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Submerged: Hidden Depths | REVIEW

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Chegou a hora de acompanhar mais uma aventura dos irmãos Miku e Taku. Perdidos em meio à destruição e criaturas fantásticas, eles viverão a aventura de suas vidas. Venha embarcar nessa aventura aquática e se deslumbrar com os cenários caprichados do vasto mundo de Submerged: Hidden Depths.

Submerged: Hidden Depths Logo
  • Jogo: Submerged: Hidden Depths
  • Desenvolvedora: Uppercut Games
  • Publicadora: Uppercut Games
  • Lançamento: 09 de março de 2022
  • Número de Jogadores: Single Player
  • Gênero: Adventure
  • Plataformas: PS4, PS5, XONE, XSXS, PC, Stadia
  • Site Oficial: Aqui

Apresentação

Em 2015, a desenvolvedora australiana Uppercut Games presenteou ao mundo um jogo de aventura chamado Submerged, que contava a história dos irmãos Miku e Taku tentando sobreviver em um mundo pós apocalíptico, completamente inundado, mas ainda lindo demais. E 7 anos depois, Miku e Taku estão de volta, em uma sequência ainda mais bonita e envolvente, e aprimorada em relação ao primeiro game sem perder a essência da aventura.

Como Toda Aventura Deveria Ser

Submerged: Hidden Depths World

Visual e Imersão

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Submerged: Hidden Depths é um jogo de aventura puro e legítimo. O tipo de aventura que serve para o propósito mais nobre de todos os jogos de aventura: transportar o jogador para uma nova realidade, um novo mundo. Nesse tipo de jogo, a atmosfera e a imersão são fatores cruciais, e Submerged: Hidden Depths possui isso de sobra. O mundo do jogo é amplo e imersivo.

E que mundo lindo esse que iremos conhecer. Os visuais são muito bonitos, caprichados artisticamente, e com muitas cores quentes dando a ideia de um paraíso tropical. O clima tropical do jogo transborda simpatia, graças ao design muito bem feito dos cenários e da água em si. Sempre há uma paisagem nova para se ver, animais exóticos vivendo normalmente sem a interferência humana, e a natureza tomando conta de tudo, até mesmo como pilar fundamental da história do jogo.

O local está todo em ruínas, literalmente. As construções estão repletas de vida selvagem que tomou conta de tudo depois que os humanos foram transformados em plantas. Tudo está em fase avançada de deterioração, e, como em qualquer jogo pós apocalíptico moderno, a sensação de desolação está sempre presente. O cenário desmorona e cai conforme andamos. Passando de barco por perto das construções, vemos partes do cenário se desfazendo, fora os destroços por todo lado.

Mas o jogo possui problemas gráficos, sim. Alguns modelos parecem não funcionar muito bem, objetos somem de cena de vez em quando, e o jogo dá diversas travadas quando se aproxima de uma parte mais movimentada do cenário. No geral, o jogo é todo muito bonito e a atmosfera do game funciona de forma exemplar, mas os problemas são perceptíveis.

Personagens e Enredo

A história do game é simples, assim como no jogo anterior da série, Submerged. O mundo do game sofreu uma grande catástrofe, e os humanos foram transformados em plantas (chamadas de remanescentes). Toda a trama anterior ao jogo é explicada por meio de imagens simbólicas, semelhantes aos desenhos indígenas de culturas exóticas como os incas.

O jogo todo só possui dois personagens: Miku e Taku. Enquanto no jogo anterior a Miku tinha que curar o seu irmão Taku da sua doença, nesse jogo será a vez de os dois personagens brilharem. A interação entre os irmãos acontece apenas em meio a cenas e diálogos, mas é possível perceber a personalidade de cada um deles. Miku quer usar seu poder para ajudar as pessoas e tentar salvar o que puder, enquanto Taku se preocupa com ela e quer que ela fique longe de perigo. Ambos se amam e querem o melhor para o outro, mas com seus próprios objetivos internos.

