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Stars in the Trash | REVIEW

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Depois de Stray, jogos de gatos nunca mais foram os mesmos, ganhando um determinado sucesso mediante o bom game da Annapurna Interactive. Dito isso, chegamos a Stars in the Trash, um Jogo que para além de um amável gato como protagonista, tem os animais em geral como foco principal. Confira nossa review e veja como a desenvolvedora Valhalla Cats criou um game cheio de inspiração e acima de tudo, uma declaração de amor e respeito aos animais.

  • Jogo: Stars in the Trash
  • Desenvolvedora: Valhalla Cats
  • Publicadora: Valhalla Cats, IndieArk
  • Lançamento: 9 de dezembro de 2024
  • Número de Jogadores: 1
  • Gênero: Indie / Aventura
  • Plataformas: Steam
  • Site OficialValhalla Cats

Um gato e uma aventura emocionante

Que os gatos são seres apaixonadamente curiosos e independentes, quem teve um já sabe. Com nosso amigo Moka não é diferente. Vivendo em uma casa aconchegante feliz, logo nosso amigo felino se sente entediado e instigado para ir além das fronteiras do confortável lar. Nosso companheiro canino insiste em nos proteger, evitando algumas fugas, mas conforme aprendemos mais sobre nossas habilidades felinas e desafiamos inimigos em casa, o aprendizado leva a fuga inevitável, sendo nesse momento, o início da nossa aventura.

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Stars in the Trash é um game de plataforma 2D nos moldes antigos, desenvolvido pelo estúdio espanhol Valhalla Cats. A desenvolvedora tem dois jogos lançados, sendo composta por três pessoas. Vale ressaltar que a desenvolvedora é envolvida com a causa animal, ajudando animais em situação de abandono desde 2015, a Dev destaca ter doado mais de € 10.000 para abrigos de animais em todo o mundo por meio do programa próprio de doações.

Em Stars in the Trash, temos essencialmente de pular, correr e desvendar alguns puzzles enquanto lidamos com alguns ratos abusados que insistem em tentar nos intimidar, caçadores e um carro da zoonose impiedoso. Graficamente falando, ainda que simples, com cenários urbanos e bosques que lembram os desenhos antigos que quem assim como eu, com seus 35/40 anos, costumava assistir nas manhãs em que havia programação infantil na TV. Pura nostalgia, mesmo para quem não reconhece esses desenhos como parte da infância, a sensação de infância é resgatada na hora.

Um desenho jogável

Não é só sobre como o game tem um aspecto gráfico suave, mas também sobre como ele acerta na suavidade e no cuidado com as escolhas que direcionam o jogador. Tudo que enxergamos no jogo tem uma imagem e sensação de suavidade, note que já na casa, onde começamos o jogo, somos abraçados pela suavidade, onde a direção deixa escapar a sensação de um lar feliz. Isso continua por todo o jogo, onde encontramos situações que, ainda que adversas, nos trazem uma suavidade quase maternal.

As músicas e efeitos sonoros acompanham a direção de arte do jogo e mantém a perspectiva de um desenho animado. Você deve estar imaginando o quanto Stars in the Trash deve ser infantil e, na verdade, ele tem esse apelo, mas não é só isso. Mesmo alguém que já passou dos 40, como eu, encontrou algum desafio no jogo, nada como um jogo da franquia Rayman, mas sim algo mais suave.

Conforme seguimos no jogo, explorando cada vez mais, e indo cada vez mais longe de casa, nos aventurando pela cidade e bosques, os desafios ficam mais complexos. A beleza do jogo vai ficando ainda mais evidente quando nos aventuramos por essas locações, com inimigos mais bem animados e gráficos mais detalhados. A impressão que temos é de um game desenhado e colorido com giz de cera, de tão intensas que são as cores. Aqui deixo uma ressalva, pois em alguns momentos, o game perde alguma definição, devido ao contraste alto das cores, mas isso é algo que acontece em momentos pontuais, sendo visto apenas pelo jogador mais perfeccionista.

