para isso. Passamos boa parte do tempo apanhando dos controles e do cenário.

Os inimigos de Baldo são geralmente lentos, e para ajudar Baldo possui um movimento de esquiva que é bem útil. O problema é que, em cenários espremidos, a esquiva não funciona direito, e é muito fácil ficar acuado em um canto e não ter como escapar do golpe. Algumas salas são frustrantes demais, fica quase impossível passar sem ser atingido. Cada golpe acertado arranca uma boa vida. Para recuperar a vida, Baldo precisa comer itens ou usar poções adquiridas. Acontece que essas poções nem sempre são facilmente disponibilizadas, e o dinheiro do jogo é curto de qualquer forma para ficar comprando poções curativas. Além disso, qualquer queda ou descuido no cenário irá tirar vida de Baldo.

Baldo possui inicialmente apenas três corações inicialmente. Como não conseguirá recuperar a vida, é comum morrer com frequência dentro das dungeons, não só pelos inimigos, e sim por qualquer coisa que tire sua vida, principalmente quedas em buracos. Para a nossa sorte, ao morrer Baldo retorna ao último checkpoint, que é geralmente a última sala que ele acessou, então nunca estaremos longe de onde morremos. Para aumentar a vida de Baldo, é preciso encontrar itens ou cumprir missões paralelas para os amigos que encontramos ao longo da jornada. Faça isso sempre que possível, será muito necessário.

Chefes Desafiantes

Ao final de cada dungeon, é claro que encontraremos um chefe terrível. São monstros enormes que precisam de muitos golpes para serem derrotados, e que podem lhe matar com poucos acertos. Cada batalha contra chefe é instigante, justamente pela dificuldade do combate. Enquanto enfrentar muitos inimigos em uma arena pode ser cansativo, enfrentar os chefes é geralmente divertido a ponto de valer a pena.

Esquivar-se dos golpes, esperar o momento certo ou aprender o que fazer para deixar o chefe vulnerável é a graça de jogos desse estilo, e nisso Baldo não decepciona. Sempre poderá usar suas ferramentas adquiridas de modo inusitado para obter vantagens contra o chefe. Além de ser um teste de habilidade, é também um teste de percepção, no qual precisa muitas vezes ser criativo para entender a dinâmica da batalha.

É certo que morrerá algumas vezes até entender o que fazer para derrotar o chefe. Mas quando entender, verá que é simples derrotar todos eles. O retorno rápido à batalha faz com que não fique tão cansativo todo o processo até aprender como enfrentá-los.

Um Jogo para Todos?

O aspecto bonitinho de Baldo faz acreditar que é um jogo para toda a família e sem muito compromisso com a dificuldade, mas não é bem assim. Como já foi dito anteriormente, e quero ressaltar aqui, vários elementos tornam o jogo mais complicado e frustrante do que ele deveria ser. A jogabilidade truncada e o combate contra múltiplos inimigos em locais fechados deixam um desafio frustrante. A curva de dificuldade do jogo é pouco baseada, o jogo possui muitos altos e baixos. Inimigos passam a ser resistentes a combos e fortes demais bem rapidamente. A sensação que fica é que nunca estamos a par de igualdade com nossos inimigos, principalmente no começo do jogo.

Sem saber exatamente quais missões paralelas vão nos dar bônus de vida importantes, é comum chegar a uma dungeon sem estar devidamente preparado para ela, por ter deixado bastante coisa para trás. O lado de mundo aberto do jogo é muito bom para quem tem paciência de explorar, mas um jogador mais apressado encontrará dificuldades desnecessárias porque sempre estará um passo atrás dos inimigos.

As dungeons são labirínticas, de forma que ficará um pouco perdido, sem saber para onde ir. Não é difícil ficar sem entender muito como proceder, e o ritmo lento do jogo pode também desanimar vários jogadores. O jogo repete muito os quebra-cabeças, que logo ficam cansativos demais. É sempre empurrar caixas daqui para lá, pegar chaves, acionar alavancas e interagir com o cenário de modo a ir e voltar pelas salas. Em vários momentos, os quebra-cabeças mais desanimam que desafiam, até pela repetição. O sentimento de potencial pouco aproveitado infelizmente permeia todo o andamento do jogo.

Baldo: The Guardian Owls – Vale a Pena?

Baldo é um jogo com muito potencial, que infelizmente não soube aproveitar. Recomendo aos apaixonados por um boa aventura, mas é preciso paciência. Baldo possui a criatividade de um jogo de alto orçamento, com problemas de um jogo de baixo orçamento. Baldo consegue se destacar por contar uma boa história, ter bons gráficos e criatividade de ponta, mas problemas consistentes na execução fazem com que o jogo não alcance o seu máximo. Resta esperar que uma continuação retire os problemas e dê a Baldo seu conto épico merecido.

Baldo: The Guardian Owls foi avaliado através de uma cópia gentilmente cedida pela NAPS Team – Agradecemos a cordialidade!

Confira também nossos outros reviews.

Baldo: The Guardian Owls

Gráficos - 85%
Jogabilidade - 75%
Diversão - 80%
Som - 95%
Dificuldade - 80%
Fator Replay - 85%

83%

Baldo é um jogo com muito potencial, que infelizmente não soube aproveitar. Recomendo aos apaixonados por um boa aventura, mas é preciso paciência. Baldo possui a criatividade de um jogo de alto orçamento, com problemas de um jogo de baixo orçamento. Baldo consegue se destacar por contar uma boa história, ter bons gráficos e criatividade de ponta, mas problemas consistentes na execução fazem com que o jogo não alcance o seu máximo. Resta esperar que uma continuação retire os problemas e dê a Baldo seu conto épico merecido.

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João Paulo Solano Lopes Filho

Sou um fã de videogames desde que me conheço por gente, principalmente de RPGs. Tento convencer os meus pais e a mim mesmo que não sou um viciado (acho).

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