Em cada local que se vai, se vê o que restou dos humanos. Como eles foram transformados em plantas enquanto faziam coisas comuns, como comer, dançar, festejar, brincar com os filhos, e por aí vai, é possível vê-los em todo canto. Ver o que restou deles em meio à destruição é desolador, e ajuda a passar o sentimento de solidão dos personagens. Os únicos outros seres vivos presentes são os animais, que podem ser tanto peixes e aves quanto ursos e outros animais fantasiosos, como krakens. Mas não se preocupe: não há inimigos, ou qualquer coisa que coloque nossos queridos protagonistas em perigo. Mesmo os animais selvagens possuem como única função embelezar os ambientes.

Músicas e Sons

A música e os sons são fundamentais nesse jogo. As belas músicas se baseiam muito no piano e no violino, e embelezam cada ambiente com músicas novas. A trilha sonora foi composta pelo excelente compositor canadense Jeff Van Dyck, que sempre trabalhou compondo músicas para videogames. Van Dyck já foi premiado e vencedor do BAFTA em 2001, e realizou um excelente trabalho com Submerged; Hidden Depths. As músicas são sempre belas e impactantes. Caso o jogador queira, ele pode comprar a trilha sonora do jogo, vendida à parte, clicando aqui.

O jogo usa de pistas sonoras para conduzir o jogador na direção certa, diversas vezes. Certos sons aparecem quando estamos nos aproximando da semente, ou mesmo da planta negra, e servem para ir guiando o jogador na direção correta.

Os personagens não possuem uma dublagem de fato de cada fala, apenas em momentos específicos. No restante, eles murmuram algo incompreensíveis enquanto a legenda passa na tela. Aliás, vale ressaltar que o jogo está disponível com legendas em 18 idiomas, incluindo o nosso português brasileiro.

Turistando Sobre as Águas

Controles Básicos

No decorrer do jogo, controlaremos os dois irmãos, tanto a Miku quanto o Taku. Os dois se controlam da mesma forma, e possuem a mesma capacidade de resolver problemas, com a exceção que a Miku possui poder sobre as sementes, sendo capaz de extrair seu poder ao posicioná-las nas plantas negras, o que o Taku, por não ter esse poder, não consegue fazer. Então, de modo geral, em locais principais, onde precisará interagir com sementes, sempre controlará a Miku, e controlará o Taku em áreas opcionais e alternativas.

A jogabilidade do jogo é completamente interativa. Não há um botão de pulo, há apenas um botão de interação com o ambiente. O personagem pula automaticamente quando se aproxima de buracos, se equilibra automaticamente quando se aproxima de tábuas, se pendura automaticamente quando se aproxima de cordas, e assim por diante. Apenas movimentando o direcional analógico conseguirá levar o protagonista a passar por uma série de desafios, relegando aos botões propriamente ditos apenas à função de coletar itens ou acionar alavancas.

Liberdade de Exploração

Para se locomover de uma área a outra, a dupla usa sempre um barco, que nem no jogo anterior. Os controles do barco são simples, sendo intuitivo e de fácil navegação ao invés de realista. Passará boa parte do tempo dentro do barco, então há até mesmo um turbo para conseguir cobrir longas distâncias rapidamente.

O jogo dá total liberdade para o jogador escolher para onde ir. A partir do momento em que ele concluir uma ilha básica que serve como tutorial, toda a extensão do local estará disponível para que ele decida onde quer ir. Há um mapa no game, mas ele estará inicialmente todo obscurecido. Será necessário explorar para ir abrindo partes do mapa. Não tem setas no mapa e nem indicativos permeando o cenário, de modo que cabe ao jogador montar a sua rota da forma como ele preferir.

O jogador deverá procurar lugares mais altos ou pelo menos com uma boa vista, e usar a sua infalível luneta para olhar ao redor e procurar pontos de interesse. Como estamos nas ruínas de um mundo antigamente civilizado, olhe ao redor e verá ruínas de prédios, shoppings, viadutos, museus, estações elétricas, tudo o que uma cidade normal teria. Onde houver construções, há uma maior probabilidade de se ter itens e objetos de valor por perto.