Um dos momentos mais legais do jogo é durante nossa interação em um lago, onde evidenciamos uma paleta de cores incrivelmente bem escolhida, com detalhes que mostram uma direção de arte cuidadosa e atenciosa com os detalhes. A Valhalla Cats fez seu trabalho de casa, e podemos ver o quanto Stars in the Trash foi desenvolvido visando ser um bom jogo na totalidade. Vale destacar que o game foi desenhado e pintado a mão quadro a quadro, exatamente como um desenho. É difícil explicar, mas a sensação que fica é de um game feito com amor.

Quando os gatos gateiam

Sendo um jogo que procura valorizar a interação e emocionar principalmente o jogador, Stars in the Trash tem um desafio moderado e com uma curva de aprendizado bastante suave, onde dificilmente o jogador se frustrará. Conforme avançamos no jogo, esses desafios vão se intensificando e ficando mais frequentes, fruto das dificuldades que nosso amigo felino encontra conforme vagueia pelas ruas e bosques da cidade.

Lidar com as dificuldades em transitar em uma cidade ou escapar de algum lugar é diversão certa, com quebra-cabeças simples, porém bem pensados e executados. Os inimigos humanos têm o típico aspecto dos que encontramos em desenhos animados, maleficamente cartunizados. Tudo se resume a fugir dos inimigos passando sorrateiramente ou enganando-os, com saltos perfeitos ou fugas rápidas. No final das fases temos de lidar com um inimigo final, com lutas bem simples, mas bem e quase lúdicas. Também lidamos com outros animais, mais ferozes ou em bandos, com referência na vida dos gatos.

Infelizmente, Stars in the Trash é um game muito curto. Quando pensamos que estamos ao menos na metade do jogo, ele já acabou. A sensação que fica é que jogamos um capítulo da aventura, deixando a impressão de que devemos baixar uma nova parte do jogo, como foi feito com Walking Dead da Telltale Games, por exemplo. A aventura pode ser concluída em cerca de uma hora se o jogador souber exatamente o que fazer, e terminado em uma tarde se você for um jogador mais detalhista.

Se você tem um PC portátil como o Steam Deck, o jogo se encaixa perfeitamente, podendo ser jogado como um game mobile. Testamos o jogo no Steam Deck e tudo saiu perfeitamente jogável. Ademais, para quem curte conquistas, tem requisitos bem simples, podendo ser coletados em uma jogada.

Stars in the Thash — Vale a Pena

O game da Valhalla Cats é um daqueles jogos que qualquer tipo de jogador deve conferir, seja hardcore ou casual de qualquer gênero, pois Stars in the Thrash tem em seu âmago, a essência do que é um jogo. Com a proposta de divertir enquanto desperta a empatia do jogador para com os animais, o game tem uma pegada suave e distrai enquanto cativa com uma narrativa suave e quase lúdica.

Infelizmente, Stars in the Trash é um game muito curto, e quando a história realmente pega o jogador, e esperamos por uma nova aventura do nosso amigo felino, o game acaba. A boa notícia é que o final do jogo deixa a impressão de que haverá uma continuação, que confesso esperar desde o momento em que vi os créditos na tela final.

Stars in the Trash foi avaliado mediante uma cópia de revisão gratuita fornecida pela keymailer.

Stars in the Trash | REVIEW

Gráficos - 7.5
Jogabilidade - 7.5
Diversão - 8
Som - 7
Dificuldade - 7
Fator Replay - 8

7.5

Bom

Stars in the Thrash é um game cheio de boas sensações, divertido, sendo uma declaração de amor aos animais. Infelizmente um game muito curto. Reserve um tempo e conheça o trabalho da Valhalla Cats, que vai muito além dos jogos e favorece a causa animal.

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Marcelo Souza

Apaixonado por jogos e consoles desde 1990. Quando não esta escrevendo em algum site de games, esta jogando ou ensinando o Felipe a jogar.

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