Uma vez que encontre algo de interessante, o ponto fica marcado no mapa, e pode ser facilmente visto na bússola do jogo. É só navegar ao local e explorar. Não há áreas bloqueadas por habilidades específicas, ou coisas tão comuns no gênero. Tudo estará disponível desde o começo, e nada te impedirá de chegar onde quiser chegar.

Uma vez descoberta uma área nova, aquela área vira um ponto de fast travel. É só abrir o mapa e se teleportar para qualquer área habilitada. Sendo assim, fica fácil explorar cantos específicos do mapa, pois, como as fases ficam em pontos estratégicos do mundo, sempre terá um fast travel perto de onde quer ir.

A hub central do jogo, chamada de O Domo, fica posicionada na região central do mapa, e há novidades em todas as direções. Conforme vai explorando e descobrindo novos itens, o Domo vai sendo decorado com novos itens e enfeites, que servem como um lembrete de cada ponto da sua aventura. Seja ilustrações sobre a história, objetos curiosos encontrados nos locais ou mesmo flores típicas de cada região, tudo vai adornando a sua hub conforme progride no game.

Quebra-Cabeças

Em toda área principal que exploraremos no jogo, o objetivo é sempre o mesmo: encontrar a semente e levá-la até a planta negra. Mas para isso, primeiro teremos de resolver uma série de quebra-cabeças. A planta negra fica geralmente em um local de fácil acesso inicialmente, e a semente no ponto mais inacessível possível da fase. Uma vez que se encontre a semente, terá de trazê-la de volta para a planta negra e colocá-la no pedestal, fazendo uso de todos os elementos do cenário para isso.

Os quebra-cabeças são mecânicos e intuitivos, do tipo que você só precisa olhar em volta e entender como proceder. Você vê uma escada do outro lado da área, e pensa, “como eu chego até lá?”. Os quebra-cabeças geralmente envolvem subir em objetos, escalar, pular, acionar alavancas e ativar mecanismos para abrir passagem. Lugares em que pode interagir sempre brilham, mesmo à distância, dando pistas visuais sobre para onde ir ou qual o seu objetivo principal ali naquela sala. A resolução dos quebra-cabeças principais não serão problema, eles são propositalmente simples. O maior desafio estará em localizar os colecionáveis de cada área. Isso porque alguns colecionáveis estão muito bem escondidos, e em locais de difícil acesso. Para conseguir encontrar tudo, o jogador precisa ficar atento a cada detalhe do cenário, pois atrás de algum objeto ou no lado oposto de alguma plataforma, poderá encontrar um item colecionável.

Conhecendo o Conteúdo

Colecionáveis e Cosméticos

Enquanto explora os locais, irá encontrar diversos tipos de colecionáveis e de cosméticos, tudo sempre catalogado no menu do jogo para fácil consulta. Os colecionáveis envolvem diários sobre as pessoas que moravam na cidade antes da catástrofe, relíquias de coisas que eles usavam, e também flores. As peças de melhorias para barcos também ajudarão a incrementar o turbo do barco, tornando-o mais rápido e eficiente. Também poderá catalogar as criaturas estranhas que encontrar, e os monumentos, que são pontos turísticos da cidade antes da catástrofe.

Outro tipo de colecionável do jogo são peças de estilo. Essas peças de estilo ficam presentes sempre nas fases principais, onde há plantas negras. Coletando todas as peças de estilo de um determinado segmento, irá liberar algum tipo de elemento customizável, seja para os personagens ou para o barco. Poderá trocar o penteado da Miku, as roupas dos personagens, ou o design do barco. Não há uma grande quantidade de customização, apenas umas três variações de cada item, mas ela está presente e isso ajuda a dar um ar de recompensa àqueles que explorarem melhor as fases.

Longevidade

Submerged; Hidden Depths não é um jogo muito comprido. Há um total de 9 locais principais, que precisará visitar para assistir o final do jogo. As áreas principais não são muito compridas, mas são repletas de verticalidade, com muitos cantos escondidos e idas e vindas por atalhos e sequências de plataforma. Basicamente, o que muda de uma fase para a outra é o design geral do ambiente, e pode esperar por uma variedade constante que deixa cada ambiente principal interessante sem parecer uma cópia exata de um pro outro.

O mesmo não pode ser dito quanto às áreas opcionais. Espalhado pelas águas, há diversos locais menores em que pode obter colecionáveis. São áreas bem menores, muitas vezes contendo apenas um elevador, ou uma sequência básica de pulos até o objetivo, salvo raras exceções. Essas áreas menores são mais numerosas mas carecem do design caprichado das áreas principais, parecendo muito iguais e com baixíssima variação.

Há uma boa quantidade de itens colecionáveis para encontrar, então, se quiser coletar tudo e desbravar todo o mapa, terá garantido algumas horas a mais além das missões principais. Encontrar locais altos e usar a luneta é o segredo para se encontrar todos os colecionáveis do jogo sem muitos problemas. Encontrar as criaturas será outro desafio, pois sua localização varia bastante, mas, se manter a atenção constante, deverá encontrar todas as criaturas no decorrer do jogo.

Dificuldade e Repetitividade

Submerged: Hidden Depths é um jogo propositalmente fácil. Ele opta por matar o desafio dando pistas constantes sobre como proceder, não por meio de textos escritos e tutoriais (o que seria extremamente irritante), e sim por meio de sons e brilhos na tela em locais de interesse. O personagem também costuma olhar na direção do objeto interativo mais próximo, então, se passar do lado de uma escada e não perceber, o personagem olhará para a escada, servindo como indicativo. Ficar perdido é quase impossível, a solução sempre está visível.

Nenhum quebra-cabeça do jogo será suficiente para impedi-lo de avançar mais do que alguns segundos, e sempre poderá descobrir a solução apenas olhando em volta pelo cenário. Isso por si só não seria ruim, já que é uma escolha do jogo ser simples para que o jogador relaxe enquanto joga e apenas aprecie o visual, mas essa simplicidade acaba matando a expectativa de encontrar um desafio maior na próxima fase. Como a variedade de coisas para fazer é mínima, a repetitividade é constante. Passamos o tempo todo andando de barco para chegar e fazer a mesma coisa. Tudo começa a ficar rapidamente previsível demais. Se tivesse mais variedade de modos de solucionar os quebra-cabeças, o sentimento de estar repetindo os mesmos movimentos seria bem menor.

Submerged: Hidden Depths – Vale a Pena?

Submerged: Hidden Depths é uma excelente pedida para os fãs de aventura, com toda a certeza. Recomendo demais que todos que curtem o gênero conheçam esse game, principalmente se curtirem o jogo anterior, Submerged. A imersão do ambiente e o escapismo são mais que suficientes para manter o jogador entretido pelas horas que a aventura durar, e com um excelente custo-benefício.

Submerged: Hidden Depths foi avaliado através de uma cópia gentilmente cedida pela Uppercut Games – Agradecemos a cordialidade!

Confira também nossos outros reviews.

Submerged: Hidden Depths

Gráficos - 85%
Jogabilidade - 75%
Diversão - 85%
Som - 95%
Dificuldade - 65%
Fator Replay - 65%

78%

jogo anterior, Submerged. A imersão do ambiente e o escapismo são mais que suficientes para manter o jogador entretido pelas horas que a aventura durar, e com um excelente custo-benefício.

User Rating: Be the first one !

João Paulo Solano Lopes Filho

Sou um fã de videogames desde que me conheço por gente, principalmente de RPGs. Tento convencer os meus pais e a mim mesmo que não sou um viciado (acho).

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